terça-feira, 31 de julho de 2012

UM SOCIALISTA NA CÂMARA

Disponibilizo material geral da nossa candidatura que saiu hoje. Particularmente, avalio que ficou bom e cumprirá o papel de apresentar a minha candidatura e expressar os objetivos da Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra.
Para ler clique aqui ou na imagem abaixo



MTST: Manifestação na prefeitura de Taboão foi uma vitória para o movimento




Mais de mil companheiras e companheiros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) participaram de manifestação em frente à prefeitura de Taboão da Serra para exigir e resolver, junto a prefeitura do município, os vários problemas que as famílias das Ocupações Chico Mendes e Che Guevara vem enfrentando com relação ao pagamento do bolsa aluguel, mas também exigir a assinatura do Alvará de liberação da terraplanagem do terreno do Jardim Salete, onde serão construídos 896 apartamentos.
A comissão de representantes do MTST se reuniu com representantes do governo, na figura do secretário de governo e de comunicação e ficou acordado os seguintes pontos:

Com relação ao auxílio bolsa-aluguel
·       O governo garantiu que não haverá mais atrasos e os valores referentes à bolsa-aluguel serão pagos sempre entre os dia 05 e 10 de cada mês.
·       O governo também garantiu o cumprimento do aumento do bolsa-aluguel de 250 para 300 reais e, em caso de famílias com filhos, esse valor será de 350 reais. Infelizmente, esse valor só será pago a partir de janeiro de 2013, uma vez que a lei eleitoral impede que prefeituras promovam qualquer espécie de aumento ou convênios durante este período.

Com relação ao terreno do Salete
O governo assinou o Alvará de Liberação da terraplanagem do terreno do Salete, onde com muita luta, foi conquistado o empreendimento de 896 apartamentos no local.

Essa é mais uma demonstração de que o povo unido jamais será vencido. Depois dos informes dados pelo coordenador do MTST, Guilherme Boulos, gritou em alto e bom tom a palavra de ordem do movimento: “MTST, A luta é pra valer!”

Panfleto em defesa do emprego na Niasi

Abaixo panfleto da Frente de Luta Socialista Socialista de Taboão da Serra que será panfletado aos trabalhadores hoje na Niasi às 13 horas.
Para ler o panfleto clique aqui ou na figura abaixo:

segunda-feira, 30 de julho de 2012

MTST fará manifestação na prefeitura de Taboão nesta terça, 31 de julho


Da Coordenação Regional do MTST


Release à imprensa

Nesta terça-feira, 31 de julho, no horário das 10hs, as famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), estarão organizando uma grande manifestação em frente à prefeitura de Taboão da Serra para exigir do prefeito explicações e o pagamento do Auxílio Bolsa-aluguel que está atrasado, em alguns casos há meses, e também a assinatura do Alvará de Liberação para terraplanagem do terreno onde estará sendo construído as 896 apartamento do Jardim Salete, o que está atrasando o início das obras.
O MTST espera que tanto o prefeito Dr. Evilásio Farias, assim como a secretária de habitação resolvam o problema após a manifestação.

sábado, 28 de julho de 2012

Fernando Fernandes e o aumento do IPTU

Por José Afonso da Silva


Em matéria de hoje, 28/07, publicada pelo site www.taboaoemfoco.com.br, narra a crítica de uma moradora do Jardim Três Marias a Fernando Fernandes, onde ela “reclamou do IPTU elevado e disse que ele (Fernando Fernandes) “está misturado” com políticos que votaram a favor do aumento do imposto”.
Fernando Fernandes, em resposta, disse que “Está registrado o seu desabafo, mas não misture o joio com o trigo” (sic), pediu o tucano ao se eximir de responsabilidade pela medida”.


Tudo junto e misturado, onde está o trigo?
Fernando Fernandes ao pedir para a moradora do Jardim Três Marias não misturar o “joio com o trigo”, nos coloca uma pergunta óbvia: Onde está o trigo?
Dos 13 vereadores da Câmara Municipal que votaram a favor do aumento do IPTU (lembrando que a votação foi unânime), sete (7) estão apoiando o candidato Fernando Fernandes; os outros seis (6) estão apoiando o candidato de Evilásio, o empreiteiro José Aprígio.
Dos 4 vereadores presos na operação Cleptocracia – operação que investigava a máfia do IPTU – três (3) estão apoiando Fernando Fernandes e um (1) está apoiando o candidato de Evilásio. Esse último, Carlos Andrade/PV, afrontou a todos lançando sua candidatura a vereador.
Dos antigos secretários de Evilásio que apoiaram o aumento do IPTU, quase todos estão com Fernando Fernandes. Pra citar apenas alguns: Marco Porta, Arlete Silva e Salvador Grasifi.
Não custa nada perguntar de novo: Onde está o trigo sr. Fernando? Só estamos vendo o joio.

Ele ama Taboão?
Outro aspecto interessante da matéria do taboaoemfoco é que Fernando Fernandes se exime da responsabilidade do ocorrido (o aumento do IPTU).
Como pode um candidato a prefeito se eximir de um tema que está na pauta central do debate eleitoral?
Aliás, não consta uma única nota de Fernando Fernandes a época da votação que aumentou o IPTU a respeito do tema, nem contra e nem a favor.
Na verdade, Fernando Fernandes se eximiu sobre o aumento do IPTU, sobre os escândalos de corrupção, sobre a criação da Zona Azul, sobre a mudança no Plano Diretor, sobre o aumento do salário dos vereadores, enfim, como diz o ditado: quem cala consente.

Qual são as propostas para resolver o problema do IPTU?
O candidato de Evilásio Farias e do PT, o empreiteiro José Aprígio – que votou a favor do aumento do IPTU em 2009 (leia aqui), disse que reduzirá a taxa de lixo como forma de amenizar o aumento.
Já Fernando Fernandes diz que fará um estudo jurídico... blá blá blá... para revisar o aumento, já que, segundo ele, a lei não pode ser mudada. O interessante é que seu vice, Laércio Lopes (PTB), falou que abaterá o valor do IPTU aos moradores que participarem de programa de reciclagem, onde quem participa mais terá maior desconto. Um escândalo!
Na verdade, tanto Aprígio, como Fernando Fernandes, perceberam que há uma indignação enorme da população e procuram inventar propostas mirabolantes durante as eleições, para depois nada fazer.
O candidato a prefeito Stan Szermeta da Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU), que desde a aprovação do projeto em 2009 e nas passeatas contra o aumento do IPTU em 2010 teve uma posição clara e inequívoca.
Stan foi o único candidato a prefeito que participou ativamente da coleta de assinatura do Projeto de Iniciativa Popular pela revogação do aumento do IPTU.
Como prefeito de Taboão, Stan estabelecerá de imediato um estudo sério, com a participação popular e com transparência, onde se estabeleça o critério na qual paga mais quem pode mais, observando caso a caso. O IPTU não pode ser uma arma na mão das empreiteiras e donos de imobiliárias que acabam por expulsar a população de Taboão, seja por não poderem pagar taxa do IPTU ou os altíssimos valores dos alugueis.
Faremos uma auditoria pública pra saber quem ganhou e quem perdeu com a mudança da planta genérica. Aqueles que se beneficiaram serão inquiridos e posteriormente processados a devolverem o dinheiro desviado dos cofres da prefeitura.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Agenda da Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU) com Stan Prefeito para a próxima semana



Sexta-feira, 27 de julho
·                     Às 15 horas, banquinha e panfletagem na região do Posto do Helena e
·                     Às 19 horas, SEXTA SOCIALISTA no Comitê de Campanha. (Rua Vicente Pereira, 619, Pq Marabá – atrás da Uniban)


Sábado, dia 28 de julho
Às 10 horas, banquinha e panfletagem no Trianon (ponto de encontro padaria Leocádia)


Domingo, dia 29 de julho
Às 10 horas, banquinha e panfletagem no Pazzini

Segunda-feira, 30 de julho
Às 19 horas, Reunião da coordenação de campanha (local: Comitê de Campanha)

Terça-feira, 31 de julho
Às 6:30 horas, banquinha e panfletagem na Usina
Às 13:00 horas, banquinha e panfletagem na Niasi


Quarta-feira, 01 de agosto
Às 13:00 horas, banquinha e panfletagem na Simpal 2


Jornal do professor Toninho, candidato a prefeito de Embu das Artes

Por José Afonso da Silva

     Acabou de sair o Jornal de apresentação dos candidatos da Frente de Luta Socialista: Embu é do Povo (PSOL/PSTU) que disputa as eleições no município de Embu das Artes. A chapa é encabeçada por professor Toninho (Antônio de Jesus Rocha).
     O professor Toninho foi militante do PT desde os anos 80, por onde foi eleito vereador por 3 mandatos. Com o giro à direita do PT depois que chegou ao governo federal e no município, Toninho rompeu com o PT e 2006 ajuda na construção do PSOL de Embu das Artes.
     Enquanto foi vereador, Toninho nunca deixou de dar aula e hoje é conselheiro regional e estadual eleito da Apeoesp (Sindicato dos Professores).
     Presente nas diversas lutas de Embu das Artes, o professor Toninho é um dos fundadores do Círculo Palmarino, organização que luta contra o racismo e pela dignidade do povo negro.
     Neste momento, o professor Toninho é o único candidato a prefeito deferido pela justiça eleitora,, mas com certeza é a única alternativa de voto para os trabalhadores, jovens, artistas, e para população embuense.
     Clique aqui ou na figura abaixo para ler o jornal.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sexta-feira SOCIALISTA

Todos estão convidados,

Panfleto da campanha voltado às famílias organizadas pelo MTST


Abaixo material que estamos distribuindo às famílias organizadas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto),que moram em Taboão da Serra. Esse é um material que muito me orgulha, já que ter o apoio destes companheiros (as) é um dos motivos que me fez sair candidato pela primeira vez em mais de 25 anos militância socialista. Para ler o material completo e imprimir clique aqui ou clique na figura abaixo.



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Solidariedade aos trabalhadores da Niasi! Não ao fechamento da empresa!

Por José Afonso da Silva e Stan Szermeta



A matéria produzida pela jornalista do Portal Taboanense, Lia Marques, causou grande impacto ao anunciar o fechamento da empresa de cosméticos Niasi de Taboão da Serra até o final deste ano.
Com o fechamento da empresa, cerca de 700 trabalhadores perderão seus empregos que migrarão para o estado de Goiás, onde os impostos e isenções fiscais são mais atrativos para empresas que visam grandes lucros de forma rápida.
A mudança no valor da planta genérica do município, aprovada por unanimidade pelos vereadores de Taboão da Serra, a pedido do prefeito Evilásio Farias, teve como conseqüência o aumento do IPTU e em alguns casos esse aumento ultrapassou 1000%.
Os efeitos desse aumento afetaram terrivelmente a população que não conseguia pagar os novos valores e gerou grande insatisfação e mobilizações por parte da população. Isso é só um exemplo de como temos uma carga tributária altamente injusta. Enquanto os trabalhadores pagam boa parte da sua renda em impostos, os ricos e grandes empresas pagam pouco e ainda tentam escapar.
Muitas empresas se viram “prejudicadas” e partiram pra negociatas espúrias com a quadrilha do IPTU comandada por vereadores e secretários do governo Evilásio ou demitiram seus funcionários para manter sua taxa de lucro intacta.
No caso da Niasi, a mesma já tinha sido comprada em 2008 pelo Seu Junior, como é conhecido João Alves de Queiroz Filho, proprietário do conglomerado Hypermarcas.
Com uma fortuna avaliada em 3,5 bilhões de reais, João Alves de Queiroz Filho, através da Hypermarcas, se especializou em comprar empresas com produtos similares à de grandes marcas, mas com preços mais baixos, para depois revendê-las.
A Hypermarcas se especializou em se aproveitar da guerra fiscal estabelecida entre estados e entre municípios. O objetivo da guerra fiscal é atrair empresas com isenção de impostos, concessão de terrenos e facilidades burocráticas. De preferência em regiões onde a mão de obra é mais barata e onde os trabalhadores não estejam organizados em sindicatos. Para isso tanto faz que a fábrica esteja em Taboão da Serra, Goiás ou na China.
Outra faceta da Hypermarcas é o financiamento de suas aventuras empresariais pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em apenas duas operações da Hypermarcas junto ao BNDES: a compra da Mantecorp e da formacão da Biobrasil, foram emprestados 1,3 bilhões de reais. Ou seja, dinheiro público financiando empresa privada.
Essa é a base crescimento da Hypermarcas: benesses do estado, super-exploração dos trabalhadores e ataques a organização sindical. Não é à toa que as ações da Hypermarcas dispararam na bolsa de valores, o mercado especulativo adora empresas que saibam explorar seus trabalhadores.
Um bom exemplo disso é o que acontece com a General Motors de São José dos Campos, onde a empresa ameça constantemente sair da cidade e, mais recentemente, a mesma utiliza-se de prática de Lockout (greve patronal), o que é proibido por lei.
O mais incrível nisso tudo é o silêncio de Evilásio, de Aprígio e de Fernando Fernandes. Uma fábrica fecha, 700 trabalhadores vão pra rua e esses senhores nada falam.
Pior, fala-se a boca pequena que já um acordo com a empreiteira Abyara (uma das maiores empreiteiras do país), para a construção de um condomínio de luxo no local.
A Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra (PSOL/PSTU), se solidariza com os trabalhadores da Niasi e afirma que se ganharmos a prefeitura do município, não permitiremos o fechamento da fábrica, condenando os trabalhadores ao desemprego, destruindo o patrimônio que poderia ser usado para satisfazer as necessidades do povo trabalhador. Temos várias outras experiências de fechamento de fábricas e os trabalhadores se mostraram capazes de garantir a produção e a adminstração dessas empresas.Com a ajuda de um governo democrático e com compromisso com os trabalhadores esses exemplo será potencializado e melhorado.

Foto de Eduardo Toledo

Jornal da Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra

     Já está sendo distribuído aos taboanenses o primeiro jornal da Frende de Luta Socialista  (PSOL/PSTU), onde é apresentado o nosso candidato a prefeito, Stan  Szermeta, e a nossa chapa de vereadores (as). Para ler o jornal em pdf clique aqui ou clicando na figura.



Pela extinção da PM

Por Wladimir Safatli, colunista da Folha


No final do mês de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a pura e simples extinção da Polícia Militar no Brasil. Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coreia do Sul), estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pela ditadura.
No resto do mundo, uma polícia militar é, normalmente, a corporação que exerce a função de polícia no interior das Forças Armadas. Nesse sentido, seu espaço de ação costuma restringir-se às instalações militares, aos prédios públicos e aos seus membros.
Apenas em situações de guerra e exceção, a Polícia Militar pode ampliar o escopo de sua atuação para fora dos quartéis e da segurança de prédios públicos.
No Brasil, principalmente depois da ditadura militar, a Polícia Militar paulatinamente consolidou sua posição de responsável pela completa extensão do policiamento urbano. Com isso, as portas estavam abertas para impor, à política de segurança interna, uma lógica militar.
Assim, quando a sociedade acorda periodicamente e se descobre vítima de violência da polícia em ações de mediação de conflitos sociais (como em Pinheirinho, na cracolândia ou na USP) e em ações triviais de policiamento, de nada adianta pedir melhor "formação" da Polícia Militar.
Dentro da lógica militar, as ações são plenamente justificadas. O único detalhe é que a população não equivale a um inimigo externo.
Isto talvez explique por que, segundo pesquisa divulgada pelo Ipea, 62% dos entrevistados afirmaram não confiar ou confiar pouco na Polícia Militar. Da mesma forma, 51,5% dos entrevistados afirmaram que as abordagens de PMs são desrespeitosas e inadequadas.
Como se não bastasse, essa Folha mostrou no domingo que, em cinco anos, a Polícia Militar de São Paulo matou nove vezes mais do que toda a polícia norte-americana ("PM de SP mata mais que a polícia dos EUA", "Cotidiano").
Ou seja, temos uma polícia que mata de maneira assustadora, que age de maneira truculenta e, mesmo assim (ou melhor, por isso mesmo), não é capaz de dar sensação de segurança à maioria da população.
É fato que há aqueles que não querem ouvir falar de extinção da PM por acreditar que a insegurança social pode ser diminuída com manifestações teatrais de força.
São pessoas que não se sentem tocadas com o fato de nossa polícia torturar mais do que se torturava na ditadura militar. Tais pessoas continuarão a aplaudir todas as vezes em que a polícia brandir histericamente seu porrete. Até o dia em que o porrete acertar seus filhos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Afonso na Assembleia do Chico Mendes (MTST) apresentando a candidatura

Divulgo abaixo vídeo com uma fala que fiz no último domingo na assembleia das famílias do Acampamento Chico Mendes (MTST) de Taboão da Serra.  Essa foi minha primeira fala pública como candidato, por isso o nervosismo e a garganta seca, mas acho que é o suficiente para dar o tom da campanha que queremos travar nesses meses de campanha eleitoral.

Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU) tem 100% de seus candidatos deferidos pela justiça eleitoral

Por José Afonso da Silva
  
 A justiça eleitoral acaba de deferir os registros de candidatura de todos os candidatos da Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra (PSOL/PSTU).
     Entre tantos entraves burocráticos impostos pela legislação eleitoral em vigor, pelo menos esse foi mais um obstáculo superado. A partir de agora as candidaturas da Frente de Luta Socialista estão livres para tocar a campanha, procurando apresentar uma alternativa aos trabalhadores, juventude e dos movimentos sociais organizados, que esteja livre da corrupção e sem rabo preso com empreiteiras e imobiliárias.
     Ainda no dia de ontem a candidatura de nosso candidato a prefeito, Stan Szermeta, também já tinha sido deferida. Somos a primeira chapa apresentada para a disputa em Taboão da Serra 100% deferida e a única na qual os lutadores podem confiar.
Todos ao trabalho!


Nome do Candidato
Nome para urna
Número
Situação
Partido
Coligação
ADRIANO PRADO COSTA SILVA
TUBARÃO
50013
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
EVANDRO GARCIA SHIROMA
EVANDRO GARCIA
50100
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
JOSÉ AFONSO DA SILVA
AFONSO
50123
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
JOSÉ MARIA BARBOSA DA SILVA
ZÉ MARIA
50530
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
JULIA AZZI COLLET E SILVA
DRA. JULIA
50150
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
PATRICIA TAKAYANAGI BRAVO IMAI
PATRICIA BRAVO
50500
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
RAIMUNDO APARECIDO GOMES
RAIMUNDO GOMES
50888
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
RINALDO SOLANO LOPES
PROFESSOR RINALDO GORDO
50555
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
SANDRA RODRIGUES FORTES
SANDRA FORTES
16123
Deferido
PSTU
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)
SILVIO RINALDO DO NASCIMENTO
SILVIO TABOÃO
50000
Deferido
PSOL
FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL/PSTU)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Stan é o único candidato a prefeito de Taboão da Serra deferido pela justiça eleitoral

Por José Afonso da Silva


O site do TSE que consta as candidaturas registradas em Taboão da Serra para o pleito de 2012 começou a divulgar o julgamento das candidaturas. De forma morosa já foram divulgados deferimento de algumas candidaturas a vereança, sendo apenas uma candidata a vereadora indeferida até o momento.
O que chama a atenção é o fato de que entre os três candidatos a prefeito de Taboão da Serra, somente o candidato a prefeito pela Frente de Luta Socialista (PSOL/PSTU) ter tido seu registro de candidatura deferido.
Tanto o candidato do PSDB, Fernando Fernandes, como o candidato de Evilásio/PSB, José Aprígio, não tiveram o deferimento do registro de suas candidaturas.
O candidato do PSDB tem em seu registro divulgado no site do TSE pedido de impugnação, na qual os assessores de José Aprígio pedem a impugnação da candidatura de FF por escândalos de corrupção em gestões anteriores.
Fernando Fernandes afirma que é ficha limpa e seus assessores dizem que o processo que o envolve já teria caducado. O interessante é que em nenhum momento Fernando Fernandes argumenta inocência ou algo do tipo. (entenda o processo clicando aqui)
Já José Aprígio, candidato de Evilásio, mesmo que não pese sobre sua candidatura nenhum pedido de impugnação, também não tem motivos para ficar tranqüilo.
Durante os escândalos de corrupção, falava-se a boca pequena que o mesmo teria impetrado um habeas corpus preventivo para não ser surpreendido pelos vários mandados de prisão preventiva que virava moda naquele período.
Em um dos inquéritos instaurados pela seccional de Taboão da Serra, no caso da máfia instalada para fraudar as multas de trânsito, o mesmo é citado como membro da Organização Criminosa. (cliqueaqui e leia o inquérito, especificamente nas páginas 205, 206 e 207).
A população está descrente depois da roubalheira que veio a tona em 2011, por tanto, persistir no erro custará caro, já que todo dinheiro que é desviado dos cofres da prefeitura é o mesmo que faz falta no hospital, na escola dos seus filhos, na falta de creches, na construção de moradia, saneamento básico.
Enfim, quem perde mais uma vez é o povo pobre e trabalhador.

domingo, 22 de julho de 2012

Stan Szermeta conversa com moradores da Vila Iasi

Texto e fotos de Patrícia Bravo



Neste domingo, o candidato a prefeito pela Frente de Luta Socialista, STAN SZERMETA, esteve na Vila Iasi distribuindo jornais e conversando com a população do bairro.
Acompanhado de apoiadores e candidatos (as) a vereador, percorreram ruas da Vila Iasi, Jd. São Paulo, Arraial Paulista e proximidades.
Tivemos uma boa receptividade por parte da população, que se mostrou interessada nas propostas apresentada por nós e pegaram o jornal, demonstrando muito interesse em debater a cidade
Muitos fizeram sugestões, críticas e questionamentos sobre Taboão da Serra: principalmente sobre o aumento abusivo do IPTU. Enfim, foi um dia muito produtivo, e que nos deixou muito animados em saber que a população estava mesmo querendo uma verdadeira opção de candidato a prefeito para Taboão da Serra.



sábado, 21 de julho de 2012

Um período tempestuoso da conjuntura mundial





A crise capitalista e as lutas de massas dos trabalhadores no mundo

Finghín Kelly, do Partido Socialista (CIT na Irlanda)

Esta semana, quase 400 pessoas participaram da Escola de Verão anual na Bélgica, organizada pelo Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores (CIT), de toda a Europa, incluindo a Rússia, e também os visitantes provenientes do Cazaquistão, Brasil, Canadá, Quebec, Austrália, Sri Lanka, Nigéria, Líbano e outros lugares. No primeiro de vários relatos de algumas das principais discussões da escola, Kelly Finghín resumiu a excelente discussão sobre os assuntos da Economia e do Mundo, realizada em 8 de julho.

O ano passado foi tumultuado nas relações internacionais. A economia mundial continuou estagnada, o processo de revolução e contra-revolução no Norte da África e do Oriente Médio continuou a se desenvolver e houve um aumento das tensões entre os Estados e dentro dos Estados. Lynn Walsh, da Secretaria Internacional do CIT, na abertura do debate levantou a questão: "Existe algum país no mundo que é estável e não tem greves e manifestações por causa da crise?"

Mais e mais dos analistas capitalistas vêm percebendo que a economia mundial está em um período de depressão com as forças produtivas estagnadas. Lynn Walsh disse em sua introdução que em 2008 a "a bolha da economia ", baseada na explosão da dívida mergulhou a economia mundial na crise. No G-7 (Grupo das sete economias ricas), apenas três estão produzindo mais do que no período anterior a 2007. A Itália ainda está 5% abaixo do pico e a Grécia está em 15,9% abaixo do pico de 2007.

O período após o colapso da URSS e do stalinismo foi visto como um triunfo capitalista. Comentaristas capitalistas alegaram que a economia de mercado era a única maneira de se organizar a sociedade; a única que poderia conseguir superar os problemas econômicos e fornecer governos democráticos e estáveis. Eles disseram que haveria uma nova ordem mundial estável sob a hegemonia do imperialismo dos EUA. No entanto, se você olhar para o mundo agora, nada poderia estar mais longe da verdade.

As tensões entre as diferentes potências capitalistas rivais têm crescido durante a crise. Isto é ilustrado pelo fracasso das negociações comerciais de Doha e um aumento no que a OMC (Organização Mundial do Comércio) chamou de "protecionismo em excesso". Essas tensões também foram evidentes na cúpula do Rio (Rio + 20) recente sobre o meio ambiente em que os blocos capitalistas foram incapazes de fazer acordos concretos sobre os objetivos ambientais.

O aumento das tensões militares
Esse aumento de tensão também tem significado um aumento das tensões militares. Nos Estados Unidos, o presidente Obama anunciou recentemente que os EUA vai concentrar mais recursos militares na região do Pacífico. Isto está baseado na ideia de que a China é uma rival emergente estratégica para os EUA. Robert Bechert, em resposta à discussão, disse que no ano passado se viu o maior número de guerras desde o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945; hoje existem 20 guerras em andamento, juntamente com outros 18 'conflitos muito violentos". Isso se reflete no enorme crescimento nos gastos militares. Nos últimos dez anos, o gasto real em poder militar aumentou em 60%.

O ano passado testemunhou lutas de massas acontecendo ao redor do mundo. As extraordinárias lutas que derrubaram regimes no norte da África e no Oriente Médio continuaram no ano passado. Estes movimentos que derrubaram os regimes que haviam sido apoiados financeiramente e militarmente pelo imperialismo têm sido um importante fator de instabilidade nas relações mundiais.

Nas discussões, Jon Dale da seção da Inglaterra e País de Gales e um companheiro do
Líbano deram contribuições sobre a evolução das lutas no Oriente Médio. Foi relatado como a falta de uma oposição forte e independente da classe trabalhadora ao regime de Assad permitiu que este  movimento tenda cada vez mais degenerar para um conflito sectário com mais de 16.000 mortos desde março do ano passado, incluindo 5.500 pessoas na cidade de Homs. A situação na Síria também levou a instabilidade na região e o envolvimento dos poderes regionais e internacionais. Rússia e Irã são os principais fornecedores de armas para o regime de Assad e muitos Estados do Golfo, especialmente Arábia Saudita e Catar, fornecem armas para a oposição, cada vez mais bem armada.

Egito

Jon falou sobre a situação no Egito, onde recentemente foi eleito um candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, na eleição presidencial. Mursi foi felicitado por muitos representantes capitalistas, incluindo a Secretária de Estado Norteamericana, Hillary Clinton, que até viajou para o Cairo para parabenizá-lo pela sua eleição. Esses representantes entendem que se o candidato apoiado pelos militares, Ahmed Shafiq, ganhasse as eleições poderia ter tido uma grande reação e poderia ter reacendido a luta revolucionária. Mursi estará sob pressão a partir de muitas direções. Assim como a pressão do imperialismo, também estará sob pressão do movimento das bases.
O programa econômico da Irmandade Muçulmana é neoliberal e pró-capitalista e não oferece alternativa real para a classe trabalhadora e aos pobres no Egito. O orçamento para este ano é baseado no crescimento de 4%,, mas vai ser realmente mais próximo de 1%. É provável que o novo governo tenha que negociar um empréstimo do FMI e o preço será um corte nos subsídios de alimentos e combustíveis para as famílias mais pobres. Ficará claro muito em breve que Mursi não terá uma resposta para os problemas dos trabalhadores, especialmente porque o poder ainda está nas mãos dos líderes das forças armadas. Depois que as estradas forem bloqueadas aos trabalhadores as ações políticas estarão programadas para aparecer novamente, agora na avenida da luta. Um dos desdobramentos mais significativos da revolução foi o crescimento de sindicatos independentes. Atualmente, existem 2,5 milhões de membros em sindicatos independentes no Egito, em comparação com 50.000 antes da revolução. É claro que a revolução ainda está em andamento e temos a certeza de ver o retorno da classe trabalhadora na forma de greves e paralisações que podem levar ao aumento da pressão sobre os líderes militares e do governo recém-eleito de Mursi.

Robert Bechert falou sobre a intervenção militar no Egito para anulação das eleições que foi, na realidade, uma forma de golpe de Estado. Ele apontou que em um folheto distribuído pelo CIT no Egito no dia da renúncia de Mubarak, alertava sobre a tentativa dos principais generais tentando se manter no poder e da necessidade de construir o movimento trabalhista independente para lutar contra isto e para realizar a revolução.

Muitos participantes explicaram como a desaceleração econômica da China terá um grande impacto em países como Brasil e Austrália que têm crescimento econômico baseado na exportação de matérias-primas para a China. Tim, da Austrália, relatou como o boom da mineração no país, que depende de exportações para a China, tem  desempenhado um papel crucial sustentando a economia australiana. Outros setores da economia está estagnada ou mesmo em recessão. Um declínio na economia da China portanto, terá um impacto enorme na Austrália e abrirá a perspectiva de lutas na Austrália no próximo período.

A situação na China também foi um elemento-chave da discussão. Vários companheiros  relataram como o regime implementou um pacote de estímulo maciço que resultou em 12% do PIB bombeado para a economia chinesa. Este foi destinado, principalmente, a infra-estrutura, criando um bolha maciça e a inflação na economia da China. Isso é muito evidente na bolha imobiliária na China, que foi ilustrada por Vincent, de Hong Kong, que informou que atualmente existem 64 milhões de casas vazias na China e um grande aumento na dívida do governo local, devido à especulação em habitação. Também tem ocorrido na China lutas massivas nos últimos anos; Jacko, de Hong Kong, relatou como houve 180.000 "incidentes de massa" na China continental em 2010 e enfrentamentos de 100.000 trabalhadores no ano passado. Houve também um protesto maciço de 400.000 em Hong Kong no 1 de Julho deste ano pedindo reformas democráticas.

Abrandamento na China?

A desaceleração econômica na China e a pressão das massa está refletida em divisões que se abrem no topo da elite dominante chinesa pela primeira vez desde 1989. Estas divisões não são baseadas em diferenças ideológicas, mas sim diferenças sobre a melhor maneira de manter seu domínio. O caso Bo Xilai, em que se viu um dos principais 'príncipes' dirigentes do CCP no poder cair com a burocracia e expôs as tensões que existem no sistema. Bo Xilai, usou a demagogia populista para mobilizar o apoio a ele em oposição a outras alas da burocracia. Além de expor a natureza corrupta e um enorme patrimônio pessoal da elite governante chinesa, o caso também evidenciou que há rachaduras no sistema que pode ser aberto com as lutas da classe trabalhadora no próximo período.

A situação nos EUA também foi discutida durante a sessão. Katie, dos EUA, informou que o movimento "Ocuppy" em 2011, explodiu de repente. Esta explosão está baseada na raiva sobre as perspectivas de emprego e indignação com o crescente declínio nos padrões de vida. Os últimos números de empregos dos EUA mostram que apenas 80.000 novos empregos foram criados no mês passado. Isto demonstra uma redução em comparação com anos recentes. O presidente Obama demonstrou que de nenhuma maneira está disposto a lutar para implementar políticas para os trabalhadores e provou ser um representante dos  grandes negócios. No ano passado vimos um grande movimento de estudantes e trabalhadores de Wisconsin contra o governador republicano, Scott Walker, que tem atacado os direitos sindicais dos trabalhadores. Nesse movimento houve muita discussão sobre uma possível greve geral. No entanto, os dirigentes sindicais tentaram desviar a luta por linhas eleitorais e forçaram uma campanha chamando voto ao governador Walker, que assumiu no início deste ano. Os democratas em Wisconsin estavam dispostos a dar passos reais para eliminar o odiado governador que realmente expõe a verdadeira natureza do Partido Democrata em favor das grandes empresas. Trabalhadores nos EUA agora enfrentam a perspectiva em novembro de uma eleição "sem alternativa", e até mesmo a possibilidade de que o candidato republicano Mitt Romney ganhe, devido à decepção com Obama.

Após o colapso do stalinismo e da política posterior chamada de "choque e pavor" do imperialismo dos EUA, muitos, incluindo alguns da esquerda, acreditavam que nada poderia ficar no caminho da força militar do imperialismo dos EUA. No entanto, apesar de gastar 3 bilhões de dólares em guerras, os EUA não conseguiram atingir os seus objetivos. O Afeganistão hoje ainda é governado por senhores da guerra. A conferência de Tóquio sobre a assistência financeira para o Afeganistão tem demonstrado que há muita corrupção no Afeganistão. A guerra no Afeganistão também está criando uma crise nas relações entre os EUA e o Paquistão sobre as atividades talibãs ao longo da fronteira entre Paquistão e Afeganistão e, em particular, os ataques com drones que provocam muitas vítimas civis. O presidente Obama tentou desviar a atenção do desastre, alegando crédito pela morte de Bin Laden. O Iraque é também um país em crise após a intervenção imperialista e enfrenta o perigo de cair numa guerra civil a qualquer momento.

Quando Obama chegou a presidência disse que uma de suas principais preocupações na administração seria a paz no Oriente Médio entre Israel e os palestinos. É impossível dizer que houve progresso real sobre este assunto. Embora o líder palestino, Mahmoud Abbas, estar disposto a fazer concessão após concessão, o regime israelense não se moveu um centímetro de sua política. Isso está levando a raiva enorme entre as massas palestinas e levanta a perspectiva de uma nova intifada envolvendo algum tipo de protesto em massa. Em Israel, o primeiro-ministro Netanyahu parece ter uma coligação forte, mas isso mascara a fraqueza subjacente da posição de seu governo. Em Israel no mês de maio houve grandes movimentos sociais, que está colocando uma pressão real sobre o governo.

Apesar das advertências de quase todos os principais comentaristas capitalistas e estrategistas contra um ataque a instalações nucleares iranianas, aumentou a retórica contra o programa nuclear do governo iraniano pelo regime israelense. O impacto de um ataque militar na região seria enorme. No entanto, não está descartada a possibilidade do regime de Israel lançar um ataque devido à instabilidade de seu regime em si.

O capitalismo contestado

Os desenvolvimentos dos últimos anos do sistema capitalista está levando milhões de pessoas no mundo todo a questionarem sua legitimidade. Os líderes capitalistas estão sendo sistematicamente desacreditados nos últimos tempos, isso está sendo visto na Europa, onde quase não tem um governo no poder que não tenha caído nas eleições e as suas políticas terem provocado o movimento de massas dos trabalhadores, da classe média e da juventude . Os ataques à educação são uma característica dos ataques neoliberais em todo o mundo. O canadense Dominique falou sobre os ataques à educação no Canadá e da magnífica liderança em Quebec do movimento estudantil contra as políticas neoliberais de cortes. Jared da Nova Zelândia também falou sobre o movimento de estudantes que enfrentam a brutal repressão policial.

A situação da economia mundial foi um elemento chave das discussões durante a sessão. Desemprego em massa é comum em muitas partes do mundo. Agora, existem 200 milhões de desempregados em todo o mundo, dos quais 75 milhões são jovens. Este desemprego existe enquanto as grandes empresas ao redor do mundo estão acumulando grandes quantidades de dinheiro e não estão investindo neste período. Isso ocorre porque essas empresas não encontram canais de investimento que possam satisfazer sua ganância por lucro. Esta é a lógica maluca do sistema capitalista que coloca a propriedade privada e a ganância à frente das necessidades dos milhões de pessoas no mundo. Lynn Walsh explica que a crise que estamos vendo agora é uma crise fundamental da acumulação capitalista; é uma profunda crise do sistema capitalista e não uma crise cíclica que irá desaparecer em poucos anos. A crise tem suas origens há três décadas desde o fim do boom do crescimento pós II Guerra Mundial que terminou na década de 70. Neste ponto, os capitalistas se voltaram para a especulação financeira, uma vez que não poderia fazer lucros suficientes na produção. O capital financeiro tornou-se dominante na economia global, com a implementação de políticas neoliberais. Desde o final dos anos 80, o fator mais importante no crescimento foi o aumento da dívida e é por isso que a crise desde 2007 tem sido tão profunda como a bolha do crédito que estourou em uma escala global.

Per Ake, da Suécia, em seu discurso disse que logo após a crise o governo dos EUA e da União Européia parecem ter aprendido as lições da década de 1930, voltando-se para o estímulo econômico para evitar um colapso total da economia . Os governos rapidamente voltou-se para políticas de austeridade após estes pacotes de estímulos iniciais. Outras medidas, tais como "flexibilização quantitativa", que é essencialmente a política de imprimir dinheiro para os governos, não levou a um crescimento real da economia, mas encheu os cofres dos bancos e tem alimentado a atividade especulativa. A burguesia internacional está agora discutindo as chamadas políticas de crescimento.

Nigéria e Sul da Ásia

Durante o debate, houve um chamado de atenção para exatamente o que se entende por políticas de crescimento desse tipo. Existem dois tipos de política de crescimento apresentadas pelos comentaristas e políticos capitalistas. Um tipo são as políticas neoliberais de concessões aos grandes negócios na esperança de que eles irão produzir mais - o que significa benefícios fiscais, mais desregulamentação e eliminação de leis que protegem os direitos dos trabalhadores. Por outro lado, alguns argumentam a favor de medidas keynesianas em que aumentam os gastos públicos com o entendimento de que o aumento dívida pública seria pago por um longo período. Uma política keynesiana tem forte oposição por parte do capital financeiro que pode manipular os mercados de títulos contra governos que implementam essas políticas.

A situação da Nigéria foi reportada na discussão por Abbey. Em janeiro, vimos um grande movimento de massas e uma greve geral de uma semana em oposição à retirada do subsídio dos combustíveis que significou um aumento enorme no custo de vida dos trabalhadores. Embora eles tiveram um pequeno corte no aumento de preços, os líderes sindicais conscientemente se opuseram a crescente chamada popular pela "mudança do regime" e chamou o fim da greve. Assim como a queda do preço do barril do petróleo gerou redução na renda do governo, há agora também a ameaça de retirada de subsídios do governo federal na educação, que significaria colocar a educação para além do alcance dos alunos da classe trabalhadora. Um número significativo de trabalhadores e outros setores da classe vem questionando cada vez mais o papel dos líderes sindicais e procuram uma alternativa.

Os efeitos desastrosos das políticas neoliberais sobre os trabalhadores do Sul da Ásia também foram destaque na discussão. Estas políticas têm devastado os pobres da região e levaram a classe média para a pobreza, o que está criando uma situação explosiva. Em sua contribuição, Senan disse que essas políticas levaram 10 milhões de pessoas na Índia a viverem em favelas, enquanto milhões de casas construídas em uma bolha imobiliária estão vazias. A corrupção entre as classes dominantes na região é muito comum. Isto é destacado pela remoção devido a um escândalo de corrupção, do primeiro-ministro do Paquistão; um país onde estima-se que a corrupção represente de 20 a 25% do PIB. No Sri Lanka, os tamis continuam a sofrer sob o regime chauvinista do singalês Rajapaksi. No entanto, tem havido grandes vitórias contra o sistema na luta contra os preços dos combustíveis.

Cazaquistão
A situação explosiva no Cazaquistão também foi debatida. Essenbek, do Cazaquistão, informou sobre o movimento de massas de trabalhadores no oeste do país que tem enfrentado a repressão maciça do Estado, incluindo o massacre de trabalhadores que se manifestavam em Zhanaozen em dezembro di ano passado

Em sua conclusão, Robert Bechert, disse que o cenário das últimas duas décadas tem sido o colapso do stalinismo e do efeito ideológico que teve sobre o movimento operário. Ele fez comparações entre o movimento operário no século XIX e o período corrente. No fim do século XIX, o movimento operário socialista se desenvolvia através da experiência de luta em conjunto com a intervenção consciente dos socialistas dentro desse movimento. Ele concluiu que precisamente neste período de luta podemos intervir não só para construir um movimento socialista, mas para mudar o mundo e esse é o propósito desta discussão e debate desta escola de verão.