quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ato em Defesa de Dom Pedro Casaldáliga



Comitê de solidariedade a dom Pedro Casaldáliga e ao povo Xavante

Desde novembro de 2012, d. Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, vem recebendo ameaças de morte devido à sua luta pela devolução das terras batizadas como Marãiwatsédé aos índios da etnia Xavante. No início de dezembro, após a Justiça derrubar dois recursos que tentavam adiar a retirada dos não índios da região, agora chamada Gleba Suiá Missú, ele teve de se deslocar contra sua própria vontade para uma localidade não revelada para sua própria segurança.

Ainda assim, d. Pedro retornou em 29 de dezembro a São Félix, estando agora sob proteção policial. Porém, além de Casaldáliga, diversas lideranças indígenas e agentes da pastoral também estão sendo ameaçados desde que o Incra iniciou o processo de desintrusão da região.

Breve Histórico:

Com 165.241 hectares (ha) a Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé está localizada entre os municípios de São Félix do Araguaia, Alto da Boa Vista e Bom Jesus do Araguaia. Estudos antropológicos comprovam que o povo Xavante já ocupava o território desde muito antes dos primeiros não índios lá chegarem. Contudo, em 1966 o Governo Militar de Castelo Branco os removeu forçadamente em aviões das Forças Aéreas Brasileiras (FAB) para cerca de 400 quilômetros de seu território tradicional, enviando-os para a Missão Salesiana São Marcos, onde dois terços dos indivíduos acabaram sendo dizimados devido a um surto de sarampo.

A remoção foi influenciada pela família Ometto, de origem paulista e então proprietários da Fazenda Suiá Missú, para que pudessem ampliar seu latifúndio. Os proprietários convenceram os superiores da Missão Salesiana S. Marcos a aceitarem os índios e a fazenda se tornou uma das maiores propriedades rurais do mundo, senão a maior. Documentos da Prelazia de São Félix relatam que desde então os Xavantes “voltam anualmente a sua terra para apanhar o Pati, árvore por eles usada na confecção dos seus arcos e flechas”.

Em 1980, no entanto, as terras da Suiá Missú foram vendidas à empresa petrolífera italiana Agip Petróleo, que foi pressionada, inclusive internacionalmente, a devolver o território aos indígenas. Em 1992, na conferência Eco 92, ocorrida no Rio de Janeiro, a empresa finalmente informou que realizaria a devolução das terras aos Xavantes. Porém, na mesma semana do evento, o então gerente da fazenda, Renato Grilo, se reuniu com diversos políticos e representantes locais no Posto da Mata (distrito de Estrela do Araguaia) para incentivar a população a se apropriar definitivamente da região.

Na ocasião, estavam presentes o então prefeito de São Félix do Araguaia (e atual, eleito para a gestão 2013-16), José Antonio de Almeida (PPS/MT), conhecido como Baú, e o advogado, Dr. Ivair, também de São Félix, além de muitos grandes fazendeiros e a população que começava a chegar na região. Em gravação da Rádio Mundial FM, registrada em 20 de junho de 1992, Baú conta à população presente que "em 1966 (os índios) 'foram embora' para uma outra reserva". Dr. Ivair incentiva a invasão por parte do povo: "vem vindo por aí, caravanas imensas de famílias (...) aqueles que têm alguma esperança de ver concretizada essa reserva (indígena), pode 'tirar o cavalinho da chuva'; e isso está nas mãos dos senhores".

Na mesma reunião também estava o ex-prefeito de São Félix, Filemon Gomes Costa Limoeiro (PSD/MT), que incitava o ódio da população contra os índios: “Aqueles que estão preocupados com os índios que tem que assentar, tem um monte de país que não tem índio, pode levar a metade. (...) Na Itália tem índio? Não, não tem. Leva! Leva pra lá!... Carrega pra lá! Agora, não vem jogar em nós [sic], não". E Baú enfatiza: “Se a população achou por bem tomar conta dessas terras em vez de dá-la para os índios, nós temos que dar respaldo a esse povo (...) é o próprio povo que está entrando. (...) Esta área ainda não foi passada a escritura para os índios, ainda é da fazenda. (...) Não queríamos índios aqui porque se não ia desvalorizar toda a região (...) e nós esperamos que tenhamos sucesso em não aceitar o retorno dos índios".

Entretanto, são estes mesmos proprietários que atualmente, em diversas entrevistas, têm relatado à imprensa que nunca tiveram conhecimento de nenhum Xavante na região. Como o ex-prefeito Filemon, proprietário das fazendas Aripuanã e Saraiva, que juntas somam 565,5 ha.

O estudo entre Funai, Incra e Ibama confirma que apenas 22 fazendas pertencentes a grandes proprietários ocupam um terço do território, ou 43 mil hectares. “Estas fazendas foram as principais responsáveis pelo rápido desmatamento da área (...) é a terra indígena com maior área desmatada da Amazônia Legal, com 61,5% do território desmatados", aponta o relatório.

Entre os grandes proprietários estão o ex-vice-prefeito do município de Alto da Boa Vista, Antonio Mamede Jordão, dono da Fazenda Jordão, com a maior propriedade registrada: 6.193,99 ha; e o ex-prefeito, também de Alto da Boa Vista, Aldecides Milhomem de Cirqueira, que possui seis fazendas, num total de 2.200 ha; e o desembargador do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, Manoel Ornellas de Almeida, cuja fazenda tem 886,8 ha.

Também estão entre estes proprietários os irmãos Gilberto Luiz de Resende, o Gilbertão, e Admilson Luiz de Resende, responsáveis por incentivar a invasão dos posseiros, o que na época foi apelidado de “reforma agrária privada”. Gilbertão é citado em inquérito da Polícia Federal por grilagem de terra, trabalho escravo e por utilizar capangas para espancar trabalhadores, além de ser dono de quase 2.700 ha de terras da região. Admilson é ex-vereador de Alto Taquari e tem três fazendas que somam o total de 6.641,3 ha.

A população mais uma vez é feita de refém e utilizada como massa de manobra nos ataques contra o povo Xavante, d. Pedro Casaldáliga e agentes da pastoral. Os conflitos são inflamados justamente pelos grandes proprietários que, em sua ganância e poder, passaram a ameaçar Casaldáliga e os indígenas envolvidos com o processo de desintrusão de Marãiwatsédé.

O Estado Brasileiro também se coloca como cúmplice dos conflitos na região, quando permite que por mais de vinte anos estas terras fossem invadidas e os processos judiciais caminhassem em tamanha morosidade. Também chama atenção o fato de que o advogado da Associação dos Produtores Rurais da Suiá Missu, entidade que representa os invasores, é Luiz Alfredo Abreu, irmão da senadora Kátia Abreu (PSD/TO), representante maior da chamada “bancada ruralista” no senado.

Durante todo este período o território Xavante foi ocupadoprincipalmente por poderosos fazendeiros, políticos, e empresários que se apoderaram de grandes fatias da terra, enquanto os pequenos produtores eram incentivados a obter áreas de no máximo 100 ha. Os estudos que identificaram a área foram concluídos em 1993 e a demarcação do território homologada em 1998, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Somente em 2004 os Xavantes conseguiram retomar uma reduzida parcela de seu território após ocupar por 10 meses a Rodovia BR-158. Mas foi apenas em 2010, após muito tempo entre êxodos e sofrimento do povo Xavante que a Justiça Federal determinou, em decisão unânime da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a saída dos não índios das terras que compõem Marãiwatsédé.

Apesar de sua indiscutível resistência, o processo de retomada e permanência dos povos originários às suas terras é sempre muito árduo e doloroso para os índios. Tem sido assim com os Guarani Kaiowás, no Mato Grosso do Sul; com os Pataxós Hãhãhãe e Tupinambás de Olivença, no sul da Bahia; os Tembé, no nordeste do Pará; entre tantas outras etnias espalhadas pelo Brasil. Também não podemos esquecer da luta pela preservação da relação sociocultural e ambiental destes territórios, como tem sido com as mais de 20 etnias residentes na Bacia do Rio Xingu, ameaçadas pelas obras de Belo Monte.

Como todos estes, os Xavantes batalham e esperam há mais de 50 anos pela devolução de seu território ancestral. Sua luta, assim como a de dom Pedro Casaldáliga, é legítima e é também nossa, e não pode se tornar mais um capítulo entre tantos, cujos desfechos resultaram em mortes e derramamento de sangue.

Nesse sentido, manifestamos nossa irrestrita solidariedade ao povo Xavante e a d. Pedro Casaldáliga, que no próximo 16 de fevereiro completará 85 anos de idade. Pedimos que entidades em defesa dos direitos humanos, sindicatos, pastorais, partidos políticos, movimento estudantil e todos que lutam e se colocam enquanto sujeitos ativos na transformação da sociedade estejam em unidade para denunciar a situação de violência e tensão na região de Marãiwatsédé, que mais uma vez ameaça vidas em nome da acumulação de capital.


Comitê de solidariedade a dom Pedro Casaldáliga e ao povo Xavante
São Paulo, janeiro de 2013





Assinam esta nota:

Pastoral Operária

Intersindical

Terra Livre - Movimento Popular do Campo e da Cidade

CSP Conlutas

Jornal Voz da Comunidade

ECLA - Espaço Cultural Latino Americano

Rede de Proteção Autônoma aos Militantes Ameaçados de Morte

Agenda Colômbia - Brasil

Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo

Mand. Vereador Toninho Vespoli / PSOL

Escola da Cidadania da Região Sul de São Paulo

Mand. Deputada Federal Luiza Erundina / PSB

CORSA – Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor

Tribunal Popular

Instituto Zequinha Barreto

Pastoral da Diversidade

Sindicato dos Bancários de Santos e Região

SINTARESP - Sind. dos Téc. em Radiologia do Estado de São Paulo

Coletivo Bancários na Luta.
 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pelo imediato pagamento do 14°salário dos professores de Taboão



Profissionais da Educação sem um tostão na mão!!!!


A indignação toma conta dos profissionais da Educação do Município de Taboão da Serra  que exigem o imediato pagamento do 14°salário

O mesmo que todos os anos, no mais tardar ocorre no vigésimo dia do mês de janeiro, este ano não tem previsão de quando ocorrerá.

A cada ligação feita para o Recursos humanos e para os gestores das escolas em busca de explicações, novas "justificativas" são criadas para acalmar os animos dos profissionais que já perderam as esperanças de saber quando verdadeiramente ocorrerá o depósito. 

Exigimos o esclarecimento do não recebimento do 14º salário.

Cade o respeito com funcionários que elevam o nome do município conhecida como "Cidade Educadora",nós fazemos por onde,pois mesmo sem condições adequadas, muitas escolas do município estão em primeiro lugar no IDEB, e é assim que somos reconhecidos. Estes estão sem um tostão no bolso para o gozo de suas férias, em qualquer outra instituição ou empresa os fucionarios recebem seu vencimento referente as férias no primeiro dia e não nos últimos como ocorre com nossos trabalhadores.



Não se pode tratar a educação e seus educadores como prioridade zero.

É assim que nos sentimos, esquecidos, lembrados somente quando precisam de nossa ajuda para melhorar a imagem do município.
Somos resposáveis pela formação do futuro dos nossos pequenos Taboanenses, executamos nosso trabalho com louvor apesar das péssimas condições e falta de valorização profissional, exigimos RESPEITO.


Esperamos uma gestão transparente, que dê espaço para que haja diálogo.
Por isso exigimos o que é nosso por direito.

O Pagamento imediato do 14° salário.
Exigimos uma resposta do Secretário da Educação João Medeiros de Sá, sobre o ocorrido.
Assinam: Apeoesp Taboão da Serra, Atraspact e Comissão Independente de Professoras ADIs


sábado, 19 de janeiro de 2013

6° Escola Latino-Americana do CIT (Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores)



Entre os dias 22 e 27 de janeiro, dezenas de trabalhadores (as), jovens, camponeses, movimentos sociais do campo e da cidade do Brasil e de vários países, se reunirão em Itapecerica da Serra, na 6° Escola Latino-Americana do CIT (Comitê por uma internacional dos Trabalhadores).
A Escola Latino-Americana será um espaço fundamental para trocar e compartilhar experiências das diversas lutas dos trabalhadores e da juventude no Brasil e no mundo.
Entre os dias 22 e 25 de janeiro, a escola estará restrita a presença de delegações internacionais, delegados dos estados e convidados.
Nos dias 26 e 27 de janeiro, a Escola Latino-Americana será aberta aos militantes e ativistas sociais. Será cobrado uma taxa de 40 reais (sendo 20 reais para aqueles se encontrem desempregados). Essa taxa inclui alimentação e alojamento. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e encaminhá-la para o e-mail afonso.lsr@gmail.com. Clique aqui parapreencher a ficha de inscrição.
No dia 25 de janeiro, às 19 horas, no auditório do Sintrajud, ocorrerá um grande ato público com a presença de convidados. Ver cartaz de convocação.
Veja programação das atividades abaixo: 


25/01 Sexta
26/01 Sábado
27/01 Domingo
Manhã
10h – 13h

Plenária: A situação mundial e a crise do capitalismo
Grupos de discussão 3 (início às 11h)
Tarde
14:30h – 17:30h

Grupos de discussão 1
Plenária: O CIT e a construção de uma alternativa socialista
Noite
19h – 21:30h
ATO PÚBLICO – A crise do capitalismo e a luta dos trabalhadores
Grupos de discussão 2

(Festa a partir das 22h)


ATO PÚBLICO – A crise do capitalismo e a luta dos trabalhadores
Com representantes das seções do CIT presentes e convidados.
Data: 25/01 – sexta – 19h.
Local: Auditório do Sintrajud-SP.

Plenária do sábado (26/01 de manhã)
A situação mundial e a crise do capitalismo
Introdução: Tony Saunois (SI do CIT)

Plenária do domingo (27/01 de tarde)
O CIT e a construção de uma alternativa socialista

Grupos de discussão 1.

1.   Introdução ao Marxismo
2.   A questão palestina de um ponto de vista socialista
3.   A crise e a luta de classes nos EUA
4.   Que representa e para onde vão Chávez, Evo e Correa?
5.   A luta sindical na América Latina

Grupos de discussão 2 – totalmente dedicados às opressões

1.   A questão de gênero e a luta das mulheres
2.   Negros e negras e a luta socialista
3.   A questão indígena na América Latina
4.   A luta LGBT e o socialismo

Grupos de discussão 3.

1.   Síria, imperialismo e as revoluções no norte da África e Oriente Médio
2.   O que é o lulismo e como enfrentá-lo?
3.   As novas formações de esquerda e as táticas dos marxistas
4.   A luta dos mineiros na África do Sul e o papel do CIT
5.   A luta da juventude na América Latina
6.   Como se organiza o partido revolucionário?

Cronograma de Atribuição de Classes e Aulas 2013 da DE de Itapecerica da Serra























quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Nota do movimento "R$ 3,30 Eu Não Pago" a respeito da revogação do aumento da passagem em Taboão da Serra



Nós do movimento “R$ 3,30 Eu não pago”, viemos por meio desta nos manifestar sobre a recente medida do governo Fernando Fernandes, que no dia de ontem, 16/01/2012, revogou o aumento da tarifa dos circulares concedida a Viação Pirajussara em dezembro, último pelo então prefeito Evilásio Farias.
Entendemos que a medida do governo atende aos anseios da maioria da população que deixou claro seu descontentamento com o aumento da tarifa via redes sociais e em mobilizações de rua como as organizadas nos dias 08 e 09 de janeiro.
No entanto, nós do movimento “R$ 3,30 Eu não pago”, queremos deixar claro que esse foi apenas o primeiro passo no atendimento das reivindicações apresentadas ao prefeito Fernando Fernandes e à Câmara Municipal.
Além da revogação, foram apresentadas as seguintes exigências:

·       Regularização do transporte alternativo;
·       Rompimento do contrato com a Viação Pirajussara/Fervima e
·       Estudo das planilhas de custos com participação da população.

Temos uma reunião agendada com o secretário dos transporte do município para o dia 22/01 às 10h00 e esperamos obter uma resposta as reivindicações apresentadas na carta.
De nossa parte, continuaremos mobilizando a juventude e conclamando a população a continuar mobilizada, pois há uma série de irregularidades atribuídas a Viação Pirajussara que necessitam mudar para que a população de fato seja respeitada.
Por isso convocamos a todos a que participem do ato no próximo dia 22/01, onde estaremos nos reunindo com o secretário dos transportes, pois sabemos que só seremos ouvidos se tivermos participação popular. A concentração deste ato será às 8:30 na Praça Nicola Vivelechio.


PONTOS A SEREM LEVANTADOS NA REUNIÃO:

-> A garantia/permanência de que não haverá outro aumento na tarifa;

-> A melhoria na condição dos ônibus que prestam o serviço em nossa cidade;

-> Implementar a obrigatoriedade de cobradores nos ônibus, trazendo mais segurança aos motoristas e munícipes e gerando mais empregos;

-> Uma posição referente ao transporte coletivo alternativo, que o mesmo seja regularizado a fim de melhorar ainda mais a mobilidade dentro da nossa cidade;

-> Publicação das tabelas de custo da Viação Pirajussara para justificar antigos aumentos (Como o de janeiro de 2012, onde a tarifa passou de R$ 2,75 para R$ 3,00);

-> Quebra/revisão do contrato com a empresa "Viação Pirajussara" que monopoliza o transporte público.

-> A publicação do contrato que existe  entre a empresa e o município.


CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!!! NOSSA LUTA SÓ SERA GANHA COM O APOIO E PARTICIPAÇÃO DE TODOS!!!

Vídeo da mobilização: http://www.youtube.com/watch?v=aeUgakHCSR4

Petição online: http://www.peticao24.com/veta_o_aumento_da_passagem_dr_fernando

Pagina do R$ 3,30 Eu não pago: www.facebook.com/330EuNaoPago

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Chico Brito/PT, prefeito de Embu das Artes, persegue movimento negro

Do blog do "Círculo Palmarino"
Encaminho carta aberta do Círculo Palmarino contra a ação do prefeito de Embu das Artes, Chico Brito/ PT, que ameaça fechar seu ponto de cultura.
Você pode ajudar na luta contra esta medida arbitrária encaminhando e-mail de protesto para o gabinete do prefeito: gabinete@embudasartes.sp.gov.br

Bate papo com Dexter 10/10/2011
No ano de 2010 o Círculo Palmarino,corrente nacional do movimento negro,participou do Edital organizado pela Prefeitura de Embu das Artes –SP em parceria com o Ministério da Cultura,que instituía 8 novos Pontos de Cultura na cidade. O Círculo Palmarino concorreu com o Projeto “Círculo Palmarino de Periferia para Periferia Valorizando a Cultura Afro-brasileira”,obtendo a 4ª (quarta) colocação na classificação. Apresentamos a documentação necessária e assinamos o convênio de nº04/2010 com duração de 3 anos,sendo R$ 60 mil por ano. A primeira parcela foi depositada no dia 9 de dezembro de 2010.
Ao longo de 2011 realizamos um conjunto de atividades,entre elas:
- 10 saraus palmarinos com participação média de 40 pessoas em cada edição;
- Oficina de hip hop ao longo de todo ano que proporcionou a realização de dois encontros:“Bate papo com Dexter”,com mais 150 pessoas e “Bate papo com Kl Jay”,com mais de 100 pessoas;
- Curso Escrita Negra com 6 (seis) encontros de literatura africana e afro–brasileira  que contou com 50 inscrições e o curso finalizou com 27 formados;
- Lançamento do Acervo Carolina Maria de Jesus com mais de mil títulos,sendo mais de 400 focados na temática étnico-racial e da cultura de periferia;
- Eventos diversos em parceria com as escolas da região.
Na virada do ano de 2011 para 2012,dentro do prazo legal,mais precisamente no dia 9 de janeiro de 2012,entregamos a prestação de contas. Porém 3 meses depois todos os pontos de cultura foram informados que as prestações estavam fora de padrão e que deveriam ser adequadas ao conjunto de planilhas disponibilizadas pela contabilidade da Prefeitura,ou seja,o que eles tinham que ter feito ao longo da execução do projeto,de orientar como deveria ser feita a prestação,deram o prazo de uma semana para as instituições entregarem. Depois de muita luta,no dia 12 de abril de 2012 conseguimos protocolar todas as exigências e até agora não tivemos RESPOSTA ALGUMA!!!
Estabelecemos diálogo com diversos servidores municipais,tivemos audiência com o então Secretário de Cultura,conversamos com outros secretários e ninguém foi capaz de dar uma resposta satisfatória que explicasse o motivo do atraso no repasse.  É importante destacar que dos 8 pontos de cultura apenas o Círculo Palmarino e Associação Bartira estão emperrados. Nos bastidores,a informação que rola é que a decisão do Sr. Prefeito é a de buscar meios de não renovar o contrato pois a nossa entidade faz oposição ao seu governo.
O Prefeito sempre fez questão de esbravejar aos quatros ventos que promove uma gestão democrática com participação popular,que defende o Estado Democrático de Direitos e todas as suas instituições,mas não consegue lidar com o contraditório. Quando os movimentos de cultura periférica ocuparam o prédio do Centro Cultural Santo Eduardo onde as obras estavam paradas há 2 anos nos acusou de vândalos. Que democracia é essa que apenas os apadrinhados políticos podem acessar os recursos públicos para consolidar trabalhos efetivos junto a comunidade?
Embu das Artes está entre as 100 cidades com maior índice de população negra do país,porém não existe uma política pública sequer de combate ao racismo,o plano de promoção da igualdade racial nunca saiu do papel. O curso de extensão da Unifesp de História da África e Afro-brasileira foi fechado. A Secretaria Municipal de Educação é incapaz de assegurar a implementação da lei 10.639 e 11.645 que garante o ensino da história e cultura Africana,Afro-Brasileira e Indígena,inclusive perdendo recurso como de emenda parlamentar federal de R$ 180mil,para este fim,proposta por nós.
Ou seja,além de não promover políticas públicas de combate ao racismo,Chico Brito persegue o movimento negro organizado que constrói um trabalho efetivo e reconhecido pela comunidade. Não vamos nos calar diante do autoritarismo e capricho do prefeito. O Círculo Palmarino estabeleceu convênio com a Prefeitura e o prefeito é apenas o representante legal e não o dono do dinheiro público,sabemos dos nossos direitos e vamos brigar por eles até o final.
Convidamos os amigos,ativistas e movimentos sociais e culturais que somem nessa luta e ajudem a divulgar o mais amplamente possível essa denúncia de abuso de autoridade e perseguição a um movimento legítimo como o Círculo Palmarino.
12 de Janeiro de 2013
Círculo Palmarino

Cronograma de Atribuição de Classes e Aulas da DE de Taboão da Serra



ETAPA I- docentes habilitados (licenciatura plena), aprovados
Data
Fase
Evento
Horário
23/01
Quarta

1-U.E.
Constituição de jornada dos Titulares de Cargo (efetivos)
Manhã
2-DE
Constituição e composição de jornada aos TC não atendidos na U.E
EE Wandyck de Freitas- 14h
24/01
Quinta

1-U.E.
Ampliação de jornada dos Titulares de Cargo (efetivos)
Manhã
1-U.E.
Carga Suplementar dos Titulares de Cargo (efetivos)
Manhã
2-DE
Carga suplementar aos dos Titulares de Cargo (efetivos) não atendidos na U.E
EE Wandyck de Freitas - 14h
28/01
Seg.

2-DE
Artigo 22 da LC 444/85- Titulares de Cargo (efetivos) inscritos
EE Wandyck de Freitas - 9h
1-U.E.
OFA Estável e OFA Categoria F
Tarde
29/01
Terça
2-DE
OFA Estável e OFA Categoria F não atendidos na U.E.
EE Wandyck de Freitas, todos às 9h
30/01
Quarta
2-DE
Candidatos à admissão (Categoria O habilitados – licenciatura plena, aprovados), conforme escalonamento:
EE Wandyck de Freitas:
Nº 01 ao 30 de cada banca
9h
Nº 31 ao 60 de cada banca
11h
Nº 61 ao 90 de cada banca
14h
Nº 91 ao final
16h


ETAPA 2- Todos os docentes, inclusive os qualificados (estudantes e bacharéis)
31/01
Quinta
1-U.E.
-TC, OFA Estável, OFA  Categoria F  e Candidatos com aulas já atribuídas na U.E. em 2013, habilitados e qualificados, nessa ordem (LP,  último ano de LP, bacharel/tecnólogo, 50% do curso de LP, último ano de bacharelado e qualquer semestre)
Manhã
2-DE
-TC, OFA Estável, OFA Categoria F e Candidatos, habilitados e qualificados, nessa ordem, não atendidos na fase U.E. (LP,  último ano, bacharel, 50%, último ano de bacharelado e qualquer semestre)
EE Wandyck de Freitas –todos às 14h

Endereço da EE Wandyck de Freitas – Praça Miguel Ortega, 155- Parque Assunção - Taboão da Serra- SP- ao lado da Prefeitura.

Outras informações:
1.     IMPORTANTE: Segundo o Parágrafo único  do Artigo 1º, da Portaria CGRH-1/2013, “O docente que se encontra na condição de aluno, caso participe do processo de atribuição de classe/aulas deverá comprovar matrícula e frequência no respectivo curso no momento da atribuição.”, ou seja, os candidatos estudantes deverão apresentar declaração ou atestado de matrícula nas sessões de atribuição, caso contrário não poderão concorrer a aulas. A DER TAB aceitará declarações e atestados com prazo de expedição de até 30 dias da data da sessão de atribuição.
2.     Os docentes reprovados terão atribuição durante o ano, após os cadastrados aprovados.
3.     O cronograma para a sequência da atribuição é:
·        -01 e 04/02/2012 – cadastros para docentes inscritos e aprovados de outras D.E.s, na Sede da DER TAB, das 9h às 12h e das 14h às 17h;
·        -05/02/2012- classificação do cadastro e recursos;
·        -06/02/2012- classificação final dos cadastrados e início da atribuição geral:
         -8h- TC, OFA e candidatos aprovados, habilitados;
         -9h- TC e OFA cadastrados;
         -9h30min- TC, OFA e candidatos aprovados, qualificados;
         -10h- OFA reprovados- aguardar escalonamento por áreas e qualificação.
Comissão de Atribuição
Janeiro/2013

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Luta contra o aumento da passagem pautou a sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra

Por  José Afonso da Silva

Tal como combinado no ato de ontem, os organizadores do movimento “R$ 3,30 Eu não pago” foram à Câmara Municipal de Taboão da Serra para protocolar a Carta Aberta da População, exigindo o veto ao aumento da tarifa dos circulares do município.
A carta foi apresentada e lida na Tribuna Popular por Phelipe Silva Lima, que representou muito bem o movimento, e contou, pelo menos em palavras, com o apoio de todos os vereadores presentes.
Os vereadores fizeram questão de declarar seu apoio à redução da passagem e ficaram de convocar uma audiência pública, onde será discutida a planilha de custos da Viação Pirajussara. De acordo com os vereadores, a empresa será intimada a comparecer.
A mesma carta também foi protocolada na prefeitura e ficou agendada uma reunião com o Secretário de Transporte para o dia 22 de janeiro. A ideia é organizar outro ato durante esta reunião.
Embora menor que o ato de terça-feira, cerca de 20 pessoas compareceram, o impacto da mobilização foi bem maior, a considerar pelos vários compromissos assumidos pelos vereadores durante a sessão.

Reunião para discutir a continuidade da luta

O apoio popular e a repercussão da luta organizada até o momento contra o aumento da passagem, não se refletiu até o momento nas mobilizações de rua. No entanto, estamos apenas no começo da luta e há um terreno fértil pra crescer.
Cientes disso e animados pra não deixar a peteca cair, logo após a saída da Câmara Municipal foi marcada uma reunião para sábado, dia 12 de janeiro, para discutir os próximos passos paços da luta. Muitos que argumentam problemas de participação nos atos por estarem trabalhando, dessa vez não têm desculpas para não participarem.
A reunião está marcada para às 14:00 na Apeoesp (Sindicato dos Professores), que fica na Av. Jovina de Carvalho Dáu, 125 (mesma rua da delegacia de polícia e em frente a EE Domingos Mignoni)



Clique nos link abaixo para participar:

Modelo de Abaixo-assinado, clique aqui
Petição online, clique aqui
Página do movimento R$ 3,30 eu não pago, clique aqui

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Manifestação contra o aumento da passagem continua amanhã, quarta-feira, na Câmara Municipal

Por José Afonso da Silva


Hoje ocorreu a primeira manifestação contra o aumento da passagem dos circulares de Taboão da Serra.
Cerca de 60 pessoas, entre jovens e mães, participaram da manifestação que teve concentração no estacionamento do Parque das Hortênsias, parou na prefeitura e depois saiu em passeata pela Rua Armando de Andrade, passando pela Avenida Jovina de Carvalho Dáu, BR 116 e sendo finalizada na Praça Nicola Viveleccio.
Munidos de cartazes, faixas, batuques e instrumentos de sopro, os jovens bradavam palavras de ordem como: “Mãos ao alto, três e trinta é uma assalto!”, enquanto distribuíam panfletos à população que em troca declaravam a apoio a luta e demonstravam sua indignação com relação ao aumento da passagem.
Na prefeitura, os manifestantes iriam entregar a Carta aberta da População ao prefeito Fernando Fernandes, no entanto, o mesmo não se encontrava em seu gabinete. Mas fomos atendidos pelo Secretário de Comunicação, Daniel Chaves Sá Borges, e por assessores de sua secretaria.

Na reunião com o secretário ficou acertado o seguinte:
1.              Em quinze dias, seria apresentado um estudo das planilhas de custos da Viação Pirajussara, numa comissão tripartite: governo, Viação Pirajussara e representantes da população.
2.              Re-elaborar a Carta Aberta ao prefeito Fernando Fernandes, incluindo um quarto ponto: que seria a análise das planilhas de custos da Viação Pirajussara. A mesma será entregue amanhã, quarta-feira, 09 de janeiro, por volta das 14:00 ao secretário de comunicação.
3.              O secretário também se comprometeu em agendar entre quarta e quinta-feira desta semana, reunião com o Secretário de Transportes para discutir como seria feito o estudo da planilha de custos.

Obviamente, o intuito da manifestação era o veto do prefeito ao aumento da passagem, no entanto, os argumentos da prefeitura baseavam-se em impedimentos legais e contratuais. ( isso foi rebatido durante a reunião com vários exemplos de experiências de outros estados, onde foi possível revogar o aumento da passagem enquanto era feito um estudo da planilha de custos.

Continuidade da luta

Amanhã, quarta-feira, os manifestantes irão participar da sessão da Câmara Municipal, onde também protocolarão Carta Aberta exigindo a revogação do aumento para R$ 3,30 na tarifa do circular. A concentração acontecerá a partir das 13:30 na Praça Nicola Viveleccio, de onde partirá para a Câmara que tem sessão marcada para iniciar às 14:30.
O dia de hoje foi apenas o primeiro round desta luta, por isso é importante continuar trabalhando o abaixo-assinado, divulgar a petição online e, claro, participar das manifestações chamadas pelo movimento.

Clique nos link abaixo para participar:

Modelo de Abaixo-assinado, clique aqui
Petição online, clique aqui
Página do movimento R$ 3,30 eu não pago, clique aqui