quarta-feira, 24 de abril de 2013

Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador “Unir as lutas dos trabalhadores”





Embora a propaganda do governo federal insista que a vida do povo melhorou, a realidade é que as condições de vida da grande maioria da população está bem longe da propaganda de Dilma.
A alta nos preços dos produtos da cesta básica é um bom exemplo. Não é necessário ser economista para perceber isso. Basta ir a supermercado e comparar que o valor gasto na última compra nunca dá pra comprar os mesmos produtos. É a volta da inflação penalizando os trabalhadores e a população mais pobre.
O discurso da estabilidade e do crescimento econômico dá lugar às políticas de austeridade, enxugamento do estado, privatizações, arrocho salarial e corte de verbas dos serviços públicos.
Entre as medidas adotadas, o aumento da taxa de juros é a primeira ação do governo federal. A propaganda diz que é pra controlar a inflação, mas na verdade visa atender às exigências dos banqueiros e dos parasitas da bolsa de valores.
A precarização da força de trabalho, através das terceirizações e contratos diferenciados, onde trabalhadores são contratados para fazerem o mesmo serviço, mas sem os mesmo direitos e com salário menor é a nova política dos governos e dos patrões. Estima-se que esse tipo de contração já represente 50% da força de trabalho formal no país. O exemplo dos professores Categoria ‘O”, como são chamados os contratos pela Lei 1093-2009, é um excelente exemplo desse novo tipo de exploração.
Outra faceta da política do governo é a retirada de direitos dos trabalhadores. O mais novo ataque atende pelo nome de ACE (Acordo Coletivo Especial) que visa estabelecer o negociado sobre o legislado, ou seja, os sindicatos pelegos poderão retirar direitos consagrados como férias, 13° salário, FGTS, redução de salários e etc. Tudo em nome da suposta e mentirosa manutenção do emprego.
Enquanto a economia estava crescendo, os empresários ficaram com os lucros pra eles, agora que a economia desacelerou e os reflexos da crise internacional chegam ao Brasil, querem dividir os prejuízos com os trabalhadores.
Em municípios como Taboão, Embu e Itapecerica, as conseqüências dessa crise chegam com força avassaladora. As conseqüências são sentidas pelo conjunto dos trabalhadores e da população mais pobre desses municípios.
Isso fica evidente pelo sofrimento enfrentado nos postos de saúde e hospitais da região. Faltam profissionais, medicamentos, equipamentos e atendimento digno. Consequência da política de terceirização e privatização levada a cabo pelos prefeitos, que abrem mão de suas responsabilidades e entregam a administração da saúde nas mãos de ONG e OS. O resultado mais cruel desta política são as mortes ocorridas nos hospitais da região.
Na educação a situação não é muito diferente. No município de Taboão da Serra, além da falta de creches, por exemplo, os professores (as) estão trabalhando sem giz, papel sulfite e outros materiais fundamentais para o trabalho pedagógico. Isso depois do prefeito ter anunciado uma economia de 450 mil reais nos três últimos meses somente na pasta da educação. Fica claro onde está sendo feita a economia.
Em Embu das Artes, a prefeitura retoma a política de municipalização das escolas, mesmo com todo o apelo dos funcionários, professores, pais e alunos.
O funcionalismo dos municípios da região vem enfrentando um arrocho salarial de anos, no entanto, começamos a ver as primeiras mobilizações. Em Cotia, as professoras fizeram uma bonita paralisação no último dia 19 de abril. No município de São Paulo está marcada paralisação para o dia 29/04. Em Itapecerica da Serra, o conjunto do funcionalismo fez uma grande paralisação neste dia 23/04. Em Taboão, o funcionalismo, impulsionado pela Atraspact, começa a se movimentar na luta contra um arrocho salarial que já dura 8 anos.
Neste momento, os professores da rede estadual de educação, liderados pela APEOESP, estão em greve desde o dia 19 de abril, e ao que tudo indica, serão acompanhados pelos funcionários da saúde.
Os movimentos populares depois de mais de sete anos de luta em nossa região, começam a colher os frutos de tanto esforço, esse é o exemplo das conquistas recentes do MTST. Mas também ressurge a luta das comunidades por educação, saúde, saneamento básico, transporte decente e saúde de qualidade, encampada pela Periferia Ativa.
Esses pequenos exemplos de lutas e movimentações dos trabalhadores (as), embora insipientes e localizados, são a prova viva de que a luta da classe trabalhadora está de pé e que a luta daqueles que começaram séculos atrás as primeiras lutas contra o capitalismo e os patrões está sendo honrada pelos trabalhadores de hoje e é a eles que dedicamos as comemorações do Dia do Trabalhador.
Atividades do primeiro de maio, Dia do Trabalhador
 Os movimentos populares da região, partidos de esquerda e sindicatos participarão do ato de Primeiro de Maio Unificado na Praça da Sé.
Mas também organizaremos atividades na nossa região em comemoração ao Dia do Trabalhador.
No dia 27 de abril (sábado) às 16 horas, na APEOESP de Taboão da Serra, organizaremos uma mesa de debates sobre a situação da classe trabalhadora.
No dia 30 de abril (quarta-feira) às 16 horas organizaremos um ato na Praça Nicola Vivelechio e de lá sairemos em passeata até a Câmara Municipal.

Origem do Primeiro de Maio
O dia tem origem na luta dos operários americanos que organizaram uma espetacular greve geral em 01/05/1886 contra as péssimas condições de vida da população agravada pela crise de superprodução dos EUA. E represália, os capitalistas, meses depois, iriam julgar, prender e enforcar 8 operários que estavam a frente desta luta em Chicago.
Em 1890, foi proposto pela II Internacional Socialista, o Primeiro de Maio como um dia de luta em todos os países para lembrar e protestar as punições e assassinatos dos trabalhadores de Chicago.
Mais de 130 anos desde as intensas manifestações de Chicago, os trabalhadores, jovens e a população mais pobre do mundo amarga o aumento da miséria e do desemprego, enquanto os patrões enriquecem mais e mais à custa da pobreza de bilhões de seres humanos.
Esses ricos, que chamamos de capitalistas, controlam o estado, as polícias, a imprensa, a justiça, as escolas, no intuito de se perpetuarem no poder e explorando a força de trabalho da classe trabalhadora.


Assinam: Apeoesp Taboão da Serra, Comissão Independente de Professoras ADIs/Atraspact, MTST, Ação Popular, Periferia Ativa, Movimento 3,30 eu não pago!, CSP-Conlutas, PSOL e PSTU

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