sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

E a mídia segue sua nau

Por José Afonso da Silva
Imagine um grupo de igreja (nesse caso um grupo de ativistas cariocas), na véspera de Natal resolvem fazer uma ação de solidariedade aos moradores de rua e batizam essa ação de "Celebração da Rua - Mais Amor, menos Capital".
     Geralmente, esses grupos de igreja correm atrás de patrocínios de empresas e comerciantes para comprar roupas, alimentos e brinquedos. Nesse caso, como o grupo de ativistas se recusam a receber dinheiros de empresas e comerciantes, começaram a ligar para parlamentares ligados às lutas, ativistas, professores, militantes de esquerda, entre outros possíveis doadores. Isso com o objetivo de garantir a ação de solidariedade aos moradores de rua.
     Terminada a atividade, esse grupo de igreja, põe numa tabela do Excel os valores arrecadados com as doações e seus respectivos doares, assim como os gastos materiais com as atividades.
     Em seguida, esse grupo de igreja encaminha uma prestação de contas a todos os envolvidos e para ficar mais clara ainda a todos, os balanços são publicados numa página do facebook.
A grande mídia, com a rede Globo à frente, quer transformar uma ação de solidariedade aos mais desamparados e excluídos, numa ação criminosa. E nessa ação criminosa, incluir o PSOL e seus parlamentares, assim como o conjunto da esquerda.
     Não conheço Elisa Quadros, mas observando o seu perfil no facebook, é possível observar que não são poucas as ações de coleta de roupas e alimentos às vítimas de enchentes e etc. 
A diferença da ação de Sininho com os grupos de igreja, quando organizam essas ações de solidariedade é que um entende como uma tarefa cristã e o outro como uma tarefa política. 
Os dois são válidos, mas estão longe de ser uma ação criminosa.

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