quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quem é Stan?


Por Stan Szermeta (Candidato a Prefeito de Taboão da Serra pela Frente de Luta Socialista - PSOL/PSTU)

Tenho 67 anos, sou casado, pai de três filhos e tenho quatro netos. Nasci na Alemanha, 4 dias antes do final da Segunda Guerra Mundial, filho de pai polonês e mãe ucraniana, prisioneiros de guerra na Alemanha. Vim para o Brasil em 1949, com quatro anos incompletos em pleno carnaval.
Minha formação Educacional e profissional se deu na cidade de Osasco. Comecei a trabalhar em fábrica metalúrgica em fins de 1960. Participei da greve do 13º salário em 1963. Participei da luta Estudantil em Osasco no ano de 1967, integrando o Circulo Estudantil Osasquense. Participei da luta contra o fim da estabilidade no emprego imposto pela ditadura Militar em 1966 e 1967, que introduziu no país o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esta luta foi organizada pelo sindicato dos metalúrgicos de Osasco, neste movimento fui demitido, mas continuei na luta. Ajudei na greve de 1968 e fui um dos participantes do histórico Primeiro de Maio de luta na Praça da Sé.
Nesta época me integrei na luta de resistência contra a ditadura Militar. Passei a ter atividades de formação na construção de um partido de trabalhadores.
Fui preso em 1971 no Rio Grande do Sul, sob tortura fui enviado a São Paulo, para a temida Operação Bandeirantes (OBAN), onde continuou o processo de tortura, que não desejo nem para o meu pior inimigo este suplicio. Foram 16 meses de tortura e encarceramento. Ao sair da prisão continuei na luta, só que desta vez com mais disposição e clareza das dificuldades.
Voltei para a minha profissão de eletricista. Em fins de 1973, voltei a construir a resistência operária dentro das fábricas contra os patrões e o regime militar, desta vez pela Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, uma frente de trabalhadores.
Neste período, conheci minha companheira Maria do Carmo, com quem vivo até os dias de hoje.
Participei ativamente da construção das greves de 1978 e 1979, quando o governador era Paulo Maluf, responsável pelo assassinato do metalúrgico e companheiro Santo Dias, Isso tudo em plena vigência do regime militar.
Com a implacável perseguição patronal, fiquei quase dois anos desempregado, para sobreviver mudei de região, quando em 1982 vim para Taboão da Serra. Comecei a trabalhar na empresa Schenk do Brasil como eletricista de montagem até 1996. Neste período de abertura democrática aproveitei a oportunidade para me naturalizar e participar por completo da vida política do país garantindo o direito de cidadania.
Participei das lutas operárias como as grandes greves de 1985 e 1987, onde conquistamos a Jornada de Trabalho de 44 horas semanais, numa época em que CUT era combativa. Fui dirigente regional da CUT e nesta mesma época entrei para o Partido dos Trabalhadores (PT).
Participei do movimento pelas Diretas Já! Nem Tancredo nem Maluf!, e continuei na luta pela construção da Constituinte. Livre e Soberana, da luta pelo Fora Collor que foi um grande movimento no Brasil e nós em Taboão da Serra tivemos grande participação.
Em 1997 me aposentei  com 37anos de trabalho, sempre trabalhando em fábricas.
De 1996 até 2007, participei como Petista de todas lutas progressistas no Taboão. 
 Em janeiro de 2007, com 22 anos de militância sai do PT por não concordar com o grau de corrupção – admitido pela maioria da Direção Nacional – nem com a política de mensalão estabelecida. Terminava aqui a fase do PT de promover qualquer tipo de transformação sob o controle dos trabalhadores.
Como sou militante socialista e continuo na luta, participo do Movimento dos Anistiados Políticos, onde abri um processo de anistia e reparação em 2009, na qual fui atendido e o Estado Brasileiro me pediu perdão pela minha prisão arbitraria e por isso tive os direitos “reparados”.
Como militante socialista que acredita na luta dos trabalhadores, me integrei às filieiras do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Taboão da Serra, onde tivemos uma ação de destaque na luta contra a política neoliberal e corrupta do governo Evilásio/PSB e Márcia/PT; contra o aumento abusivo do IPTU e pelo Fora Evilásio!. São 30 anos de luta pela base em Taboão e 46 anos de luta pela em defesa do socialismo e pela construção coletiva de uma trincheira de resistência. Como Prefeito de Taboão da Serra, pretendo continuar neste caminho.

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