Por todo país, prefeitos e governadores anunciam aumento das
tarifas dos transportes públicos. Descontente, a população se rebela contra os
aumentos. Em contrapartida os governos vêm se utilizando do aparato militar-policial
para reprimir violentamente as manifestações, num claro flagrante de
desrespeito ao direito democrático de manifestação popular.
Em Porto Alegre,
milhares de estudantes ocuparam as ruas e se dirigiram até o Paço Municipal para
protestarem contra o aumento da passagem que passou de R$ 2,85 para R$ 3,05. A
força policial era enorme, mas não resistiu a pressão que teve eco no
judiciário que aceitou uma liminar solicitada pelo PSOL contra o aumento que
acabou por ser revogado.
Em Natal,
estudantes secundaristas e universitários, professores e trabalhadores saíram às
ruas contra o aumento que elevava a tarifa de R$ 2,20 para R$ 2,40. A passeata
ocorria pacificamente até que o Batalhão de Choque da polícia militar recorreu
a bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, balas de borracha, agressão aos
manifestantes e prisões.
Não satisfeito com a repressão, o Juiz Federal Magnus
Delgado, deixando claro qual é o papel da justiça no Rio Grande do Norte, pediu
a presença da Tropa de Choque da Polícia Rodoviária Federal e do Rio Grande
Norte para impedir as manifestações que bloqueassem a BR 101. De acordo com o
Juiz a decisão procurava garantir “o direito de ir e vir”, “desrespeito e
crimes contra a indefesa população de Natal”.
O juiz não prestou atenção que o aumento da passagem, assim
como a violência policial sim vai contra a população.
Pela pressão popular o aumento foi reduzido para R$ 2,30,
uma forma de amenizar a pressão sobre o prefeito Carlos Eduardo. No entanto, a
luta contra o aumento continua.
Em Goiânia, a
passagem aumentou de R$ 2,70 para R$ 3,00. Na manifestação de 28/06 a violência
policial foi a mais truculenta registrada até agora nos atos que ocorreram
contra o aumento da passagem no país com dezenas de feridos e pelo menos 24
presos.
O aumento foi abusivo o que levou órgãos como o Procon e o Ministério
Público a exigirem a revogação da nova tarifa até que sejam feitos estudos mais
aprofundados das planilhas de custos.
Corre pelas redes sociais uma moção de repúdio a repressão
policial aos estudantes que participaram da manifestação.
Em São Paulo, a
tarifa aumentou neste último domingo de R$ 3,00 para R$ 3,20 nos ônibus e no
metrô, mas também na região metropolitana de São Paulo. O aumento foi
praticamente uma parceria entre o prefeito Fernando Haddad e o governador
Geraldo Alckmin.
Já foi organizados dezenas de atos na periferia de São Paulo
em protesto contra o aumento da passagem, alguns organizados pelo Movimento
Passe-Livre e outros foram espontâneos.
Mas o primeiro grande ato centralizado ocorrerá amanhã, 06
de junho, às 17h, quinta-feira, em frente ao Teatro Municipal. O ato tem o
objetivo de demonstrar ao prefeito e governador o descontentamento da população
com o novo valor da passagem de uma transporte ineficiente e caro.
Com o slogan “Se a passagem não abaixar, São Paulo vai parar”
milhares estarão presentes no centro da capital paulista.
Quando do último aumento da passagem, quando foi para R$
3,00, as manifestações foram grandes e em um delas, ocorrida em frente a
prefeitura, a polícia militar foi chamada por Kassab para reprimir os
manifestantes. Muitos manifestantes saíram feridos, inclusive parlamentares do
PT. A questão agora é se o PT, que desta vez é governo, fará o mesmo que
Kassab, chamando a polícia e demonstrando assim que sua participação naquela
manifestação nada mais foi que uma forma de desgastar o então prefeito para se
beneficiar eleitoralmente.
É preciso parar com a violência policial
O direito de manifestação é garantido pela Constituição
Federal de 88, no seu artigo 5°. No entanto, medidas repressivas como interdito
proibitórios, multas aos sindicatos que fazem assembleias em porta de fábricas
e em grandes avenidas, prisões e violência policial apontam para uma política
de criminalização dos que ousam levantar a voz contra as arbitrariedades dos
governos. Isso quando as ações não vêm junto com o aval do judiciário que
nessas horas deixa bem claro de que lado está.
Não importa o partido que esteja à frente do governo, a
política é sempre a mesma: criminalização
dos lutadores
A resposta do movimento deve ser mais mobilização, pois se
houver recuo, ao invés de diminuírem a repressão e criminalização, fará
aumentar. Todos ás ruas!
professores a hora é agora de entrar junto nesse movimento pedindo a valarização de salarios e colocar 1 fim na arrogancia de nossos politicos que so querem valorizar o proprio bolso e continuar a opressão aos professores. mostre que voçes comos educadores merecem ser valorizadose não só a copa das confederações
ResponderExcluir