Um poema em homenagem a história da Praça Luiz Gonzaga
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O palco foi montado
agora é palanque
para políticos que
enriquecem seus bolsos
com o trabalho
dos assalariados.
A sanfona chora,
a asa branca perdida,
reclama a falta de tempo,
não há mais dança
dentro ou fora
das salas de reboco.
Praça que já foi pomar,
ameixas, amoras e goiabeiras
exalavam seus perfumes.
Garotada, hoje, anciãos
corriam de pés descalços
pra comprar cocada
e jogar bolinha de gude
naquele chão.
Praça que foi entreposto
Takeutis plantavam
batatas
e ali vendiam com muito gosto.
tempo esquecido,
quando chegaram
os esgostos .
Nas chuvas,
era ali que a agua drenava
lavando a Pirajuçara,
hoje, avenida dos “Fernandos
que armando:”
isolam
o morro, o povo
e também a praça.
Esquecida na emancipação
da cidade, transformada em
quintal da escola,
não havia maldade
renasce outra geração
com a alegria das bikes.
Sobraram ainda algumas
arvores, força e sombra
para conversas de
fim- de-tarde.
Rotarianos chegaram
aplacaram comércio
de ponta-a-ponta
mais uma farsa
para os desmandos
da cidade.
Pira na praça
Praça no Pira
Recebe homenagem
Do chão dos fortes,
ganhou placas de cimento, luzes
E a frieza dos dias.
Gonzaga firma resistência,
mas a música
Foi extinta, para
justificar a lavagem do
ouro feita na surdina.
Eventos, pão e circo...
não era a bandeira da juventude;
somando forças com a
nação hip-hop,
dreads, rastas, rappers
Grafites e samba
Denunciam a desigualdade.
Castigada mais uma vez
Extinto o Sr. Liceu
Os olhos nunca foram nossos
E a
arte... só de alguns
Lotada em noites de lua,
a história grita
pedindo justiça.
A praça de Luis
É vendida ao tempo-poupado,
espaço para mais cansaço
exploração e pouco ordenado,
sobraram máquinas,
polícia e Casas Bahia.
Poeta-MTST
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