Por Stan Szermeta (Candidato a Prefeito de Taboão da Serra pela Frente de Luta Socialista - PSOL/PSTU)
Tenho 67 anos, sou casado,
pai de três filhos e tenho quatro netos. Nasci na Alemanha, 4 dias antes do
final da Segunda Guerra Mundial, filho de pai polonês e mãe ucraniana,
prisioneiros de guerra na Alemanha. Vim para o Brasil em 1949, com quatro anos
incompletos em pleno carnaval.
Minha formação Educacional e
profissional se deu na cidade de Osasco. Comecei a trabalhar em fábrica
metalúrgica em fins de 1960. Participei da greve do 13º salário em 1963.
Participei da luta Estudantil em Osasco no ano de 1967, integrando o Circulo
Estudantil Osasquense. Participei da luta contra o fim da estabilidade no
emprego imposto pela ditadura Militar em 1966 e 1967, que introduziu no país o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esta luta foi organizada pelo
sindicato dos metalúrgicos de Osasco, neste movimento fui demitido, mas
continuei na luta. Ajudei na greve de 1968 e fui um dos participantes do
histórico Primeiro de Maio de luta na Praça da Sé.
Nesta época me integrei na
luta de resistência contra a ditadura Militar. Passei a ter atividades de
formação na construção de um partido de trabalhadores.
Fui preso em 1971 no Rio
Grande do Sul, sob tortura fui enviado a São Paulo, para a temida Operação
Bandeirantes (OBAN), onde continuou o processo de tortura, que não desejo nem
para o meu pior inimigo este suplicio. Foram 16 meses de tortura e
encarceramento. Ao sair da prisão continuei na luta, só que desta vez com mais
disposição e clareza das dificuldades.
Voltei para a minha profissão
de eletricista. Em fins de 1973, voltei a construir a resistência operária
dentro das fábricas contra os patrões e o regime militar, desta vez pela Oposição
Sindical Metalúrgica de São Paulo, uma frente de trabalhadores.
Neste período, conheci minha
companheira Maria do Carmo, com quem vivo até os dias de hoje.
Participei ativamente da
construção das greves de 1978 e 1979, quando o governador era Paulo Maluf, responsável
pelo assassinato do metalúrgico e companheiro Santo Dias, Isso tudo em plena vigência
do regime militar.
Com a implacável perseguição
patronal, fiquei quase dois anos desempregado, para sobreviver mudei de região,
quando em 1982 vim para Taboão da Serra. Comecei a trabalhar na empresa Schenk
do Brasil como eletricista de montagem até 1996. Neste período de abertura
democrática aproveitei a oportunidade para me naturalizar e participar por
completo da vida política do país garantindo o direito de cidadania.
Participei das lutas operárias
como as grandes greves de 1985 e 1987, onde conquistamos a Jornada de Trabalho
de 44 horas semanais, numa época em que CUT era combativa. Fui dirigente
regional da CUT e nesta mesma época entrei para o Partido dos Trabalhadores (PT).
Participei do movimento pelas
Diretas Já! Nem Tancredo nem Maluf!, e continuei na luta pela construção da Constituinte.
Livre e Soberana, da luta pelo Fora Collor que foi um grande movimento no
Brasil e nós em Taboão da Serra tivemos grande participação.
Em 1997 me aposentei
com 37anos de trabalho, sempre trabalhando em fábricas.
De 1996 até 2007, participei
como Petista de todas lutas progressistas no Taboão.
Em janeiro de 2007, com 22 anos de militância sai do PT por não concordar com o grau de corrupção – admitido pela maioria da Direção Nacional – nem com a política de mensalão estabelecida. Terminava aqui a fase do PT de promover qualquer tipo de transformação sob o controle dos trabalhadores.
Em janeiro de 2007, com 22 anos de militância sai do PT por não concordar com o grau de corrupção – admitido pela maioria da Direção Nacional – nem com a política de mensalão estabelecida. Terminava aqui a fase do PT de promover qualquer tipo de transformação sob o controle dos trabalhadores.
Como sou militante socialista
e continuo na luta, participo do Movimento dos Anistiados Políticos, onde abri
um processo de anistia e reparação em 2009, na qual fui atendido e o Estado
Brasileiro me pediu perdão pela minha prisão arbitraria e por isso tive os
direitos “reparados”.
Como militante socialista que
acredita na luta dos trabalhadores, me integrei às filieiras do Partido
Socialismo e Liberdade (PSOL) de Taboão da Serra, onde tivemos uma ação de
destaque na luta contra a política neoliberal e corrupta do governo Evilásio/PSB
e Márcia/PT; contra o aumento abusivo do IPTU e pelo Fora Evilásio!. São 30
anos de luta pela base em Taboão e 46 anos de luta pela em defesa do socialismo
e pela construção coletiva de uma trincheira de resistência. Como Prefeito de
Taboão da Serra, pretendo continuar neste caminho.
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