quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Prefeito Fernando Fernandes persegue professora

Por José Afonso da Silva

Todo apoio a professora Sandra Fortes

Mais uma grande injustiça está em curso em Taboão da Serra. Dessa vez a injustiça é contra a professora Sandra Fortes que sofre um processo administrativo movido pelo prefeito Fernando Fernandes.
De acordo com publicação em Diário Oficial do município do dia 11 de setembro de 2014, o processo administrativo estaria sendo aberto devido a uma acusação de “aliciamento de menores”.
O termo “aliciamento de menores” é utilizado com o objetivo de desmoralizar uma das principais referências de luta dos professores (as) e do funcionalismo público da cidade, que no mês de maio, fizeram uma heroica greve de quase três semanas.
Segundo o processo administrativo, a professora Sandra Fortes teria incitado os alunos a escreverem carta ao prefeito Fernando Fernandes para que olhasse com carinho as reivindicações do funcionalismo.

Arrocho salarial de 18 anos para o funcionalismo
O funcionalismo de Taboão da Serra completa 18 anos sem reajuste de salário, sendo que deste período, são oito anos dos dois primeiros mandatos de Fernando Fernandes/PSDB + oito anos do governo Evilásio Farias/PSB-PT + dois anos do atual mandato de Fernando Fernandes.
Fernando Fernandes desconsiderou o dissídio do funcionalismo e se quer a correção dos salários pela inflação foi respeitada. Lembrando também que muitos dos direitos do funcionalismo foram retirados nos últimos anos, como cesta básica, vale transporte e etc.

Fernando Fernandes não ouve a categoria e estimula assédio moral
Durante a greve, o prefeito Fernando Fernandes não recebeu e não atendeu as reivindicações os funcionários grevistas. Ao invés disso, estimulou seus livre-nomeados a aterrorizarem os funcionários grevistas com práticas de assédio moral e coerção do direito de greve.
Quando “administrou” a cidade entre 1996 e 2004, Fernando Fernandes teve como marca de seu governo o autoritarismo e o assédio moral. A vitória de Evilásio Farias (PSB e PT – 2004 a 2012) se deu em boa parte como uma rejeição a prática do assédio moral e do autoritarismo que vigorava. Lamentavelmente, PT e PSB deram continuidade a essa prática.  Mais lamentável ainda, essa é a prática que predomina no atual governo.
Já houve outros casos em que funcionários tiveram processo administrativo ou foram repreendidos, simplesmente pelo fato de terem esboçado opinião contrária a atual administração tucana.
Mas o assédio moral é apenas um aspecto das práticas desse governo. A lista de ações autoritárias e repressivas é longa, para citar algumas: repressão contra o MST-Taboão da Serra, quando da discussão do Plano Diretor; truculência com os skatistas que frequentavam a Praça Nicola Vivilechio; ilegalidade na retirada da ocupação dos defensores dos animais do Parque das Hortênsias.
Por essas e outras posturas é que já foram feitas inúmeras denúncias na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e duas audiências públicas.

Porque a perseguição?
O verdadeiro objetivo do governo Fernando Fernandes, mas que punir uma funcionária, é amedrontar os ativistas da greve, os membros do comando e da Atraspact, assim como o conjunto dos trabalhadores do município. Uma mensagem que o governo quer passar é clara: quem se mobilizar será punido.
A resposta do conjunto do funcionalismo deve ser mais clara ainda: mais mobilização e luta pelos direitos do funcionalismo.

Toda solidariedade à professora Sandra Fortes!
Arquivamento do processo administrativo!
Reajuste dos salários do funcionalismo, 18 anos sem reajuste é imoral!

Não ao assédio moral e o autoritarismo nas repartições municipais!