quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ACIDENTE OU PADRÃO FIFA?

Por Guilherme Boulos

As notícias que chegam até agora falam em pelo menos dois operários mortos na queda do guindaste da obra do Itaquerão. 
Estádio que será "padrão FIFA" de qualidade. O tão falado padrão FIFA foi até apropriado pelas jornadas de junho, exigindo o mesmo padrão para os serviços públicos.

Mas pouco se fala do padrão FIFA de exploração dos trabalhadores nas obras para a Copa. Com a imposição de prazos e exigências, as obras dos estádios tiveram que seguir ritmos alucinantes. Desde o início de 2012 são três turnos de trabalho, 24 horas ao dia.
Não há tempo para fiscalização de padrões de segurança. Quando a urgência se sobrepõe, o resultado pode ser a perda de vidas, como se deu hoje.

E não foi a primeira. O jovem operário José Afonso de Oliveira Rodrigues morreu em junho de 2012 em acidente na obra do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Neste mesmo estádio foram 5 feridos em outro acidente também no ano passado.

Raimundo Nonato Lima da costa morreu em abril deste ano, nas obras da Arena da Amazônia, em Manaus.

O operário José Elias Machado também morreu, em 2011, nas obras da Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

Em Cuiabá houve outro acidente, em setembro último, na Arena Pantanal.

Acidentes? Ou padrão FIFA de exploração?

Mas, afinal, para os donos da Copa e seus patrocinadores, o que são as vidas destes operários? Operários que sequer teriam como pagar ingresso para entrar nos estádios que construíram.

Tratam os operários do mesmo modo que trataram as milhares de famílias removidas de suas casas pelas obras. Com o mesmo descaso. E com a mesma conivência do Estado brasileiro.

A Frente da Resistência Urbana e o MTST fizeram uma ocupação simbólica do Itaquerão para denunciar todos estes crimes da Copa em abril de 2012. Prepararemos novas para exigir justiça e punição aos responsáveis pelas mortes de hoje.

* Guilherme Boulos, membro da Coordenação Nacional do MTST e militante da Frente de Resistência Urbana. É professor e psicanalista.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Ponte ou a Vida?

Por Natália Szermeta

As mais de 200 famílias da ocupação Estaiadinha estão completando sete dias acampadas na calçada da Avenida do Estado, uma das principais vias da maior e mais rica cidade do Brasil.

Foram despejadas no último dia 16/11, mesmo após insistentes tentativas de negociação e acordo com a Prefeitura de São Paulo, proprietária do terreno ocupado. Após a primeira ordem de despejo, a advogada que representa as famílias conseguiu um prazo de 90 dias para buscar negociação. A Prefeitura recorreu e obteve a anulação do prazo.

Após isso, em negociação com os moradores, o Secretário de Habitação da cidade pediu ao Movimento que indicasse terrenos para alojamento provisório das famílias e eventual construção de habitações. Foram indicados 14. A Prefeitura alegou depois que não teve tempo para analisá-los antes do despejo. Tempo que ela própria negou ao recorrer do prazo judicial.

No dia do despejo, por haverem muitas crianças, idosos e gestantes, as famílias decidiram por sair pacificamente, evitando o confronto. 

Saída que teve um custo. Duas mulheres tentaram o suicídio no dia da reintegração pelo desespero de não ter para onde ir. Uma cortou o pulso e foi atendida no próprio local pelo SAMU. Outra ingeriu quantidade excessiva de substância química e foi internada no hospital de Santana.

Mas o que é isso perto da ponte? Num incêndio acidental, mas que não teria ocorrido sem o incrível despreparo dos funcionários da prefeitura e oficiais de Justiça, parte da Ponte Estaiadinha foi atingida pelo fogo. Comoção geral. Quem estava lá viu: os Bombeiros com as mangueiras direcionadas para o alto, mirando a ponte, enquanto barracos com o pouco que cada um tinha podido embalar eram consumidos pelas chamas.

Pela imprensa só se ouviu falar do incêndio da ponte e do transtorno para o trânsito da cidade.

Enquanto isso mais de 80 crianças dormiam em colchões molhados pela água da chuva na calçada da Avenida do Estado. 

Nesta semana nasceram mais duas. Dois bebês recém-nascidos que, ao sairem com suas mães do hospital, irão direto para suas "casas": a calçada da Avenida do Estado. 

E como a ponte vale mais do que a vida, agora a ameaça é despejar as famílias despejadas da calçada. Estão atrapalhando a passagem dos pedestres. Despejá-las onde? Talvez em algum buraco onde não atrapalhem a avenida nem a ponte.


* Natalia Szermeta. é da coordenação estadual do MTST.


EDUCAÇÃO SOFRE RETROCESSO HISTÓRICO COM REFORMA DE HADDAD

Por Dimitri Silveira

A Educação está vivenciando um tremendo retrocesso na cidade de São Paulo. Fernando Haddad (PT) está implantando o programa “Mais educação São Paulo” na rede municipal de ensino partindo de políticas educacionais arcaicas, que há muito já deviam ter sido abandonadas. Trata-se de uma reforma educacional de caráter eleitoreiro, amparada no senso comum e que oferece falsas soluções para os problemas da Educação. Não é a toa que a reforma petista tem recebido duras críticas de pesquisadores e cientistas da Educação. O retrocesso é tão significativo que o professor da faculdade de Educação da USP, Vitor Paro, disparou: “só falta instituir a palmatória”.

O carro-chefe da reforma de Haddad é a repetência dos alunos. Os estudantes poderão ser reprovados em cinco momentos diferentes de sua vida escolar, ao invés de dois, como ocorre atualmente. Essa foi a saída demagógica encontrada pelo prefeito petista para o problema da promoção automática. Ou seja, pretende-se combater um problema criando-se outro problema. Ocorre que as pesquisas em educação mostram que reprovar aluno não funciona. A reprovação estigmatiza o estudante, coloca-o numa condição de fracassado e o fracasso não estimula ninguém a aprender. É por este motivo que a evasão escolar aumenta quando aumenta a repetência, pois o aluno repetente prefere abandonar a escola a conviver constrangido no ambiente escolar, com a pecha de incompetente, fracassado. Repetir alunos é uma política tão nefasta que até mesmo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu copiar Haddad e anunciou que a rede estadual de educação paulista também aumentará, de dois para três, os momentos em que os alunos poderão ser reprovados.

Para acabar com a promoção automática é necessário garantir as plenas condições para a implementação da progressão continuada, uma forma moderna de enxergar a educação que parte do pressuposto de que todo mundo é capaz de aprender, mas de diferentes formas, em tempos distintos e em salas de aula não homogêneas. 

A reforma de Haddad prevê ainda a criação das salas mistas na educação infantil. Isso significa que crianças de diferentes idades (de zero a cinco anos) ficarão amontoadas em uma mesma sala de aula, o que seria o mesmo que colocar alunos da 5ª série numa sala de 8ª série. Haddad pretende, com as salas mistas, diminuir a fila de espera na educação infantil, que hoje conta com mais de 100 mil crianças a procura de uma vaga nos Centros de Educação Infantil da cidade de São Paulo. Por não garantir recursos, estrutura e autonomia das escolas, as salas mistas de Haddad são uma aberração pedagógica que reforça a concepção da escola como depósito de crianças e sem compromisso com o aprendizado. 

Os problemas do “Mais educação São Paulo” não param por aí. Privatização, convênios com organizações não governamentais e escolas de tempo integral sem estrutura para acomodar os alunos são algumas das medidas que já estão sendo aplicadas na rede municipal como parte da reforma do ensino. Essas são políticas requentadas da gestão Kassab que o PT está aprofundando.

Vale lembrar que alunos, pais e profissionais do ensino sequer foram chamados para contribuir com suas propostas, o que mostra o caráter antidemocrático desta reforma. A secretaria municipal de educação, num jogo de cena, ofereceu apenas 30 dias de consulta pública em uma página na internet para aqueles que quisessem fazer comentários sobre o conteúdo da reforma. Quando Paulo Freire foi secretário de educação em São Paulo na década de 90 e implementou mudanças na rede de ensino, o tempo destinado para debater as propostas foi de um ano!

É certo que esta reforma não trará nenhum avanço. As mudanças são para pior e não atacam o centro do problema. Se o objetivo fosse realmente melhorar a qualidade do ensino, como afirma o prefeito petista, a reforma deveria garantir melhores condições de trabalho aos profissionais da educação, expressiva redução do número de alunos por sala e remuneração decente capaz de libertar os professores do acúmulo de cargos.

Longe de melhorar a qualidade do ensino, Haddad busca dois objetivos com o “Mais educação São Paulo”. O primeiro é restaurar a imagem do petista, que ficou desgastada em função do aumento da tarifa de ônibus e a subsequente revolta que isso provocou. O segundo é se credenciar como o prefeito que mudou a história da educação municipal com vistas à disputa eleitoral de 2014. Haddad precisa “mostrar serviço”, sob risco de ser um ponto fraco do PT nas próximas eleições, pois foi ministro da Educação.

Desconsiderando os avanços científicos no campo da Educação baseados na pedagogia, psicologia, neurociência e demais áreas do conhecimento, Haddad prefere ressuscitar uma política educacional falida que já se mostrou um fiasco no passado e certamente fracassará no futuro.

Dimitri Silveira
Conselheiro do Sinpeem e membro dos Educadores Socialistas na Luta

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Praça sem – tempo

Por Poeta (Marilene Ferreira de Souza)
Um poema em homenagem a história da Praça Luiz Gonzaga


Perfil de Marilene no Facebook: https://www.facebook.com/marilenefkb?fref=ts



                  
O palco foi montado
agora é palanque
para  políticos que  enriquecem seus bolsos
com o trabalho
dos assalariados.


A sanfona chora,
a asa branca perdida,
reclama a falta de tempo,
não há  mais dança
dentro ou fora
das salas de reboco.


Praça que já foi pomar,
ameixas, amoras e goiabeiras
exalavam seus perfumes.
Garotada, hoje,  anciãos
corriam de pés descalços
pra comprar  cocada
e jogar bolinha de gude
naquele chão.




 Praça que foi entreposto
Takeutis   plantavam batatas
e ali vendiam com muito gosto.
tempo esquecido,
quando  chegaram
os  esgostos .


Nas chuvas,
era ali que a agua drenava
lavando  a Pirajuçara,
hoje,  avenida dos “Fernandos
que  armando:”
 isolam
o morro, o povo
e também a praça.


Esquecida na emancipação
da cidade, transformada em
quintal da escola,
não havia maldade
renasce outra geração
com a alegria das bikes.


Sobraram ainda algumas
arvores,  força e sombra
 para conversas de
 fim- de-tarde.

Rotarianos chegaram
aplacaram comércio
de ponta-a-ponta
mais uma farsa
para os desmandos
da cidade.

Pira na praça
Praça no Pira
Recebe homenagem
Do chão dos fortes,
ganhou  placas de cimento, luzes
E a frieza dos dias.


Gonzaga firma resistência,
mas a música
Foi extinta, para
justificar  a lavagem do
ouro feita na surdina.

Eventos, pão e circo...
não era a  bandeira da juventude;
somando  forças com a
nação hip-hop,
dreads, rastas, rappers
Grafites e samba
Denunciam a desigualdade.

Castigada mais uma vez
Extinto o Sr. Liceu
Os  olhos nunca foram nossos
 E  a arte...  só   de alguns
Lotada  em noites de lua,
a  história grita
pedindo  justiça.

A praça de Luis  
É vendida ao tempo-poupado,
espaço para mais cansaço
exploração e pouco ordenado,
sobraram máquinas,
polícia e Casas Bahia.



Poeta-MTST



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Fundação Getúlio Vargas (FGV) troca provas e prejudica 69 professores de inglês na EE Nigro Gava.

Por Apeoesp Taboão da Serra


No dia 17 de novembro foi realizado o concurso para professor (a) da rede estadual de ensino de São Paulo.
Em Taboão da Serra, 69 professores (as) que prestaram a prova de inglês, na EE Nigro Gava, nas salas 15 e 16, foram prejudicados (as).
A prova  prevista para `as 14h,  começou `as 15h57min para esses professores (as). O motivo: a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo concurso, trocou as provas de inglês por educação física.
Em virtude deste erro, os responsáveis pelo concurso tiveram que recolher provas de inglês que sobraram das escolas vizinhas. Entretanto, a quantidade recolhida não foi suficiente e  32 provas tiveram que ser fotocopiadas.  
Houve dois tipos de provas de inglês – “verde” e “branca” -; e a FGV encaminhou a prova de cor “branca” para o e-mail de sua  representante, Illen Nara Rodrigues, que providenciou estas 32 cópias na própria escola. Com essas fotocópias e as duas horas de atraso, o sigilo da prova foi para o espaço.
Apesar das cópias feitas na escola serem da prova de cor “branca”, muitos professores (as) foram obrigados a anotar as suas respostas no gabarito da prova de cor “verde”.
A pergunta que fazemos para a FGV é a seguinte: estes professores (as) não serão prejudicados (as) no momento da correção? Os gabaritos das provas de cor “verde” e “branca” são os mesmos?
Ao saber deste ocorrido, o Coordenador da Subsede da Apeoesp de Taboão da Serra, Miguel Leme, junto com o advogado do sindicato, Dr Valdir, se dirigiram imediatamente para a EE Nigro Gava para cobrar explicações dos representantes da FGV sobre esse desrespeito e exigir que nenhum professor (a) seja prejudicado (a).
A justificativa dada pela FGV foi esfarrapada: disseram, simplesmente, que houve um problema de “logística”.
Diante de toda esta situação , a Subsede da Apeoesp de Taboão da Serra orientou, na porta da escola, todos os 69 professores (as) a fazerem Boletim de Ocorrência (BO) e protocolar requerimento na Diretoria Regional de Ensino de Taboão da Serra exigindo explicações da Secretaria Estadual de Educação sobre todos esses problemas descritos.
Estes procedimentos são importantes, pois caso seja necessário, ações judiciais serão ajuizadas para garantir os direitos destes professores (as) que foram prejudicados (as).
Além disso, é fundamental que todos os professores (as) que foram prejudicados (as) no concurso, por situações semelhantes `as vividas pelos 69 professores (as) que prestaram a prova de inglês na EE Nigro Gava, realizem os mesmos procedimentos orientados e informem a Subsede.
e-mail: subtaboao@terra.com.br
Telefone: 4701-5864

Executiva da Subsede da Apeoesp de Taboão da Serra


sábado, 9 de novembro de 2013

Professores (as) e alunos sofrem com reformas em Taboão da Serra

Por José Afonso da Silva

As escolas municipais de Taboão da Serra estão passando por reformas. Algumas como a Heitor Villa Lobos que estava com um dos prédios prestes a desabar e em outras reformas simples que vem sendo chamada por alguns de "padronização", pois segundo as “más línguas”, aquela verba da educação que não pode sobrar está sendo utilizada nas reformas das escolas e em obras.
Vale lembrar que o governo de Evilásio Farias teve suas contas rejeitadas pelo TCE por não usar todo o dinheiro destinado a educação, seja por incompetência ou mesmo por corrupção.
Pois bem! As escolas municipais estão sendo pintadas e reformadas, o que é bom, no entanto, o problema é que as aulas NÃO FORAM SUSPENSAS E AS CRIANÇAS ESTÃO TENDO AULA NAS ESCOLAS E ENFRENTANDO UM CHEIRO INSUPORTÁVEL DE TINTA TÓXICA E PERIGOSA para a sua saúde e integridade.
Desde a última semana, a EMI Pelezinho, por exemplo, está passando por essa reforma. Professores e alunos vivem em meio ao caos, pois além do cheiro de tinta insuportável, as crianças são deslocadas frequentemente de salas e ficam praticamente "amontoadas" em uma outra sala apertada e sem ventilação!
Falta de voz, alergia e fortes dores de cabeça: esses são alguns dos principais sintomas que as crianças e profissionais vem se queixando.
hoje foi a gota d´água, pois, segundo um pai da EMI Pelezinho que foi procurar a diretora para tratar do assunto, ficou sabendo que ela foi parar no Pronto Socorro! Somente na data de hoje, após esse incidente as crianças do período da tarde foram dispensadas!
Semana passada, um bilhete avisando os pais sobre o cheiro de tinta foi enviado, muitos questionaram o por que da pintura durante este período, já que estamos praticamente há um mês do término das aulas. Os país perguntam: “Será que essa reforma não poderia ser adiada para as férias de Janeiro? Os pais que não tem com quem deixar as crianças são obrigados a enviá-las para escola, arriscando assim a saúde de seus filhos!

Que as aulas dessa instituição e das que estejam tendo esse problema sejam suspensas, até que a saúde, tanto das crianças, quanto dos profissionais que ali trabalham, não seja comprometida ou suspendam a pintura e as reformas, pois da forma que esta sendo tocada a obra fica insustentável.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A voz da rua é a voz da democracia


Por Stan Szermeta e José Afonso da Silva
(Editorial do Boletim do PSOL nov/2013) 

Este foi o recado que o movimento passe livre, os movimentos sociais organizados, as redes sociais e o povo indignado deram durante as grandes manifestações de junho, demonstrando o esgotamento do modelo de governo representativo que vivemos hoje.

A palavra de ordem era transparência e participação popular.

Infelizmente, os governos, sejam eles municipais, estaduais e federal, não entenderam as vozes das ruas. Aqui em Taboão não é diferente.

Basta observar a forma como foi organizada a eleição para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, que foi realizada durante a semana, restringindo a participação dos munícipes que trabalham e com grande intervenção da prefeitura, obrigando funcionários públicos a votarem com transporte da prefeitura, com liberação e transporte para os funcionários e etc. Tudo para gerir sozinho os cerca de 3 milhões de reais dos recursos do fundo vindos do governo federal e de outorgas.

Fica evidente que não pretendem ouvir o povo!

Assim como ocorreu com a ciclovia, que foi BANIDA A FORÇA, sem nenhuma consulta aos usuários e a população, os mais de 700 mil reais para a sua construção foi por água abaixo, sem contar o péssimo exemplo que o prefeito Fernando Fernandes dá ao favorecer o uso do carro em detrimento do uso de bicicletas.

O mesmo ocorre com a Praça Luiz Gonzaga, que com a desculpa de trazer o Poupatempo para Taboão, será fechada pelo prefeito. Além de não consultar a população, os vassalos do prefeito fazem uma ampla campanha desqualificando os usuários da praça de bandidos, traficantes e drogados. O fechamento da Praça Luiz Gonzaga é um absurdo a considerar a carência de espaços de cultura e lazer na região do Pirajussara.

O Parque das Hortênsias é outro exemplo de abandono. Sua decadência é notória e os “esforços” do Prefeito são irrisórios para mantê-lo na linha do “quando pior melhor”.

Ao invés de revitalizar, reformar os espaços públicos da cidade, como o caso da Praça Luiz Gonzaga e o Parque das Hortênsias, Fernando Fernandes e os vereadores querem fechar tudo.

O Poupatempo é sempre útil, necessário e bem-vindo, mas o Sr. prefeito tem uma série de outros locais para implantá-lo, inclusive imóveis com débitos impagáveis de IPTU.

Na mira de Fernando Fernandes, também está o PS Akira Tada (Pronto Socorro da Toco), que pelos planos do prefeito deve ser fechado assim que  for inaugurada  a UPA. A voz do povo tem que ser ouvida, os espaços públicos são poucos e precisam ser mantidos.

O balcão de negócios que existia entre a câmara e a prefeitura permanece imperando e num simples olhar, podemos perceber que ao longo dos meses da nova gestão, a ausência de oposição consequente na câmara prevalece, tudo o que o executivo manda é aprovado em longas sessões que demonstram, tão somente, a falta de competência e a tentativa de enganar o povo.

A fiscalização das contas públicas se faz inexistente, pois ninguém comenta e se comenta é só para dizer que faltam recursos, mas também ninguém cobra os recursos dos desvios de dinheiro ocorridos no passado.

Agora, dinheiro para a contratação em massa de livre-nomeados, para construção do novo prédio da câmara, para a arena multiuso, para reforma de ginásios de esportes e grama sintética, não falta.

Dinheiro pra saúde, educação e reajuste para o funcionalismo nunca tem!

Aliás, o modo de governar do PSDB, que deixou o município a Deus dará por 8 longos anos é o mesmo, pois o foco principal não é o povo, mas sim a reeleição da deputada e esposa do prefeito, pois se assim não fosse, porque tanta publicidade?

A atual gestão mantém o mesmo grau de autoritarismo e falta de transparência do passado e vale lembrar que o governo está só no início!

Certo é que, com as manifestações, a capacidade crítica da população vem aumentando gradualmente a uma velocidade nunca antes vista. O povo não quer mais clãs familiares governando o município e muito menos interesses individuais, mas solução de problemas coletivos, como a saúde, educação, segurança, transporte, lazer, cultura...

Por esta razão, o PSOL é um partido necessário, que está na luta com a população e nos movimentos sociais, sempre levantando a bandeira da ética na política, dizendo não ao nepotismo, não às manobras eleitoreiras, não à enganação.