Por Stan Szermeta e José Afonso da Silva
(Editorial do Boletim do PSOL nov/2013)
Este foi
o recado que o movimento passe livre, os movimentos sociais organizados, as
redes sociais e o povo indignado deram durante as grandes manifestações de
junho, demonstrando o esgotamento do modelo de governo representativo que
vivemos hoje.
A
palavra de ordem era transparência e participação popular.
Infelizmente,
os governos, sejam eles municipais, estaduais e federal, não entenderam as
vozes das ruas. Aqui em Taboão não é diferente.
Basta
observar a forma como foi organizada a eleição para o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano, que foi realizada durante a semana, restringindo a
participação dos munícipes que trabalham e com grande intervenção da prefeitura,
obrigando funcionários públicos a votarem com transporte da prefeitura, com liberação
e transporte para os funcionários e etc. Tudo para gerir sozinho os cerca de 3
milhões de reais dos recursos do fundo vindos do governo federal e de outorgas.
Fica evidente que não pretendem ouvir o
povo!
Assim
como ocorreu com a ciclovia, que foi BANIDA A FORÇA, sem nenhuma consulta aos
usuários e a população, os mais de 700 mil reais para a sua construção foi por
água abaixo, sem contar o péssimo exemplo que o prefeito Fernando Fernandes dá
ao favorecer o uso do carro em detrimento do uso de bicicletas.
O mesmo
ocorre com a Praça Luiz Gonzaga, que com a desculpa de trazer o Poupatempo para
Taboão, será fechada pelo prefeito. Além de não consultar a população, os
vassalos do prefeito fazem uma ampla campanha desqualificando os usuários da
praça de bandidos, traficantes e drogados. O fechamento da Praça Luiz Gonzaga é
um absurdo a considerar a carência de espaços de cultura e lazer na região do
Pirajussara.
O Parque
das Hortênsias é outro exemplo de abandono. Sua decadência é notória e os
“esforços” do Prefeito são irrisórios para mantê-lo na linha do “quando pior
melhor”.
Ao invés
de revitalizar, reformar os espaços públicos da cidade, como o caso da Praça
Luiz Gonzaga e o Parque das Hortênsias, Fernando Fernandes e os vereadores
querem fechar tudo.
O
Poupatempo é sempre útil, necessário e bem-vindo, mas o Sr. prefeito tem uma
série de outros locais para implantá-lo, inclusive imóveis com débitos
impagáveis de IPTU.
Na mira
de Fernando Fernandes, também está o PS Akira Tada (Pronto Socorro da Toco),
que pelos planos do prefeito deve ser fechado assim que for
inaugurada a UPA. A voz do povo tem que ser ouvida, os espaços públicos
são poucos e precisam ser mantidos.
O balcão
de negócios que existia entre a câmara e a prefeitura permanece imperando e num
simples olhar, podemos perceber que ao longo dos meses da nova gestão, a
ausência de oposição consequente na câmara prevalece, tudo o que o executivo
manda é aprovado em longas sessões que demonstram, tão somente, a falta de
competência e a tentativa de enganar o povo.
A
fiscalização das contas públicas se faz inexistente, pois ninguém comenta e se
comenta é só para dizer que faltam recursos, mas também ninguém cobra os
recursos dos desvios de dinheiro ocorridos no passado.
Agora,
dinheiro para a contratação em massa de livre-nomeados, para construção do novo
prédio da câmara, para a arena multiuso, para reforma de ginásios de esportes e
grama sintética, não falta.
Dinheiro pra saúde, educação e reajuste para
o funcionalismo nunca tem!
Aliás, o
modo de governar do PSDB, que deixou o município a Deus dará por 8 longos anos
é o mesmo, pois o foco principal não é o povo, mas sim a reeleição da deputada
e esposa do prefeito, pois se assim não fosse, porque tanta publicidade?
A atual
gestão mantém o mesmo grau de autoritarismo e falta de transparência do passado
e vale lembrar que o governo está só no início!
Certo é
que, com as manifestações, a capacidade crítica da população vem aumentando
gradualmente a uma velocidade nunca antes vista. O povo não quer mais clãs familiares
governando o município e muito menos interesses individuais, mas solução de problemas
coletivos, como a saúde, educação, segurança, transporte, lazer, cultura...
Por esta razão, o PSOL é um
partido necessário, que está na luta com a população e nos movimentos sociais,
sempre levantando a bandeira da ética na política, dizendo não ao nepotismo,
não às manobras eleitoreiras, não à enganação.
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