quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Por que Fernando Fernandes/PSDB, José Aprígio/PSB e o PT escondem o prefeito Dr. Evilásio Farias da campanha?

Por José Afonso da Silva



Fato muito interessante desta campanha é a ausência do prefeito Dr. Evilásio Cavalcante Farias da Campanha eleitoral.
Hoje li o jornal do candidato a vereador Macário/PT (aquele presidente da câmara que disse: “político pra ser honesto e fiel com seu povo tem de ganhar bem”). Um jornal grande, colorido, 4 páginas, com 30 fotos apontando os feitos que só ele vê. Mas o interessante é que mesmo constando mais de 30 fotos, não há no jornal de Macário uma única do ou com o prefeito Evilásio.
Curioso que sou... juntei todos aqueles materiais de campanha que foram jogados no portão de minha casa e comecei a folhear procurando fotos de Evilásio. O resultado foi muito interessante. Não há um único material de campanha, seja do candidato a prefeito, o empreiteiro José Aprígio, mas também dos candidatos a vereador de sua coligação: PCdoB, PHS, PDT, PTN, PT, PSB, PSD, PV, PSDC e PPL, com fotos ou citações de Evilásio. Inclusive o candidato a vereador Carlos Andrade/PV, considerado pela polícia civil o chefe da máfia do IPTU não se atreveu a postar uma foto ou mesmo fazer referência ao prefeito Evilásio.
Até mesmo o sobrinho de Evilásio, Dr. Duílio Farias, entendeu o recado e se quer coloca o sobrenome farias em seus materiais de campanha.
Essa é a maior prova do grau de desgaste do prefeito Evilásio, nem mesmo seus correligionários querem ter seus nomes associados ao atual prefeito.
Não é pra menos, foram oito anos de inércia, autoritarismo, corrupção, péssima administração dos serviços públicos, ataques e desprezo com o funcionalismo. Após o aumento do IPTU em 2009 e dos escândalos de corrupção em 2011, o ódio a Evilásio cresceu e tomou às ruas da cidade.

Campanha de Fernando Fernandes também não cita Evilásio Farias

Com tanto desgaste por parte do atual prefeito, nada seria mais natural que o candidato de oposição da direita, Fernando Fernandes/PSDB, explorasse ao máximo a ficha corrida de Evilásio e de seus candidatos na disputa eleitoral.
Surpreendentemente, os materiais de campanha de Fernando Fernandes e de sua chapa, não citam Evilásio e no máximo o que fazem é dizer que são ficha limpa e que são contra a corrupção. Como explicar isso?
Duas respostas são necessárias pare explicar essa postura da coligação do PSDB: a primeira, é que tudo indica um acordo entre Evilásio e Fernando Fernandes, na qual Fernando Fernandes aprovaria as contas de Evilásio nos anos subseqüentes e, em contrapartida, Evilásio não melaria a campanha de Fernando Fernandes (acordo amplamente noticiado pela imprensa local). A segunda resposta se dá pelo fato de que muitos vereadores, secretários, livre-nomeados e candidatos a vereador fizeram parte do governo Evilásio durante os últimos 8 anos e fazer denúncias muito duras a Evilásio, inevitavelmente, associaria os ex-integrantes do governo Evilásio, ora com Fernando Fernandes, a todos os escândalos e maldades feitas pelo atual governo: IPTU, corrupção, Zona Azul, mudança no Plano Diretor, Iacta e etc.


Candidatos da Frente de Luta Socialista são os únicos que tem autoridade para denunciar o prefeito Evilásio.

O candidato a prefeito pela Frente de Luta Socialista, o companheiro Stan Szermeta, e os candidatos (as) a vereador (a) são os únicos que tem autoridade para apontar os verdadeiros crimes de Evilásio Farias contra o conjunto da população e do funcionalismo de Taboão da Serra.
Entre os candidatos da Frente de Luta Socialista estão companheiros (as) que estiveram à frente da luta contra o aumento do IPTU; contra o aumento da passagem de ônibus; contra a degradação do Hospital do Antena; da luta das professoras ADIs e no apoio a luta por moradia do MTST.
Em todas essas lutas tinha alguma liderança da Frente de Luta Socialista e nosso candidato a prefeito, Stan 50, atuou em todas elas.
Stan é o único candidato que não tem rabo preso com a corrupção e com os poderosos das cidade, e é o único que reúne condições de fazer uma administração democrática, independente e com participação popular que mude radicalmente o destino de Taboão da Serra.
Votando em Stan prefeito 50 e Afonso vereador 50123 a população terá a certeza de comprometimento com os reais interesses dos trabalhadores, da juventude e do funcionalismo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

RESPOSTA DO MTST A ACUSAÇÕES DE AGRESSÃO EM EMBU (SP)



Do site do MTST

Candidato quer ganhar votos com mentiras sobre o Movimento.

O MTST manifesta seu repúdio às acusações do Sr. Paulo Oliveira, candidato a vereador em Embu das Artes (SP), e vem esclarecer o seguinte:
- O Senhor Paulo Oliveira, que veio a público nos últimos dias para acusar o MTST de tentativa de linchamento, já havia atacado o Movimento em outras ocasiões, tendo articulado a ação de despejo contra as 2800 famílias da ocupação Novo Pinheirinho de Embu, em nome de supostas causas ambientais. Havia ainda se colocado como "ameaçado" pelo Movimento por ter entrado com tal ação.
- No último dia 26/8, num claro ato de provocação, este senhor junto com cabos eleitorais foi fazer panfletagem em frente à mesma ocupação que trabalhara para despejar. Alguns ocupantes, indignados com a situação, organizaram-se e puxaram palavras de ordem contra o candidato. Este, assim como seus cabos eleitorais, assustaram-se e deixaram o local, tendo o candidato entrado em uma casa da região.
- Não houve qualquer ameaça, física ou verbal, à integridade das pessoas que ali estavam. Apesar da provocação, as famílias ligadas ao MTST reagiram com total civilidade e dentro do direito à livre expressão, de forma pacífica. Se alguém nesta história deseja violência foi quem solicitou judicialmente força policial para retirar famílias sem-teto do referido terreno.
- O que fica claro é que tal candidato, desesperado diante de mais uma provável derrota eleitoral, apela para meios lamentáveis, buscando vitimizar-se com o intuito de aproveitar eleitoralmente o episódio.  O sr. Paulo Oliveira, com este comportamento, apenas demonstra a que ponto chega o oportunismo e vale-tudo eleitoreiro.
- Por fim, o MTST cobra do Diretório do Partido dos Trabalhadores de Embu que tome atitude enérgica de repúdio ao comportamento deste correligionário.

Coordenação Regional Sudoeste do MTST

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Campanha de Fernando Fernandes prepara estelionato eleitoral

Por José Afonso da Silva


Neste final de semana a população de Taboão foi surpreendida com os carros de som do candidato do PSDB, Fernando Fernandes, anunciando “que o mesmo não é responsável pelo aumento do IPTU e é quem vai revisar para baixo o imposto”. O locutor do carro de som ainda afirma que FF transformará a saúde do município.
Em revista do candidato distribuída durante a semana apresenta dezenas de proposta que, se de fato colocadas em prática, transformariam Taboão numa espécie de Suíça da Serra.
Todos sabem que as proposta de Fernando nada mais são que promessas para iludir o povo, pois nunca serão cumpridas.
Em oito anos de governo Fernando Fernandes, o mesmo se orgulha de ter trazido o supermercado Extra, o Shopping Taboão e a FTS (Faculdade Taboão da Serra). Empresas privadas que não somam nada para o município, além de não ser tarefa de prefeito. Ninguém vota em prefeito pra trazer shopping e supermercado.
Já naquilo que deveria ser sua obrigação e prerrogativa do governo municipal como saúde, educação, trânsito, esporte, lazer, transporte coletivo, entre outros, pouco fez e o que de pouco foi feito teve mão externa.
Isso fica claro quando observamos que não há uma única linha nos materiais de propaganda de Fernando Fernandes criticando o atual prefeito Evilásio Farias por algum serviço que funcionava bem em seu governo e que funcionou mal pela má administração de Evilásio. Simplesmente porque quase nada funcionava bem.
Na verdade, Evilásio apenas continuou administrando mal e porcamente aquilo que Fernando Fernandes deixou semi-destruído.
A grande força da candidatura de Fernando Fernandes reside no desastre que é a administração de Evilásio Farias. Não é por acaso que há um forte sentimento anti-Evilásio. O objetivo da maioria da população é se livrar pra sempre de Evilásio e afastar da prefeitura o grupo dirigido por ele.
No entanto, é hora de agir com a razão e não com emoção. As diferenças entre Fernando Fernandes e Evilásio são mínimas. Isso fica provado pelo fato de que os principais partidos, vereadores, empresários, comerciantes e donos de imobiliárias que deram sustentação a Evilásio durante oito anos, agora estão com Fernando Fernandes. Sete dos 13 vereadores da câmara que votaram o aumento do IPTU e três dos vereadores presos na Operação Cleptocracia estão com Fernando Fernandes.
Não por acaso que com a desculpa de “fazer uma campanha limpa” Fernando Fernandes não faz uma única crítica a Evilásio. E não o faz porque estaria fazendo também aos seus atuais correligionários.
O certo é que o único candidato a prefeito que não tem envolvimento com a corrupção no município e que não corroborou com a destruição dos serviços públicos e com o achatamento dos salários dos funcionários públicos é o candidato da Frente de Luta Socialista, o companheiro Stan 50.
Pelo contrário, Stan é o único candidato que esteve nas ruas organizando o povo contra o aumento abusivo do IPTU, contra as mudanças do Plano Diretor, contra o aumento da passagem para 3 reais, pela preservação das áreas de preservação ambiental remanescentes do município, contra o aumento dos salários do vereadores e o único que lutou ombro a ombro a favor das reivindicações das professoras ADIs e do funcionalismo municipal.
Acreditar nas propostas de Fernando Fernandes é o mesmo que acreditar em estória da carochinha e nós sabemos as conseqüências disso: péssimo atendimento, filas, falta de medicamentos e morte nos hospitais; funcionalismo (as) mal remunerados, desvalorizados e assediados moralmente; privatização, terceirização das creche; aumento de impostos e da passagem de ônibus; abertura indiscriminada da cidade as grande empreiteiras e etc.

A única saída para Taboão da Serra é uma administração democrática com participação popular onde a população tome as rédeas do orçamento e do controle das mudanças estabelecendo sua prioridades. O único candidato em condições de levar este projeto à frente é Stan prefeito 50
Com Afonso vereador 50123 na Câmara, de fato Taboão poderá avançar no sentido de resolver os problemas que afligem a maioria da população.

sábado, 25 de agosto de 2012

Luiz Gama: 130 anos depois de sua morte, a luta contra o racismo continua!



Por Diego Pereira de Siqueira

O Brasil é um país sem memória, é o que muitos dizem. Anestesiados pelo futebol, o carnaval e o Big Brother, os escândalos de corrupção se sucedem um após o outro, sem que a maioria do povo sequer se lembre do nome dos envolvidos. O mesmo se pode dizer das nossas figuras “históricas”.
Mas acho que isso não é por acaso. Pelo contrário, tem a ver com o modo como foi sendo construído o Estado brasileiro ao longo dos anos. Desde o famoso “grito da independência”, o povo foi sistematicamente afastado do poder. A ele, só cabia obedecer e aplaudir os “heróis da pátria”, todos saídos da elite branca e escravocrata: Pedro I e Pedro II, Caxias, Bento Gonçalves, Tamandaré, todos eles perfeitos representantes dessa elite, sem nada que os identificasse com a massa do povo.
Pelo contrário, gente como Caxias foram canonizados como heróis justamente por seu papel em reprimir revoltas populares e matar pretos. Pessoas que se levantavam contra as injustiças da época, a infâmia da escravidão e ousavam se levantar contra os monstruosos privilégios dessa elite, além da perseguição que eram vítimas em vida, recebiam ainda outro castigo: o esquecimento, o desaparecimento dentro da história oficial, aonde só cabiam os “grandes”.
Luiz Gama, o negro escravo que chegou a advogado, é um dos maiores exemplos disso. Morreu há exatos 130 anos, no dia 24 de agosto de 1882, na miséria absoluta, depois de uma vida inteira dedicada à luta contra a escravidão. E lutou não suplicando para a boa vontade e compaixão dos senhores escravocratas, e sim apelando à dignidade do escravo e para o direito moral da revolta contra a degradação da escravidão. É dele a célebre frase “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”. Trazia o senso de revolta no seu sangue: nascido em Salvador, sua mãe, Luiza Mahin, era uma ex-escrava, que sobrevivia de vender doces e foi uma das líderes da célebre Revolta dos Malês, rebelião de escravos muçulmanos de Salvador. Sufocada a revolta, Luiza Mahin teve que fugir de Salvador,indo para o sul e depois desaparecendo de qualquer registro oficial, sem nunca ter reencontrado o filho. Este, algum tempo depois, foi vendido pelo próprio pai, para saldar uma dívida de jogo. Pelas próprias leis da época, isso também era ilegal, pois Luiz Gama nasceu livre, filho de uma escrava alforriada. Mas, como sempre, a lei não estava do lado dos mais fracos.
Após quase uma década de servidão para uma família remediada de São Paulo, Luiz Gama conseguiu sua liberdade. Passou a viver de pequenos serviços, enquanto estudava direito e passou a desenvolver sua militância a favor da abolição. Isso na década de 1840, quando essa causa estava longe de ser uma causa popular, contando com pouquíssimas adesões entre a gente “instruída” da época, mesmo entre os republicanos. Usando de seus conhecimentos em direito, aproveitava cada brecha na legislação escravista da época para defender o interesse de seus clientes, escravos que buscavam comprar sua liberdade. Por suas próprias contas, ele ajudou a libertar mais de 500 escravos através de processos legais.
Precisamente por conhecer tão bem as leis e o sistema judiciário da época, Luiz Gama não nutria nenhuma ilusão a respeito das instituições, e sabia que a verdadeira libertação só poderia se dar com a luta militante dos próprios escravos. Não se deixava seduzir pelas pregações hipócritas dos moralistas de então, que criticavam a violência dos escravos até mais do que a violência própria gerada pelos senhores de escravos. Grande polemista, Luiz Gama deixou, em centenas de discursos e cartas, um retrato vívido da condição degradante a que eram submetidos os seres humanos que se viam nessa condição, e concluía daí o direito moral à revolta: “Milhões de homens livres, nascidos como feras ou como anjos, nas fúlgidas areias da África, roubados e escravizados, azorragados, mutilados, arrastados neste país clássico da sagrada liberdade, assassinados impunemente, sem direitos, sem família, sem pátria, sem religião, vendidos como bestas, espoliados em seu trabalho, transformados em máquinas, condenados à luta d todas as horas e de todos os dias, de todos os momentos, em proveito de especuladores cínicos, de ladrões impudicos, de salteadores sem nome ... Quando, porém, por uma força invencível, por um ímpeto indomável, por um movimento soberano do instinto revoltado, levantam-se como a razão, e matam o senhor, como Lusbel mataria Deus, são metidos no cárcere; e aí a virtude exaspera-se, a piedade contrai-se, a liberdade confrange-se, a indignação referve, o patriotismo arma-se”.
Ao longo da sua vida, recebeu várias ameaças de morte, vindas dos escravocratas que não conseguiam suportar a necessidade desse “preto” vir a ameaçar as suas “propriedades”. Mas isso não o impedia de continuar sua luta, ao mesmo tempo contra todo o sistema socioeconômico da escravidão e pela liberdade e dignidade individual da população escravizada. Já no final da sua vida, ao lado de Antonio Bento, funda o clube abolicionista, precursor do grupo Caifazes, um movimento que se poderia dizer partidário do método da ação direta e da desobediência civil: Através de uma vasta rede de contatos, ele se infiltravam nas fazendas e convenciam os escravos a fugir, alojando-os depois em igrejas ou em casas de simpatizantes. Depois, eles seguiam para Santos, ajudados por ferroviários simpatizantes da causa, até serem alojados no quilombo de Jabaquara, onde podiam seguir para outro local onde pudessem se estabelecer definitivamente.
O seu inspirador e patrono era Luiz Gama, que ainda na velhice não se assustava diante do uso de métodos “radicais” para combater a escravidão e toda a instituição da qual era a base. No entanto, não pôde viver para ver a realização de seu maior objetivo: morreu na sua casa, localizada no bairro do Brás, aos 58 anos, deixando para seus filhos nenhum centavo em bens materiais, mas uma história de lutas e sacrifícios em beneficio de uma causa. Seis anos depois, a instituição da escravidão, moribunda e já não mais interessante do ponto de vista econômico, foi formalmente abolida, não por um ato de bondade de outra figura oficial, a princesa Isabel, mas sim pela luta dos próprios escravos e de seus aliados entre a população. Quando a História for escrita do jeito que deve ser, serão figuras como Luiz Gama que serão lembrados, e não os hipócritas da conciliação e da sociedade “oficial”.
A luta continua! 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TRF-1 invalida licença de Belo Monte e desembargador fala em ditadura do governo



 
“A consulta deve ser prévia, não póstuma. Não podemos aceitar essa ditadura que vemos no Brasil. Faz a obra e pergunta depois. Isso afronta a Constituição", critica Antônio de Souza Prudente

15/08/2012
Por Renato Santana (de Brasília)

Os desembargadores da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, invalidaram, por unanimidade, a licença prévia e de instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. As obras, portanto, devem ser suspensas.
A notificação deverá chegar para o consórcio Norte Energia, construtor da usina, nas próximas horas e para cada dia de não cumprimento da decisão do TRF-1, a multa estipulada é de R$ 500 mil. O consórcio poderá recorrer da sentença no Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme o relator, desembargador Antônio de Souza Prudente, a determinação da consulta prévia e informada - conforme manda a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - não foi realizada pelo Congresso Nacional.
“A consulta deve ser prévia, não póstuma. Não podemos aceitar essa ditadura que vemos no Brasil. Faz a obra e pergunta depois. Isso afronta a Constituição. A vontade das comunidades indígenas precisam ser ouvidas e respeitadas”, diz o desembargador Souza Prudente durante entrevista coletiva nas dependências do TRF-1.
Sobre a alegação do governo federal de que as oitivas foram feitas, Souza Prudente afirma que a prerrogativa das consultas é do Congresso Nacional, que deveria tê-las realizado antes de votar o decreto legislativo 788, que autorizou o Executivo a construir Belo Monte.
“Não aconteceu isso. A consulta não é mera formalidade: a opinião dos indígenas deveria ser levada em consideração na decisão dos parlamentares. O Congresso só pode autorizar a obra se os indígenas quiserem”, destaca o desembargador citando o jurista Dalmo Dallari, os artigos da Constituição e da Convenção 169.
Souza Prudente acrescenta que o Congresso não pode delegar a terceiros a consulta. Desse modo, as realizadas pelo Ibama, Funai e demais órgãos não são válidas. De acordo com o desembargador, tais consultas, inclusive, se limitaram a comunicar a realização do empreendimento. O desembargador diz não ver isenção em consultas feitas por órgãos do governo federal, principal interessado pela obra.   
“Existem muitas outras Ações Civis Públicas e isso mostra o quanto de erros existe na execução dessa obra. Não podemos aceitar que os indígenas não sejam escutados. Essa ditadura é inadmissível”, frisa o desembargador.

Impactos   
Souza Prudente justificou sua posição citando recente pronunciamento do presidente do STF, Carlos Ayres Britto, durante votação da nulidade de títulos dos ocupantes não-índios da Terra Indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe, no sul da Bahia: “A terra para o índio é mística, não é uma propriedade que se vende ou troca”.
Com a colocação, o desembargador retornou à Constituição e à Convenção 169 para dizer que ambas defendem essa forma de entender a terra presente no “meio ambiente cultural” dos povos indígenas. “Se este meio ambiente cultural será impactado, os indígenas devem ser ouvidos”, destaca Souza Prudente lembrando que o ministro do STF Celso de Melo já tinha levado para a Suprema Corte do país a defesa constitucional do meio ambiente cultural.
O governo federal não foi poupado na fala do relator. Para ele, as terras indígenas não foram demarcadas e por isso não é possível saber o tamanho do impacto que a UHE Belo Monte terá. Além disso, qualquer alteração no dito meio ambiente cultural dos indígenas deve ser levada em consideração.
Souza Prudente parafraseou o poeta Vinícius de Morais ao responder perguntas relativas às formas de recorrer que a defesa do consórcio – a Advocacia Geral da União (AGU) – poderá optar: “Espero que os ministros do STF, caso vá para lá, validem a decisão do TRF-1, mas que a justiça seja eterna enquanto dure”.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sexta-feira Socialista: Participação política das mulheres nas eleições

Convite aos companheiros e companheiras a próxima atividade da Sexta-feira Socialista que terá como tema o debate sobre a opressão das mulheres na sociedade brasileira e sua participação no processo eleitoral.



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Banners Vereador Afonso 50123 e Prefeito Stan 50


Após muito esforço e com a contribuição militante e generosa de companheiros , conseguimos viabilizar os primeiros banners da minha candidatura a vereador, AFONSO 50123 e do candidato a prefeito, STAN 50.
Campanha honesta e sem dinheiro de patrão, de empreiteiro ou dono de imobiliária é assim mesmo, difícil e penosa, mas dignidade e compromisso com a luta do povo não tem preço para os candidatos da Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU).
Muitos candidatos estão gastando fortunas na fabricação de banners e pagando até 200 reais para fixá-los nas residências. Essa não é a nossa prática.
Se você apóia nossa candidatura e tem a disposição de fixar um banner em sua residência, entre em contato conosco que teremos o maior prazer em levar um banner (50X30cm) até você e se por acaso for possível uma contribuição financeira pelo banner ficaremos mais agradecidos ainda.
Contatos para banners: 99729-6169 (vivo) 98461-0178 (tim) ou pelo e-mail: afonso.lsr@gmail.com
Para ver o banner inteiro clique aqui



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Médicos se rebelam para continuar atendendo imigrantes ilegais na Espanha

do Site da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde (Enviado pela prof. Raquel Guzzo)



Terça, 14 de agosto de 2012

Os estrangeiros que não contam com documentação regularizada terão que pagar para usufruir dos hospitais e centros de saúde públicos, a partir do dia primeiro de setembro. A lei já provocou a reação da Sociedade de Médicos da Família. 

A reportagem é publicada pelo jornal Página/12, 10-08-2012. A tradução é do Cepat

Espanha vive uma insurreição no setor da saúde devido a uma impopular iniciativa do governante Partido Popular(PP). Mais de 900 médicos não deixarão de atender os imigrantes ilegais, em oposição à reforma na saúde estimulada pelo Executivo, deMariano Rajoy, que pretende deixar os imigrantes sem documentação fora da assistência gratuita. 

A medida não convence os profissionais da saúde. [A medida] Não resolve o problema, e, do ponto de vista profissional, nós, da Sociedade de Médicos da Família, continuaremos prestando assistência exatamente da mesma forma como fizemos até agora”, disse Salvador Tranche, titular da Sociedade. A normativa entrará em vigor no dia primeiro de setembro, como parte de um pacote de cortes do governo conservador, no intuito de reduzir o gasto público de 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, para 3% em 2014.

O jornal “El País”, da Espanha, esta semana publicou que a ordem que o governo de Rajoy prepara estabelece que os estrangeiros menores de 65 anos, que queiram ser atendidos em hospitais e centros de saúde públicos, deverão pagar 710,40 euros por ano, próximo de 59, 20 euros por mês. Acima dos 65 anos, o custo subiria para 1864,80 euros por ano, ou seja, 155,40 euros por mês. O relatório econômico, que acompanha o documento apresentado pelo Ministério da Saúde espanhol, conclui que“este novo convênio não teria impacto econômico significativo”. A medida se desprende de um decreto, publicado em fins de abril, que delimitava o acesso à saúde pública, e de um segundo decreto, publicado no Boletim Oficial do Estado espanhol, que traz mudanças, como a de mover os maiores de 26 anos, que não fazem parte dos inscritos na Previdência Social, para a condição de assegurados e deixar fora aqueles que possuem rendas superiores aos 100.000 euros anuais.

Fundamentalmente, espera-se que o projeto atinja aqueles que não se encontram assegurados, nem sejam beneficiários do Sistema Nacional de Saúde. A partir de setembro, nesta situação estarão os imigrantes sem autorização de estadia no país. Como se não bastasse, os estrangeiros nessa condição deverão cumprir com dois requisitos: ter ao menos um ano de domicílio na Espanha e não serem beneficiários de um sistema de saúde pública. Ainda não é conhecido o número oficial de possíveis afetados.

No entanto, se forem comparados os dados do censo e as altas na Previdência Social, uns 150.000 estrangeiros se encontrariam em situação irregular em relação ao projeto que o governo planeja. Não obstante, próximo de 15% desse grupo são menores [de idade], e para eles haverá cuidados de saúde pública. A assinatura desses convênios será voluntária. Não cobrirão o pagamento de remédios ou de transporte médico, que seriam da completa responsabilidade das pessoas que assinarem. No caso de não pagamento de uma das cotas, o beneficiário terá como castigo três meses de suspensão do convênio (durante esse tempo ficará suspenso dos serviços de saúde não emergenciais). Se nesse período pagar a dívida, o convênio continuará em vigor. Caso prossiga com a dívida, o direito de assistência à saúde caduca.

O jornal espanhol destaca que no caso das imigrantes grávidas – aquelas que a saúde pública precisa obrigatoriamente atender durante sua gravidez, no parto e no pós-parto – e dos menores estrangeiros, será mantido o acesso nas mesmas condições dos espanhóis, ou seja, gratuitamente. Não obstante, terão um bônus farmacêutico de 40%. As vítimas do tráfico e aqueles que pediram asilo na Espanha também poderão ter acesso à saúde pública. A partir desta mudança, o Ministério da Saúde quer estabelecer uma dupla via entre os que são atendidos pela saúde pública: que são assegurados (e que agora pagam mais do que antes por medidas como o co-pagamento farmacêutico) e aqueles que não são, que poderão acessar ao sistema público pagando, como se faz no âmbito da saúde privada.

“O que os imigrantes ilegais precisam fazer é entrar legalmente, e isso é uma reflexão que faço em caráter geral”, disse Rafael Hernando, representante do PP no Congresso. Ele afirmou que Espanha deve deixar de ser o paraíso da imigração ilegal e convidou os que estão em situação irregular para retornarem ao país de origem. “Não vejo como um organismo oficial irá assinar um convênio com alguém que está em situação irregular”, respondeu José Martínez Olmos, do Partido Socialista Espanhol (PSOE) e porta-voz para a Saúde no Congresso, que duvida da base legal da medida.

“Enfermidades como diabetes, exige um longo tratamento, não ficariam suficientemente cobertas. O mesmo acontece com as infecções, que quando não bem tratadas são uma ameaça. O governo terá que tornar a retificar, porque não se pode continuar com remendos”, sugeriu o porta-voz. De sua parte, o porta-voz da Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, na Comissão de Saúde do Congresso, acusou o governo de tentar criminalizar os imigrantes irregulares, retirando-lhes a atenção à saúde ou as condicionando ao pagamento de um convênio. “O preço que colocam para ao asseguramento faz parte de toda uma definição da concepção de 'cidadãos de terceira' que o PP possui sobre os imigrantes, e, também, da sua concepção de que a saúde não é um direito, porém uma fonte a mais de negócio”, sentenciou.

PARA SABER MAIS:



*Retirado do IHU Online
**Republicado aqui após revisão, contendo pequenas alterações de texto

sábado, 18 de agosto de 2012

Síria: Existe uma alternativa ao desenvolvimento da guerra civil?

Do site do CIT (Comitê por uma Internacional Operária)



A agonia da Síria continua inabalável.

Por Niall Mulholland, CIT

Em todo o país existem ataques indiscriminados por parte das forças do regime de Assad e suas milícias; sangrentas represálias sectárias por parte da oposição armada; inundações de refugiados e catástrofes humanitárias. A segunda cidade, Aleppo, é o mais recente foco de combates entre as forças de oposição armadas e o Exército sírio. Uma vez que os rebeldes entraram em Aleppo em 20 de Julho, muitos moradores fugiram para Damasco e Turquia.
A batalha de Aleppo é importante para ambos os lados. Maior do que a capital Damasco, é o principal centro econômico, com um setor industrial importante. O Exército rebelde (FSA) avançou sobre a cidade tentando capitalizar o momento, pois acreditavam pode repetir o que fizeram durante um assalto em Damasco e do bombardeio de uma reunião de inteligência do governo, que matou quatro generais. O exército sírio está reunindo uma armadura pesada e tropas nos arredores de Alepo para intensificar a sua ofensiva.
Como o resto da Síria, Aleppo é composta por um mosaico de grupos étnicos e religiosos. A maioria da população da cidade são muçulmanos sunitas ou curdos. Há também armênios e outros cristãos maronitas e igrejas ortodoxas gregas. Muitos funcionários públicos na cidade são da seita Alawita do presidente Assad. Até recentemente Aleppo viu a violência relativamente pouco. Agora, as sangrentas mortes a ligaram a todo o país, estimado em cerca de 100 por dia em julho, está programado para subir dramaticamente como a batalha pela cidade está totalmente unida.

Movimento popular
Em março de 2011 a revolta na Síria começou como um movimento genuíno e popular contra ditadura de Assad a polícia, a erosão do bem-estar social, altos níveis de pobreza e desemprego, e o Estado da elite rica e corrupta.  A ditadura de Bashar al-Assad respondeu à onda de protestos em massa contra 40 anos de regime ditatorial - amplamente visto como parte da "Primavera Árabe" - com dura repressão.
A brutal repressão de manifestantes levou alguns ativistas a pegarem em armas. O Comitê por uma Internacional do Trabalhadores (CIT, a organização socialista internacional da qual o Partido Socialista é  filiada), defendeu democraticamente o movimento dos comitês de auto-defesa dos trabalhadores que podem proteger as comunidades e cortar todas as linhas sectárias.
Ao mesmo tempo, o CIT fez o chamado para que este esteja ligado a um programa de exigências pelo fim da ditadura de Assad e de fundamentalistas,  mudança democrática, social e econômico.
Mas fundamentalmente aos protestos de massa faltou uma liderança independente da classe trabalhadora. Isso permitiu que figuras oposicionistas sectárias e pró-capitalista parcialmente preenchesse o espaço político. Regimes reacionários do Golfo, junto com a Turquia, e com apoio do imperialismo ocidental, interveio com armas e dinheiro para a oposição, políticos ligados as hordas, é claro.
Os EUA, Grã-Bretanha e França há muito tempo tem considerado o regime de Assad como um obstáculo incômodo para os seus interesses imperialistas na região. Em seu lugar, eles querem ver uma flexível administração pró-ocidental.
Crucial para os seus planos é fundamentalmente enfraquecer o seu principal adversário na região, o Irã.
Teerã é um aliado do regime sírio. A queda de Assad poderia também fortalecer regimes sunitas pró-EUA do Golfo, além de enfraquecer o xiita Hezbollah baseado no Líbano e na posição do imperialismo russo na região.
O que começou como uma revolta popular na Síria terminou numa guerra civil, com o aumento em dimensões sectárias. Os trabalhadores e os pobres pagam o maior preço pelo fracasso da revolta de se transformar em um movimento poderoso e independente, baseada em uma classe trabalhadora unida. O número de mortos estimado até agora é de 20.000 pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que 150.000 pessoas fugiram do país.
Mas as palavras de preocupação para o povo da Síria das bocas dos políticos ocidentais é apenas hipocrisia. Apenas alguns anos atrás, a administração Bush enviou dois suspeitos de terrorismo 'para Damasco para serem torturados por bandidos de Assad. Agora, o presidente Obama afirma que ele quer ver ditadura Bashar al-Assad substituída pela "democracia".
No entanto, com a bênção dos EUA, dois dos principais aliados dos EUA na região, as autocracias reacionários do Qatar e Arábia Saudita estão ocupados em armar e financiar os rebeldes sírios. Eles não estão interessados ​​em trazer os direitos democráticos para a Síria mais do que os EUA ou a Grã-Bretanha. O regime saudita reprime a sua própria minoria xiita, enquanto apóia reacionários salafistas sectários na Síria.
O governo turco, um membro da Otan (aliança militar dominado pelos EUA), denuncia a opressão na Síria. Em casa, censura os meios de comunicação e os curdos, que estão pressionando por suas próprias demandas, tanto na Turquia e na Síria.

Assad e oposição
No entanto, o papel das potências ocidentais e os regimes reacionários do Golfo tem razões para apoiar o regime de Assad. Não é uma espécie de "baluarte" contra o imperialismo, como alguns da esquerda na região quem retratar.
Para os socialistas a alternativa foi apresentada durante as revoluções do ano passado na Tunísia e no Egito, bem como a promessa de mudança no início da revolta Síria de 2011. Eles mostraram que é o movimento unido em massa de trabalhadores e jovens que podem remover déspotas e seus regimes, resistir ao imperialismo e lutar por uma mudança social e política real.
Embora possa ser apenas uma questão de tempo antes de Assad cair, o conflito não mostra nenhum sinal de um final rápido. "Com ou sem Bashar al-Assad como seu líder, a Síria agora tem todos os ingredientes de uma triste guerra civil", adverte Vali Nasr, um orientador acadêmico e ex-representante especial de Obama para Afeganistão e Paquistão (New York Times, 28 de julho de 2012).
Enquanto Assad perdeu o controle de partes da Síria, a oposição é impulsionado para cima, alegando que o poder do regime está em séria erosão, o conflito é provável tornar-se prolongada.
A deserção de alto perfil de algumas figuras militares e diplomáticos, incluindo Riad Hijab o recém-nomeado primeiro-ministro, deu a impressão de um regime em colapso em câmera lenta. No entanto, Assad não mostra nenhum sinal de estar caindo.
Até o momento, Assad já mostrou que tem o poder militar e apoio suficiente na Síria, incluindo de muitos empresários sunitas, para continuar lutando. Mas, embora pareça improvável no momento, a possibilidade de que Assad poderia ser derrubado por um golpe palaciano não pode ser descartada.
Enquanto a oposição tem conquistado terreno e agora está supostamente usando armamento pesado, é dividido "entre os cerca de 100 grupos sem liderança política clara", de acordo com Vali Nasr.
Além disso, o caráter reacionário da grande parte de base sunita, pró-grande empresa síria Conselho Nacional, que está ligada ao Exército grátis sírio e seus aliados sunitas de elite do Golfo, significa que muitos dos Alawite da Síria, cristã e as minorias curdas, bem como alguns sunitas, o medo que viria a seguir derrubada de Assad.
A execução sumária de desarmados pró-regime combatentes das milícias da oposição em Aleppo, amplamente visto no YouTube, só vai agravar os temores das minorias da Síria.
Organizações jihadistas vão supostamente estabelecer uma base no leste do país, incluindo a Al Qaeda, grupo Jabhat um Nusra (Frente de Solidariedade). Jihadistas estrangeiros entraram Síria pela Turquia, no Cáucaso, Bangladesh e no Golfo estados árabes, que está ajudando a provocar divisões entre os líderes da oposição.
Muitos desses lutadores são veteranos endurecidos na  batalha do conflito no Iraque durante a ocupação dos EUA. Os jihadistas no Iraque são, por sua vez, encorajados pelos acontecimentos na Síria. A al-Qaeda ligados ao Estado Islâmico do Iraque matou centenas de pessoas em julho.

Conflagração sectária
Mesmo se Assad decidisse deixar o cargo ou fosse removido por sua própria facção dominante, a sua máquina militar, dominada pela seita Alawite e seus aliados, as milícias sectárias, poderiam continuar lutando. A Síria poderia enfrentar a terrível perspectiva de quebrar-se em enclaves étnicos, como a ex-Jugoslávia, amargamente brigando por território durante anos. Isso se assemelha a uma repetição da guerra civil do Líbano (que durou de meados dos anos 1970 aos anos 1990 - com até 200.000 mortes). Mas em maior escala o horror adicionado seria a química do regime em curso e armas biológicas estão sendo implantados.

Uma conflagração sectária seria mais provável indisporia outros países da região. Turquia, Irã, Israel e os Estados do Golfo poderiam ser arrastados para o turbilhão. O conflito sírio já se espalhou para o Líbano, onde o regime de Assad tem o apoio do Hezbollah, que é parte do governo de coalizão.
O exército sírio tem influência em aldeias libanesas. A luta entre sunitas e pró-Assad alauitas no norte da cidade libanesa de Trípoli e outras áreas deixou muitos mortos. Enquanto as principais forças políticas do Líbano quer evitar uma escalada de confrontos sunitas e xiitas, tiroteios e seqüestros regulares em Beirute levantaram temores de um slide para o conflito sectário.

ONU impotente
As Nações Unidas é  incapaz de agir como um "mediador honesto" na crise síria. Ela não pode evitar atrocidades contra civis ou resolver conflitos armados nos interesses da classe trabalhadora.
A organização está em dívida com as grandes potências do mundo, em particular membros do Conselho de Segurança da ONU, que estão profundamente divididos sobre a Síria.
Impotência da ONU foi sublinhada com a renúncia de Kofi Annan da ONU e do enviado especial da Liga Árabe, em 2 de Agosto.
Rússia e China votaram contra EUA, britânicos e franceses patrocinadoras das  resoluções anti-Assad. Apesar da retórica, as posições dos EUA e da Rússia não tem nada a ver com o sofrimento do povo sírio. Tem tudo a ver com os interesses de suas respectivas classes dominantes e de seus aliados mais próximos.
Rússia diz respeitar o regime de Assad como um aliado crucial na região. O Kremlin e Pequim são decididamente contra qualquer intervenção militar ocidental, particularmente, após a amarga experiência de conflito líbio do ano passado.
Enquanto alguns dos EUA, britânico e políticos franceses têm discutido a idéia de uma ação militar ocidental contra o regime de Assad, os ataques da Otan no ano passado na Líbia não pode ser simplesmente repetidos neste contexto.
A Síria tem uma população muito maior que a Líbia e o regime tem à sua disposição um exército muito mais poderoso e mais bem treinado e equipado.
A campanha de bombardeios da Otan teria de superar o extenso sistema de defesa aérea Síria, enquanto que uma invasão terrestre exigiria forças militares em grande escala. Tropas ocidentais teriam de enfrentar a ser mal tratados em áreas urbanas hostis.
Estes passos arriscaria uma internacionalização do conflito, em particular como uma ação ocidental, seria amplamente visto no mundo árabe como o reforço da posição regional de Israel.

Intervenção ocidental
Enquanto os EUA está declaradamente preocupados com a oposição síria - a Casa Branca continua a ser "assombrada" pelas lembranças do catastrófico apoio aos guerrilheiros Mujahadeen durante a guerra no Afeganistão –1980 -  as potências ocidentais estão se concentrando em apoiar e ajudar o Exército Livre sírio e outros oposicionistas armados. Eles fazem isso principalmente através da aplicação de sanções contra Damasco e dando aos Estados do Golfo a luz verde para armar e financiar a oposição e para a Turquia para fornecer apoio logístico.
A Casa Branca também está tendo ação direta secreta para apoiar opositores armados de Assad. De acordo com um relatório da agência de notícias Reuters (01 de agosto de 2012), o presidente Obama assinou uma ordem secreta no início deste ano, que autoriza o apoio dos EUA para a oposição armada, incluindo a implantação da CIA e outras agências norte-americanas. Isso levou a "melhorias visíveis na coerência e eficácia dos grupos rebeldes sírios nas últimas semanas".
O secretário do Exterior William Hague confirmou recentemente que a Grã-Bretanha também está dando apoio encoberto a forças anti-Assad.
Os EUA e outras potências ocidentais esperam que tais ações irão eventualmente provocar a queda de Assad. No entanto, alguns comentaristas pró-ocidentais alertam que a queda de Assad seria uma vitória de Pirro. Seria apenas o início de um conflito ainda maior na Síria e na região.
Os conselheiros da Casa Branca trabalham no sentido de um "plano de transição" para criar um acordo pós-Assad de partilha de poder que "todos os lados" possam concordar. Isso implicaria na "manutenção da paz e na 'a força da ONU. Para chegar a um acordo desse tipo significaria envolvendo da Rússia e Irã, Vali Nasr acredita, que pode vir a ver a escrita na parede de Assad.
Mesmo se tal cenário acabara por ser remendada após muito derramamento de sangue e mais destruição, não traria estabilidade, democracia ou a prosperidade para a Síria.
Ele iria ver a imposição de um regime militar dominado pelo Ocidente, envolvendo as forças reacionárias e pró-capitalistas sectárias. Seria uma resposta às necessidades das massas sírias e classe trabalhadora.

Classe operária
Os trabalhadores e os pobres na Síria enfrentam uma situação desesperadora pelo perigo real de ser envolvido em uma guerra étnica e sectária. Socialistas em todos os lugares devem fazer todo o possível para ajudar os trabalhadores da Síria para construir a unidade de classe para resistir e superar essas divisões.
Na situação atual, estas são tarefas hercúleas. No entanto, não há outra maneira de conseguir unir as massas para derrubar o brutal regime de Assad, para se opor a intromissão dos estados reacionários locais e do imperialismo, e para ganhar os reais direitos democráticos e de mudança social e econômico fundamentais.
Apesar de sua terrível situação, as massas sírias não estão sozinhas. O seu destino está indissoluvelmente ligado aos movimentos revolucionários em curso na Tunísia, Egito e em outros lugares em todo o Norte de África e do Oriente Médio.
Houve 18 meses de revolução e contra-revolução e o processo está longe de terminar.
Enquanto o sectarismo está em ascensão no Egito, assim também está a luta de classes, com uma nova onda de greves e ocupações que varre o país. Trabalhadores egípcios não estão esperando o novo governo para melhorar suas vidas. Eles estão construindo suas próprias organizações e agem de forma independente. Este é o modelo a seguir!
Por prática e politicamente ligando os interesses da classe dos trabalhadores na Síria, Egito, Tunísia e em toda a região, as organizações de massa dos trabalhadores, como sindicatos independentes e novos partidos de massa, podem ser construídos.
A classe trabalhadora unida baseando-se em um "programa com políticas socialistas por mudanças fundamentais - democracia dos trabalhadores com controle e gestão da economia para transformar as condições de vida, gerando empregos com um salário digno, educação gratuita de qualidade, saúde e moradia e assim por diante - esse movimento iria inspirar trabalhadores e jovens em toda a região a se unirem para expulsar os tiranos e o imperialismo.
Isto levaria a uma luta por uma confederação voluntária e igualitária socialista do Oriente Médio, em que os direitos de todas as minorias seriam garantidos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

PSOL tem os melhores parlamentares do país

Por José Afonso da Silva



O deputado federal do PSOL carioca, Chico Alencar, e o senador do PSOL do Amapá, Randolfe Rodrigues, foram eleitos os melhores parlamentares de Brasília pelo Prêmio Congresso em Foco.
Esse é o quarto ano consecutivo em que Chico Alencar é eleito pelos jornalistas e pelos internautas como o melhor deputado federal em atuação.
Em 2011, dos 4 primeiros parlamentares na lista dos melhores do Congresso em Foco, estavam: Chico Alencar em primeiro lugar, Jean Wyllys/PSOL-RJ em segundo e Ivan Valente/PSOL-SP em quarto.
A escolha do Prêmio Congresso em Foco é a soma dos vários quesitos:  “Defesa da democracia” “Defesa da Previdência Social e dos servidores públicos”, “Defesa da segurança jurídica e da cidadania”, “Defesa dos consumidores”, “Parlamentares de Futuro”. E outras três categorias, que premiarão os parlamentares de maior destaque na defesa da inovação tecnológica, do desenvolvimento econômico e da saúde.
A atuação dos parlamentares do PSOL é uma pequena amostra do trabalho sério em defesa dos interesses dos trabalhadores, do funcionalismo, dos serviços públicos e da transformação da sociedade levada a cabo pelo partido.
Esse trabalho vem sendo reconhecido em outros estados e município como o de Carlos Giannazi em São Paulo, Marcelo Freixo no Rio de Janeiro e Edemilson Rodrigues no Pará.
Não é por acaso que vários candidatos do PSOL estão à frente nas disputas eleitorais de vários municípios e a chance de aumentar a bancada de vereadores no país é muito grande.
A eleição de vereadores do PSOL em Taboão da Serra é a garantia de atuação firme e combativa em defesa dos serviços públicos, direitos dos trabalhadores, da juventude, do funcionalismo público, das mulheres, dos sem-tetos e da população mais pobre.
Mudança de verdade é com em Taboão da Serra só se dará com Stan prefeito 50 e com Afonso vereador 50123. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MTST OCUPA PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ (SP)

Do blog do MTST

Neste dia 15/8, cerca de 400 famílias das Ocupações Novo Pinheirinho e Santa Cristina, em Santo André (ABC paulista), ocuparam durante cerca de 3 horas o prédio da Prefeitura municipal.
A Prefeitura vinha criando dificuldades para levar adiante os compromissos firmados com o MTST. Após sermos recebidos por 3 secretários municipais, além da assessoria do prefeito, o Movimento conseguiu garantir os seguintes encaminhamentos:
- Retomada da negociação do Projeto por MCMV-entidades destinado às famílias da Ocupação Santa Cristina;
- Compromisso de pagamento de auxílio aluguel para as famílias que se enquadram nos critérios municipais e indicação para a CDHU das demais famílias em maior vulnerabilidade da Ocupação Novo Pinheirinho ABC;
- Abertura de negociações para desdobramento do terreno atualmente ocupado e viabilização de infra-estrutura viária, possibilitando assim a construção de moradias definitivas para as famílias da Ocupação Novo Pinheirinho;
- A Prefeitura enviará ainda ao juiz responsável pela ação de despejo do acampamento um pedido de mais 90 dias de prazo para viabilizar a conclusão das negociações.
O MTST entende que esta negociação representou um passo importante da luta dos trabalhadores sem-teto de Santo André. E temos a clareza de que se não fosse o ato realizado, com ocupação da prefeitura, este passo não teria sido possível.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Fernando Fernandes e Aprígio mentem descaradamente sobre o IPTU


 Por José AFONSO da Silva

Nas caminhadas organizadas nos bairros pelos dois candidatos da direita, Fernando Fernandes/PSDB e o candidato de Evilásio, José Aprígio/PSB, vêm se deparando com fortes críticas dos moradores sobre o alto valor do IPTU.
As respostas apresentadas pelos candidatos, que parecem ter sido tiradas da cartola, demonstram que os mesmos parecem não ter percebido o ódio coletivo contra o absurdo aumento iniciado em 2010 e deixam claro também que nenhum dos dois tem interesse resolver esta questão.
No início da campanha, Fernando Fernandes/PSDB, quando indagado se reduziria o imposto, respondia que faria um estudo jurídico para avaliar as possibilidades legais.
Essa proposta não colou e Fernando Fernandes, através de seu vice, apresentou a mirabolante proposta de incentivar a coleta seletiva de lixo pela população e quem mais participasse teria uma redução maior no valor do imposto. Essa proposta foi tão estapafúrdia que nem mesmo Fernando Fernandes teve coragem de reproduzi-la.
Agora, Fernando Fernandes fala abertamente em revisão e redução do IPTU.
Já o candidato de Evilásio, José Aprígio/PSDB – diga-se de passagem um dos mentores do aumento na câmara - chegou a apresentar a proposta de reduzir a taxa de esgoto como medida indireta para amenizar o alto valor pago de IPTU. Hoje, Aprígio também fala em revisão e redução do IPTU.
Está mais do que claro que as respostas dos dois candidatos não passam de promessas que não serão cumpridas ou mesmo levadas a sério, caso um desses seja eleito.

Aprígio aprovou o IPTU e Fernando Fernandes não fez nada
Em 2009, por unanimidade dos votos, os vereadores aprovaram a mudança na planta genérica que elevou o valor do IPTU. Em alguns casos em mais 1000%. Essa mudança na planta genérica foi encomendada por donos de imobiliárias e empreiteiras para estimular ainda mais a especulação imobiliária no município.
Casas simples que antes não chegava 100 mil reais, como num passe de mágica triplicaram seu valor. As conseqüências disso é que pequenas empresas, pequenos comerciantes e moradores estão sendo expulsos do Taboão pelos altos impostos cobrados aqui.
Com a chegada dos carnês nas residências no início de 2010, a indignação e a raiva foi geral. Houve manifestações e até um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para alterar a lei foi elaborado pela população. No entanto, a insensibilidade e o rabo presos dos vereadores fizeram com que os mesmos rejeitassem também por unanimidade o projeto de iniciativa popular. Mais uma vez a câmara dava de ombros pra população.
Em 2011, estoura o escândalo do IPTU e ai ficou claro pra todos quem foram os grandes beneficiados e os grandes prejudicados com a lei aprovada em 2009.

É necessário fazer um amplo estudo sobre a planta genérica do município, que seja transparente, democrático e participativo sem a interferência dos interesses do mercado especulativo. Esse estudo levaria em consideração alguns critérios: 1. quem pode mais, paga mais; a questão social: famílias mais pobres, idosos, deficientes, áreas de risco e desemprego; estabelecer IPTU progressivo para terrenos que só servem pra especulação; medidas enérgicas para receber dos grandes devedores do IPTU os valores atrasados, sob pena de expropriação; entre outras questões a considerar.
Dessa forma é possível rever o absurdo aumento do IPTU e ao mesmo tempo permitir uma redução significativa em seu valor.  Mais do que isso, é necessário que a população participe de forma real e efetiva das decisões sobre onde será gasto o dinheiro arrecadado com o imposto, garantindo assim que esse dinheiro de fato vá para os hospitais, escolas, etc.
Como se pode perceber, tanto Fernando Fernandes como Aprígio falam em revisão e redução do valor do imposto, mas falam apenas da boca pra fora, já que não têm nenhum interesse em cumprir suas promessas.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

1° prestação parcial de contas eleitoral oficial

     Dando continuidade a política de transparência dos recursos arrecadados para minha candidatura, AFONSO 50.123, disponibilizo a todos (as) a 1° prestação parcial de contas eleitoral oficial extraída do site do TSE.
     Os empresários, donos de imobiliárias, empreiteiros e postulantes a uma boquinha no futuro governo, entendem a importância de eleger seus candidatos e por isso contribuem pesado. Não pensam duas vezes em por a mão no bolso gastando fortunas, para depois, como sabemos, pegar de volta o dinheiro investido através de negociatas e corrupção.
     Os trabalhadores podem e devem contribuir com as candidaturas oriundas das lutas, pois é a única garantia de garantirmos materiais para levar nossa mensagem a toda a população.
O apoio e o voto são muito importantes, mas o apoio ativo é imprescindível.
     Para ler clique aqui ou clique na imagem abaixo:
José Afonso da Silva


Taboão da Serra precisa de vereadores comprometidos com a população

Por José Afonso da Silva


Que a Câmara municipal se tornou um balcão de negócios, não é novidade pra ninguém. A lógica da compra de votos dos vereadores pelos prefeitos em troca de secretárias e cargos livre-nomeados transformou a chamada “casa de leis” num espaço privilegiado para a corrupção e para Projetos de Leis contra a população.
Segundo a própria presidente do TSE, a ministra Carmem Lúcia, negociações e divisão de secretarias e cargos de livre-nomeação entre os partidos e vereadores, antes mesmo das eleições, apontam para a falta de autonomia e independência dos vereadores na próxima gestão.
Com campanhas eleitorais financiadas diretamente pelos candidatos a prefeito que coletam recursos financeiros diretamente de empreiteiras, imobiliárias, grandes empresários e grandes comerciantes do município, tornam os futuros vereadores em meros fantoches do futuro prefeito.
A exemplo da atual gestão, ao invés de fiscalizarem o executivo, os vereadores dizem amém e sim senhor a todos os projetos do prefeito, boa parte das vezes sem se quer dar ao trabalho de ler os projetos votados, tal é o grau de subserviência e submissão.
Não seria justo afirmar que todos os 234 candidatos (as) a vereança registrados para disputa eleitoral são corruptos ou interesseiros. Provavelmente boa parte deles estão cheios de boas intenções e acreditam que uma vez eleitos podem ajudar a cidade a resolver os problemas da população. No entanto, é possível afirmar que estes candidatos são lançados pelos caciques com o único objetivo: somar votos para alcançar o quociente eleitoral. No final das contas quem acaba se elegendo são as velhas raposas da política taboanense.
Taboão da Serra é uma cidade com pouco mais de 20 km2, o 5° menor município do estado, e uma população de mais de 250 mil habitantes. Isso torna Taboão uma das cidades mais adensadas do estado. A grosso modo, há quase um candidato pra cada duas ruas do município, o que torna quase impossível para um único candidato alcançar sozinho o quociente eleitoral (que deve ficar em torno de 12 mil votos nesta eleição).
Por isso os votos de cada candidato das coligações são fundamentais para eleger os eternos coronéis da política local.
Quando os eleitores confiam seus votos a um vizinho, um amigo ou mesmo um parente, indiretamente podem estar perpetuando a continuidade do mandato daquele vereador que esteve envolvido em corrupção, que votou no aumento do IPTU ou que virou as costas para a população depois de eleito.
A população de Taboão da Serra deve ter claro que dos 13 vereadores que votaram pelo aumento do IPTU em 2009, sete estão com o candidato Fernando Fernandes e  seis com o candidato de Evilásio, José Aprígio. Dos quatro vereadores presos na Operação Cleptocracia, três estão com Fernando Fernandes e um com José Aprígio.
Votando em candidatos dessas coligações, sem querer o eleitor pode estar elegendo esses vereadores ou seus parentes que continuaram a administrar a cidade em benefício próprio.

Vereadores (as) que se pode confiar
Os candidatos da Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU), com Stan Szermeta prefeito, são candidatos envolvidos na luta contra o aumento do IPTU, contra a corrupção, contra o aumento da passagem, contra a destruição do meio ambiente pela especulação especulativa, contra o aumento do salário dos vereadores, pelo direito a moradia, contra a privatização da saúde e em defesa das professoras ADIs.
Enfim, os votos dados em qualquer um dos 10 candidatos (as) da Frente de Luta Socialista é a garantia de um representante incansável em defesa dos trabalhadores, da juventude, do funcionalismo público e da população mais pobre e um (a) combatente aguerrido contra a corrupção endêmica instalada no município.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Lançamento da candidatura de Afonso Vereador

Por Diego Pereira de Siqueira


No último domingo, dia 05 de agosto, cerca de pessoas passaram no lançamento oficial da campanha do companheiro Afonso a vereador. O ato foi realizado no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Taboão da Serra e contou com a participação de companheiros (as) do MTST, da Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra (PSOL/PSTU),  professores e estudantes que apóiam sua candidatura, além de militantes e dirigentes do PSOL que vieram trazer sua saudação.
A mesa foi coordenada pelo coordenador da Apeoesp, professor Miguel Leme (candidato a prefeito pelo PSOL em 2008) e contou saudações do professor Toninho (candidato a prefeito de Embu das Artes); Patrícia Bravo, (professora Adi de Taboão da Serra e também candidata a vereadora); André Ferrari (direção nacional da LSR  e do PSOL); Guilherme Boulos (coordenação nacional do MTST); Stan Szermeta, candidato a prefeito e Wiliam Felippe, candidato a vice.
Em todas as falas dos presentes reafirmou-se o compromisso de uma campanha eleitoral militante, que denunciasse a falsa polarização entre os dois candidatos da direita, representantes das imobiliárias e das grandes empresas. Esses dois candidatos tentam se apresentar como o “novo”, que irão governar para melhorar Taboão. Nada mais longe da verdade! Fernando Fernandes (PSDB) já governou Taboão por oito anos, e no seu governo ele não resolveu um único dos principais problemas da população de Taboão. Além disso, grande parte dos vereadores e funcionários presos na Operação Cleptocracia da polícia civil, por conta do escândalo do IPTU, estão apoiando sua candidatura. Já Aprígio, candidato de Evilásio e do PT, é dono de uma grande imobiliária e está comprometido com a atual administração, que foi palco dos maiores escândalos de corrupção que essa cidade já viu.
O companheiro Afonso enfatizou as bandeiras de sua candidatura que tem como objetivo estimular o debate político sobre os reais problemas da cidade e como os dois candidatos da direita, Aprígio e FF, são responsáveis pelos problemas da cidade. Afonso reafirmou que sua candidatura está a serviço da organização da luta dos trabalhadores, da juventude e dos movimentos populares. Como vereador, Afonso será uma voz dos mais desfavorecidos e uma pedra no sapato dos políticos carreiristas e corruptos na câmara.
 Por isso, a candidatura de Afonso, assim como a Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra é a única que representa realmente uma alternativa aos grandes partidos, que há anos administram a cidade em benefício dos ricos e de seus próprios interesses. Por isso, nessas eleições, você, que não compactua com todas as falcatruas desses partidos, tem uma opção! Vote nas candidaturas da Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra e venha construir uma verdadeira alternativa para os trabalhadores!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Maternidade Alice Campos Mendes Machado de Embu da Artes pede Socorro!

Recebi esta manhã denúncia sobre a situação da maternidade de Embu das Artes que após mudança da empresa responsável pela administração, vem passando por vários mudanças que colocam em risco o atendimento às pacientes e aos aos direitos dos trabalhadores (as) e médicos.
O relato, na qual não divulgo o nome da denunciante para evitar retaliações é grave e merece a atenção e mobilização da população do Embu e região.
Mais uma prova de que a terceirização e privatização da saúde visando apenas o lucro não interessa a população.


Bom dia,
Infelizmente a Maternidade do Embú (Alice Campos Mendes Machado) está passando por transformações que tem trazido prejuízo aos funcionários, pacientes  e principalmente à população de Embú.
A empresa CEJAM que era responsável pelas contratações dos funcionários perdeu a administração do Hospital e a nova empresa VIDAS assumiu desde 1/8/12.
Todos os funcionários foram inicialmente avisados que seria apenas uma mudança administrativa, e que não haveria corte de profissionais, porém  após a nova empresa assumir, tudo mudou e a verdade é que estão dizendo que todos os funcionários serão demitidos e ocorrerão modificações que irão prejudicar a adequada assistência médica e qualidade de atendimento aos pacientes.
A equipe de enfermagem foi toda demitida e a partir do dia 10/8/12 será substituída por funcionários sem preparo, que não fizeram treinamento na maternidade.
E para os médicos que forem trabalhar na maternidade, sujeitando-se a estas condições, estão dizendo que a forma de contrato não será a CLT, a única forma legal de se contratar medico. Querem pagar aos médicos como "caixa 2" , e valores menores dos que estão sendo praticados no momento.
Para um serviço de Ginecologia e Obstetrícia funcionar é necessário no mínimo 2 médicos de plantão por período, visto que é uma especialidade cirúrgica, com grande potencial de cirurgias complexas e de alto risco que devem ser realizadas por médicos especializados e aptos para tais procedimentos.
Infelizmente a empresa VIDAS tem uma visão muito mais empresarial do que assistencial e para conter gastos, decidiram que a Maternidade não terá mais 2 médicos GINECOLOGISTAS por plantão e sim terá apenas 1 médico, que será responsável por todos os leitos de pacientes internadas, atender sozinho todas as urgências e emergências e terá que fazer procedimentos cirúrgicos (partos, cesarianas, laqueaduras tubáreas, curetagens, cirurgias abdominais de urgência) auxiliados por um instrumentador cirúrgico (que não é médico) ou por médicos de outras especialidades (como Ortopedia/ Clínico Geral), que não tem conhecimento e nem aptidão para tais procedimentos.
Com isso, além dos médicos estarem sujeitos à péssimas condições de trabalho, as pacientes estão sujeitas a número maior de complicações, inclusive colocando sua vida e a do seu bebê em risco.
Muitas pacientes que já sabem dessas mudanças estão com medo, pois vários plantões já estão descobertos e funcionando apenas com um médico. Por isso, muitas pacientes não estão agendando as cesarianas e laqueaduras para os próximos meses, pois temem ter que ser operadas por um médico não especializado ou por uma enfermeira ou instrumentador que nem médico é.
Semana passada, várias gestante foram atendidas e liberadas por um Clínico Geral que estava de plantão no lugar que deveria ser de um médico ginecologista e obstetra.
O Diretor Clínico da Maternidade (Dr Kléber Cassius) se desligou do Hospital nesta semana, sem ao menos deixar substituto ou cumprir aviso prévio. Comunicou seus plantonistas por email avisando que não viria mais  que a responsabilidade da escala médica e dos problemas não é mais dele.
No presente momento os funcionários estão se sentindo ameaçados, coagidos, sem chefia, sem diretor da Maternidade, sem responsável pela escala de plantão, sem setor de RH (recursos humanos) para tirar dúvidas, sem equipe de enfermagem preparada.
Apesar de ser considerada uma Maternidade de baixo risco, a Maternidade do Embú é a única desta cidade e atende tanto gestantes de baixo risco com pacientes de Alto risco que não conseguem transferência para Hospital de Alto Risco. Por mês são atendidos uma média de 1550 pacientes e realizados 200 partos e 20 laqueaduras.
Ficar em apenas 1 médico plantonista é um absurdo que coloca em risco a qualidade de atendimento e certamente o maior prejudicado é o paciente.
A população precisa estar ciente de que a Maternidade está correndo um grande risco de perder o que é mais sagrado: um atendimento médico de excelência, visando o bem estar da gestante e do seu bebê, com o intuito de zelar pela saúde dos dois e prestar à população um serviço de qualidade máxima, pois eles merecem.
Ressaltamos porém que tudo que foi nos dito pela nova empresa  a respeito de demissões, ficar em um só medico, contratar instrumentadores, pagar o medico como "caixa 2", etc, foi dito somente por boca, sem documentação que possamos comprovar, pois cada hora dizem uma coisa, desmentem outras, e nós, profissionais da maternidade estamos à deriva de informações concretas, parecendo brinquedos nas mãos dessa nova empresa que não se mostra nada séria.
Esperamos que essas informações possam contribuir para que consigamos salvar a maternidade do Embu e consequentemente manter um atendimento adequado a todas as nossas gestantes que tanto carecem desse serviço.

Obrigado

Maternidade Alice Campos Mendes Machado