quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A voz da rua é a voz da democracia


Por Stan Szermeta e José Afonso da Silva
(Editorial do Boletim do PSOL nov/2013) 

Este foi o recado que o movimento passe livre, os movimentos sociais organizados, as redes sociais e o povo indignado deram durante as grandes manifestações de junho, demonstrando o esgotamento do modelo de governo representativo que vivemos hoje.

A palavra de ordem era transparência e participação popular.

Infelizmente, os governos, sejam eles municipais, estaduais e federal, não entenderam as vozes das ruas. Aqui em Taboão não é diferente.

Basta observar a forma como foi organizada a eleição para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, que foi realizada durante a semana, restringindo a participação dos munícipes que trabalham e com grande intervenção da prefeitura, obrigando funcionários públicos a votarem com transporte da prefeitura, com liberação e transporte para os funcionários e etc. Tudo para gerir sozinho os cerca de 3 milhões de reais dos recursos do fundo vindos do governo federal e de outorgas.

Fica evidente que não pretendem ouvir o povo!

Assim como ocorreu com a ciclovia, que foi BANIDA A FORÇA, sem nenhuma consulta aos usuários e a população, os mais de 700 mil reais para a sua construção foi por água abaixo, sem contar o péssimo exemplo que o prefeito Fernando Fernandes dá ao favorecer o uso do carro em detrimento do uso de bicicletas.

O mesmo ocorre com a Praça Luiz Gonzaga, que com a desculpa de trazer o Poupatempo para Taboão, será fechada pelo prefeito. Além de não consultar a população, os vassalos do prefeito fazem uma ampla campanha desqualificando os usuários da praça de bandidos, traficantes e drogados. O fechamento da Praça Luiz Gonzaga é um absurdo a considerar a carência de espaços de cultura e lazer na região do Pirajussara.

O Parque das Hortênsias é outro exemplo de abandono. Sua decadência é notória e os “esforços” do Prefeito são irrisórios para mantê-lo na linha do “quando pior melhor”.

Ao invés de revitalizar, reformar os espaços públicos da cidade, como o caso da Praça Luiz Gonzaga e o Parque das Hortênsias, Fernando Fernandes e os vereadores querem fechar tudo.

O Poupatempo é sempre útil, necessário e bem-vindo, mas o Sr. prefeito tem uma série de outros locais para implantá-lo, inclusive imóveis com débitos impagáveis de IPTU.

Na mira de Fernando Fernandes, também está o PS Akira Tada (Pronto Socorro da Toco), que pelos planos do prefeito deve ser fechado assim que  for inaugurada  a UPA. A voz do povo tem que ser ouvida, os espaços públicos são poucos e precisam ser mantidos.

O balcão de negócios que existia entre a câmara e a prefeitura permanece imperando e num simples olhar, podemos perceber que ao longo dos meses da nova gestão, a ausência de oposição consequente na câmara prevalece, tudo o que o executivo manda é aprovado em longas sessões que demonstram, tão somente, a falta de competência e a tentativa de enganar o povo.

A fiscalização das contas públicas se faz inexistente, pois ninguém comenta e se comenta é só para dizer que faltam recursos, mas também ninguém cobra os recursos dos desvios de dinheiro ocorridos no passado.

Agora, dinheiro para a contratação em massa de livre-nomeados, para construção do novo prédio da câmara, para a arena multiuso, para reforma de ginásios de esportes e grama sintética, não falta.

Dinheiro pra saúde, educação e reajuste para o funcionalismo nunca tem!

Aliás, o modo de governar do PSDB, que deixou o município a Deus dará por 8 longos anos é o mesmo, pois o foco principal não é o povo, mas sim a reeleição da deputada e esposa do prefeito, pois se assim não fosse, porque tanta publicidade?

A atual gestão mantém o mesmo grau de autoritarismo e falta de transparência do passado e vale lembrar que o governo está só no início!

Certo é que, com as manifestações, a capacidade crítica da população vem aumentando gradualmente a uma velocidade nunca antes vista. O povo não quer mais clãs familiares governando o município e muito menos interesses individuais, mas solução de problemas coletivos, como a saúde, educação, segurança, transporte, lazer, cultura...

Por esta razão, o PSOL é um partido necessário, que está na luta com a população e nos movimentos sociais, sempre levantando a bandeira da ética na política, dizendo não ao nepotismo, não às manobras eleitoreiras, não à enganação.


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