terça-feira, 19 de junho de 2012

PROGRAMA DA FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL - PSTU) DE TABOÃO DA SERRA

     O PSOL e o PSTU firmaram a Frente de Luta Socialista de Taboão da Serra para a disputa eleitoral de 2012. A frente é resultado da experiência concreta da luta  em defesa do funcionalismo público, das ADIs, contra o aumento do IPTU, das várias manifestações exigindo o Fora Evilásio, o aumento da passagem de ônibus, a luta pela moradia, entre tantas outras lutas travadas conjuntamente nesses últimos anos.
     No último domingo, 17/06, a Frente de Luta Socialista, apresentou um esboço de programa que orientará a nossa intervenção e nos diferenciará das demais candidaturas da direita no município. No entanto, este programa ainda está em elaboração entre os partidos e militantes destes partidos, assim como sugestões e críticas dos movimentos organizados e de populares.
José Afonso da Silva (PSOL)


UMA ALTERNATIVA PARA TABOÃO DA SERRA CONSTRUIDA NA LUTA DOS TRABALHADORES

O PSTU e o PSOL apresentam aos trabalhadores de Taboão da Serra a Frente de Luta Socialista para as eleições municipais de outubro de 2012. Esta frente nasce das lutas que foram travadas nos últimos oito anos de governo PSB-PT em nosso município, das quais destacamos as mais importantes.
As lutas do funcionalismo público municipal em defesa do salário e da valorização profissional, que tiveram seus pontos altos na greve do funcionalismo de 2005, e que têm como símbolo de resistência e organização a luta das Professoras Assistentes de Desenvolvimento Infantil (ADIs), que em 2010 conquistaram redução da jornada de trabalho para 6 horas, sem redução do salário e realizaram recentemente uma heróica greve em defesa de salários e direitos dignos para o conjunto do funcionalismo e pelo seu reenquadramento como professoras no estatuto do magistério.
As lutas do MTST pela moradia popular, que acabam de conquistar a construção de 896 apartamentos no Jardim Salete, o que é resultado das várias mobilizações e ocupações de terrenos em nossa região, sendo o mais recente o Novo Pinheirinho, em Embu das Artes.
A luta da Ação Popular contra o aumento escorchante do IPTU e por um zoneamento urbano que atenda aos interesses dos trabalhadores da cidade e não aos especuladores imobiliários.
As lutas dos professores da rede estadual, encabeçadas pela Subsede da APEOESP de Taboão da Serra e Região, particularmente a luta contra a precarização dos contratados da categoria "O" e Eventuais.
Os movimentos, sindicatos e partidos que estão à frente destas lutas uniram-se no ano passado no Movimento de Luta contra a Corrupção, que mobilizou centenas de pessoas nas ruas durante quatro meses exigindo Fora Evilásio e os vereadores corruptos, denunciando a corrupção em nossa cidade realizada pela máfia formada pelas grandes empresas, o governo Evilásio e vereadores da Câmara Municipal.
Nossa Frente nasce destas lutas e tem como objetivo incentivar a sua continuidade, unificação e conscientização. Caso cheguemos ao governo municipal, vamos governar apoiados na mobilização permanente do povo pobre trabalhador, única forma de enfrentar os interesses dos poderosos que controlam a máquina pública da cidade e que monopolizam os recursos públicos, utilizando-os para o seu enriquecimento pessoal.
Nossos candidatos são mulheres e homens, trabalhadoras e trabalhadores que nos locais de trabalho e de moradia vivem ombro a ombro com nossa classe enfrentando os mesmos problemas e angústias, que dedicam suas vidas à organização dos explorados e oprimidos e que se construíram como lideranças de suas lutas. 
As lutas em nosso município colocaram Taboão como parte do processo de lutas dos trabalhadores brasileiros e dos povos explorados e oprimidos em todo o mundo.

PSB-PT/ EVILÁSIO-MÁRCIA: OITO ANOS DE GOVERNO CORRUPTO A SERVIÇO DOS RICOS

A aliança encabeçada pelo PSB e pelo PT estava para completar oito anos de governo em Taboão da Serra, quando assistimos sua implosão, faltando apenas quatro meses para a eleição. O PT resolveu abandonar o Titanic para não afundar junto com o governo Evilásio, golpeado de morte pela luta anticorrupção que realizamos no ano passado. Com esta manobra, o PT quer iludir o povo mais uma vez, passando uma borracha nestes oito anos em que esteve lado a lado de Evilásio, sendo tão responsável quanto ele pela tragédia que significou este governo para o povo trabalhador de Taboão. Seu candidato quer se apresentar como algo novo e acha que o povo vai esquecer que ele era o escudeiro fiel de Evilásio na Câmara de Vereadores.
No início, o governo Evilásio/Márcia gerou grandes esperanças de mudança, pois os trabalhadores estavam cansados de anos e anos de governo de Fernando Fernandes (PSDB). Cansados de serviços públicos que não atendiam nossas necessidades de saúde, educação, creches, moradia popular, transporte, cultura e lazer. Cansados de arrocho salarial e falta de direitos para os servidores públicos. Cansados de um governo autoritário e corrupto que colocava os recursos públicos da cidade para engordar os lucros das grandes empresas. Mas, o governo PSB-PT foi uma grande decepção para os trabalhadores: ao invés da mudança tão esperada, o que aconteceu foi a continuidade do mesmo tipo de governo do PSDB. Mudaram os partidos no governo, mas o poder seguiu nas mãos dos ricos e poderosos.
A população trabalhadora de Taboão da Serra fez sua experiência com estes partidos que se dizem de esquerda, mas que governam como a direita. Por isso, mais uma vez, nas próximas eleições os trabalhadores vão votar pela mudança.

CONTRA A VOLTA DOS VELHOS CACIQUES DO PSDB/PMDB

Mas, para mudar não adianta votar na velha direita que sempre governou a cidade, trazendo de volta os caciques do PSDB e PMDB, que agora querem enganar o povo vestindo a camisa da oposição e da anticorrupção. Estes partidos governaram o Brasil e Taboão da Serra por décadas e justamente pela sua política antitrabalhadores, pela sua corrupção e pelo seu autoritarismo na repressão aos movimentos e lutas do povo explorado foram expulsos do governo pelo voto dos trabalhadores. São uma página já virada da história do nosso país e do nosso município (infelizmente não ainda na história do estado de São Paulo, onde segue governando o carrasco Alckmin, do PSDB). Mas, devido à decepção do povo trabalhador com os governos do PT que os substituíram, estão sempre de tocaia armando sua volta ao poder. Mas, os cidadãos de Taboão não vão servir de massa de manobra para esta verdadeira "volta dos mortos vivos" e repudiarão nas urnas mais uma vez esta máfia a serviço dos grandes capitalistas e do capital financeiro internacional. 

A FRENTE DE LUTA SOCIALISTA É A ÚNICA ALTERNATIVA DE MUDANÇA

Nem a velha direita (PSDB/PMDB), nem a falsa esquerda (PT) são alternativas de mudança, pois são todos farinha do mesmo saco! A única alternativa verdadeiramente nova nas próximas eleições é a nossa Frente de Luta Socialista (PSOL-PSTU). É a única esperança de mudança.
Para isso, a Frente de Luta Socialista apresenta seu Programa de Governo com o objetivo de fazer a mudança que os trabalhadores tanta necessitam: um governo que enfrente os privilégios dos grandes empresários que controlam os recursos públicos e que governe para os trabalhadores e o povo pobre de nossa cidade, apoiada na mobilização e na organização popular. Por isso a Frente de Luta Socialista esteve e estará junto às lutas do povo explorado e oprimido porque acreditamos que só através da luta organizada dos trabalhadores pelo poder é possível conquistar um verdadeiro governo dos trabalhadores que garanta uma vida digna aos que produzem a riqueza.
TABOÃO, SÃO PAULO, BRASIL

Os problemas enfrentados pelos trabalhadores em Taboão da Serra não são diferentes daqueles enfrentados pelos trabalhadores de outros municípios em nosso estado e em todo o Brasil. Sem mudar o Brasil, não é possível mudar a nossa cidade. Ademais quando se sabe que do total de impostos arrecadados no país, cerca de 70% ficam com o governo federal, 25% com os governos estaduais e apenas 5% ficam com os municípios.
O governo Dilma, assim como seu antecessor Lula, conta com grande respaldo popular e isso poderia nos levar a crer que as coisas no Brasil estão indo muito bem, obrigado. Mas, não é bem assim. É verdade que nos últimos anos houve uma diminuição do desemprego e uma estabilidade e até crescimento da renda em alguns setores dos trabalhadores, o que não foi mérito da política do PT, mas sim consequência direta do crescimento da economia nacional e mundial, que predominou até a crise de 2008. A crise mundial já começou a por fim a este curto período de prosperidade que se baseou principalmente no grande endividamento dos trabalhadores, e os fantasmas do desemprego, do arrocho salarial e da inflação e dos cortes de direitos já estão de volta.
Um aspecto a ser destacado é o grande crescimento da precarização do trabalho, fruto da decadência e crise do capitalismo, que seguiram se desenvolvendo nos governos Lula e Dilma.
A precarização das condições de trabalho é uma tendência inerente ao sistema capitalista e atinge hoje centenas de milhões de trabalhadores em todo o mundo. Apenas uma minoria tem direitos assegurados para além do mínimo necessário à mera sobrevivência. O corte de direitos dos trabalhadores, iniciado no período do neoliberalismo no final da década de 1980, nos anos 1990 e 2000, fez com que até mesmo estes setores da classe trabalhadora melhor estratificados tenham sido atacados em suas conquistas históricas como planos de carreira, carteira assinada, aposentadorias, previdência e atendimento médico garantidos pelo estado, entre outros direitos. Com o agravamento da crise capitalista os setores precarizados têm sido vítimas de um rebaixamento ainda maior das suas condições de vida, sendo empurrados para uma situação que beira a indigência.
O desemprego atua como uma espécie de seguro a favor do rebaixamento permanente dos salários e serve de desculpa para a burguesia aumentar a precarização, alegando que a "flexibilização" das relações trabalhistas favorece a criação de empregos. Mas, a falsidade deste argumento fica evidente com a disparada do desemprego nos países da Europa mais afetados pela crise, atingindo índices alarmantes na juventude. A Espanha detém o recorde mundial com 50,5% de desempregados na faixa até 25 anos de idade. O Brasil não fica muito atrás, com 37,1% de jovens desempregados. Esta realidade social e econômica de falta de horizontes e perspectivas para a juventude trabalhadora ajuda a explicar os problemas que enfrentamos no processo de educação da juventude nas salas de aula, ao contrário dos porta vozes do governo que jogam a responsabilidade nas costas dos professores, pais e dos próprios alunos.
Para assegurar este aumento vertiginoso da exploração capitalista, aumenta na mesma proporção a opressão dos trabalhadores nos locais de trabalho e a repressão e criminalização das suas lutas. O chamado assédio moral é uma prática comum de patrões e chefias e os chicotes dos feitores e capatazes de outrora foram "modernizados" com métodos de pressão e tortura psicológica para atingir "metas" de produtividade supostamente do interesse de todos. O movimento dos trabalhadores é atacado e as manifestações e greves são tratadas como casos de polícia. Seja através da pura repressão militar, como ocorreu no massacre do bairro Pinherinho, em São José dos Campos, ou seja, através da imposição, supostamente democrática, de limites de número de grevistas e multas exorbitantes aos sindicatos e movimentos, que na prática significam a anulação do direito de greve e de manifestação, como assistimos na greve do Metrô de São Paulo e na ocupação do Novo Pinheirinho, organizada pelo MTST em Embu das Artes. Estas medidas repressivas são tomadas por um poder Judiciário afundado na lama da corrupção, que age a serviço dos ricos e é controlado pelo poder Executivo. As sentenças são ditadas por juízes e juízas que não escondem o seu preconceito de classe e seu racismo contra o povo pobre trabalhador que ousa se rebelar contra a exploração. 
Tudo isso ocorre para abrir uma saída para a crise capitalista, jogando suas mazelas sociais nas costas de quem trabalha e produz as riquezas. No caso dos servidores públicos, o arrocho salarial, os cortes de direitos, a precarização das relações de trabalho e a terceirização dos serviços públicos se dão para garantir que os recursos do Estado sejam cada vez mais utilizados para garantir a sobrevivência e os privilégios de classe dos banqueiros e grandes capitalistas. Na crise de 2008/2009, cerca de 3 trilhões de dólares de dinheiro público foram dados aos banqueiros e grandes capitalistas pelos governos dos países imperialistas. No Brasil, Lula doou cerca de R$ 300 bilhões para salvar o grande capital.
Nos governos do PT os graves problemas enfrentados nas grandes metrópoles, como a Grande São Paulo onde vivemos, não foram solucionados e até se agravaram, como é o caso da Saúde Pública, do Transporte Coletivo, da Educação Infantil, da Moradia Popular, da Infraestrutura e Saneamento Urbano, e muitos outros que nos afligem no dia a dia. Este graves problemas continuam sem solução porque os governos do PT mantiveram a mesma política de seus antecessores: fazer políticas públicas de distribuição de renda para o povo pobre e trabalhador para amenizar os efeitos da miséria, mas sem acabar com ela, a exemplo dos programas Bolsa Família e Bolsa Aluguel, enquanto a parte do leão continua sendo dada aos grandes capitalistas.
Vejamos um exemplo: o Orçamento Federal de 2012, de 2 trilhões e 225 bilhões de reais, garante cerca de 1 trilhão de reais (48%) para o pagamento da dívida pública (interna e externa) aos grandes tubarões da especulação financeira, banqueiros e grandes aplicadores nos títulos do governo. Já para a Saúde Pública são destinados apenas 80 bilhões de reais, ou seja, 4 % do orçamento. Resumindo: o governo Dilma vai gastar neste ano 10 vezes mais com os especuladores financeiros do que com os trabalhadores usuários do sistema público de saúde. Isto explica por que a saúde pública está em um caos em todos os municípios brasileiros, por que os pacientes morrem nas filas dos prontos socorros, por que faltam remédios gratuitos para os necessitados, por que não há médicos e profissionais de enfermagem em número suficiente para um atendimento de qualidade e uma medicina preventiva.
Dilma criou o slogan do seu governo “Brasil Sem Miséria”, mas destina apenas 54 bilhões de reais (3% do orçamento) para a área de Assistência Social, que inclui o Programa Bolsa Família e a renda mensal vitalícia para idosos e portadores de deficiência. Apenas 2 bilhões de reais (0,001% do orçamento) estão destinados à Educação Infantil!! É por isso que as mães e pais trabalhadores não têm Escolas Infantis e creches onde deixar seus filhos e por que as profissionais de Educação Infantil, a exemplo das nossas ADIs, não são valorizadas como deveriam pela importante função social que realizam.
É por tudo isso que afirmamos que, apesar da propaganda do governo e das ilusões de muitos trabalhadores, o Brasil continua tão injusto como sempre: bilhões para os ricos capitalistas e migalhas para os trabalhadores que produzem a riqueza da nação. E, repetimos, sem mudar o Brasil não é possível mudar a nossa cidade.
Se as coisas estão assim no governo federal, que diz ser representante dos trabalhadores, menos ainda podemos esperar do governo tucano de Geraldo Alckmin no estado de São Paulo. Vamos tomar apenas um exemplo: o transporte público na Grande São Paulo. Qualquer solução para este problema tem de partir do governo estadual, que tem o poder de integrar o transporte metropolitano, principalmente através do metrô. Mas, segundo denúncia do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a falta de investimentos faz com que o metrô tenha crescido apenas 1,5 km por ano nos governos do PSDB e hoje o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo, chegando a transportar 11 pessoas por metro quadrado nos horários de pico! E como se isso não bastasse, a política de privatização dos transportes coletivos, que atinge inclusive o metrô, fez os o preço das passagens de ônibus e metrô subirem 275% (a tarifa era R$ 0,80 em 1995 e hoje é R$ 3,00, e o intermunicipal é mais caro ainda!). Acrescente-se que o bilhete BOM não garante a integração nem a utilização em mais de um ônibus.
É por isso que a Frente de Luta Socialista reafirma que para mudar nossa cidade é preciso lutar por verdadeiros governos dos trabalhadores no país e no estado de São Paulo.

PROGRAMA DE GOVERNO

Nosso Programa de Governo, assim como a nossa frente eleitoral, também tem origem nas reivindicações pelas quais os trabalhadores vêm lutando, aqui resumidas e transformadas numa alternativa socialista para nossa cidade.

POR UM GOVERNO LIMPO E HONESTO!

A grande marca deixada pelo governo Evilásio (PSB-PT) é a corrupção. O escândalo do IPTU foi o Mensalão do Taboão. Conforme apontado pela polícia na Operação Cleptocracia, o roubo pode ter chegado a R$ 50 milhões, cerca de 10% do Orçamento Municipal anual. Os processados formam uma quadrilha numerosa onde participam secretários de governo (braços direitos de Evilásio), vereadores dos partidos da base de Evilásio e livres nomeados de vários escalões.
O que ficou oculto, como sempre em nosso país, é o outro lado desta moeda, ou seja, o lado dos corruptores, as empresas que se beneficiaram da maracutaia. Até agora nenhum dos acusados foi punido, continuam em liberdade e nenhum centavo foi devolvido aos cofres públicos. O que vimos foi a queda ou o silenciamento das autoridades que dirigiram a operação da polícia e da justiça. A Comissão de Investigação da Câmara Municipal, mesmo pressionada pela mobilização popular, terminou seu relatório numa seção onde estava presente apenas o relator, o que é a maior prova da cumplicidade do conjunto dos vereadores com a máfia do IPTU.
Ou seja, repete-se em nossa cidade o mesmo ritual dos crimes de corrupção que marcam o cotidiano da vida política do país. Estão aí os escândalos das privatizações de empresas públicas e estatais vendidas por preço de banana a grandes corporações nacionais e estrangeiras nos governos de FHC, Covas e Serra, do PSDB, que ficaram no esquecimento. Está aí o caso do Mensalão que abalou o governo Lula e o PT, até hoje impune. Está aí o mais novo capítulo desta novela interminável da corrupção, o caso Cachoeira, cuja pizza está sendo assada neste momento no Congresso Nacional.
É preciso tirar as verdadeiras lições destes casos de corrupção. Eles são apenas a ponta de um gigantesco iceberg, que vêm à tona apenas quando há uma briga entre os partidos governantes em sua disputa pelo poder. A verdade é que no dia a dia das administrações públicas em todas as esferas a regra é a corrupção: o governo não passa de um comitê de negócios a serviço dos capitalistas. Tudo é tratado como mercadoria, tudo é comprado e vendido no mercado político entre empresários corruptores e políticos corruptos. As leis e decretos de governo são negociados para beneficiar as empresas e os políticos patronais, que recebem sempre a sua parte do negócio, seja em comissões ou em financiamento de suas campanhas eleitorais. O Orçamento Público é todo direcionado para beneficiar as empresas prestadoras de serviços, que são verdadeiros parasitas do dinheiro do povo arrecadado em impostos. As licitações públicas são uma farsa montada apenas para enganar o povo, como o demonstra o caso da Iacta em nosso município. A máquina do estado, em nível federal, estadual ou municipal não é nada mais do que uma máquina de corrupção permanente.
Não é à toa que o povo trabalhador desconfia dos políticos e da política e querem um governo limpo e honesto. Mas não haverá governo limpo e honesto enquanto os ricos e poderosos continuarem mandando na administração pública e utilizando os políticos como testas de ferro de seus interesses na Câmara e na Prefeitura. O primeiro passo para conquistar um governo limpo e honesto é a ruptura com os interesses capitalistas que controlam o poder público, e o chamado direto à maioria da população trabalhadora a participar ativamente na política e nas decisões do poder.
Com este objetivo, a Frente de Luta Socialista, sendo eleita para governar a cidade, tomará as seguintes providências:
Ø         Auditoria sobre o caso do roubo do IPTU e outros escândalos de corrupção no município, visando à prisão e confisco dos bens dos corruptos e corruptores e a devolução do dinheiro roubado aos cofres públicos.
Ø         Auditoria dos contratos com as empresas prestadoras de serviços à Prefeitura, realizada com a participação popular;
Ø         Rompimento dos contratos em que se constatem irregularidades, dos que trazem prejuízos ao erário público e dos que a população considere que a empresa não está prestando bons serviços.



POR UM GOVERNO APOIADO NA MOBILIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO POPULAR

A única forma de garantir que os interesses do povo trabalhador sejam dominantes na Prefeitura é um governo apoiado na mobilização e na organização popular. Para isso, é compromisso da Frente de Luta Socialista:
Ø         As principais decisões políticas serão tomadas pelo próprio povo através de Plebiscitos e Referendos Populares.
Ø         Organizar Conselhos Populares para deliberar sobre as políticas de governo, fiscalizar sua aplicação e mobilizar os trabalhadores para garantir sua execução.

UMA CAMPANHA ELEITORAL FINANCIADA APENAS COM RECURSOS DO POVO POBRE E TRABALHADOR

Para cumprir com estes objetivos, a primeira medida que nossa Frente de Luta Socialista toma para combater a corrupção é adotar como princípio NÃO ACEITAR NENHUM CENTAVO DE FINANCIAMENTO de nossa campanha eleitoral por parte de grandes empresários e capitalistas. Nossa campanha será modesta em recursos, mas será financiada apenas por aqueles com os quais temos o compromisso de governar: o povo pobre e trabalhador. 

FIM DA TERCEIRIZAÇÃO E DA PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS!

Usando a desculpa de melhorar a “gestão”, o governo do PSB-PT, seguindo o exemplo dos governos do PSDB, transformou os serviços públicos em fonte de lucro para empresas privadas, através da privatização direta ou da terceirização de serviços públicos. Estes contratos são uma das maiores fontes da corrupção. A privatização/terceirização do Pronto Socorro da Antena colocou R$ 34 milhões nas mãos da Iacta, uma empresa de fachada controlada por empresários que lucram com os recursos que deveriam ser aplicados na melhoria da saúde pública, cujo contrato vem sendo denunciado por muitas irregularidades. A melhoria do sistema prometida pela prefeitura não ocorreu: faltam funcionários, principalmente médicos e profissionais de enfermagem; as instalações e a infraestrutura são precárias e insuficientes; faltam remédios tanto para o tratamento das doenças como para o atendimento de emergência. Fruto desta política que tornou a Saúde uma mercadoria para garantir lucros para a Iacta, houve mortes de pacientes que poderiam ter sido evitadas se houvesse um verdadeiro serviço público e gratuito de Saúde com qualidade para os usuários.
A Educação Infantil de 0 a 6 anos, que deveria ser tratada com prioridade, foi confiada nos últimos anos a igrejas e ONGs, através dos PACs. A ineficiência deste sistema de terceirização foi reconhecida pelo próprio governo, que recentemente reassumiu os PACS. Mas, fez isso sem garantir nenhuma melhoria dos serviços prestados e criando uma nova categoria de trabalhadoras da educação infantil, ainda mais exploradas, as Auxiliares de Classe, que vão substituir as ADIs dos PACs, trabalhando 8 horas diárias por um salário de R$ 900.
Outro exemplo de privatização dos serviços públicos é o contrato de concessão de serviços de transporte com a empresa Pirajussara, que tem prestado péssimos serviços à população. Cobram uma das tarifas mais caras do Brasil, a frota é velha e insuficiente para atender à demanda, o que causa superlotação e falta de segurança dos ônibus; isso é agravado pelo fato de os ônibus circularem sem cobradores, sobrecarregando os motoristas e colocando em risco os passageiros;
A Frente de Luta Socialista tomará as seguintes providências para mudar esta situação:
Ø         Anulação dos contratos de terceirização e retomada dos serviços pela Prefeitura.
Ø         Após auditoria, exigir a devolução do dinheiro público mal utilizado pelas empresas de terceirização.
Ø         Revisão do contrato com a empresa Pirajussara, para acrescentar as exigências de melhorias no serviço prestado à população.
Ø         Municipalização do sistema de transporte.

VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO FUNCIONALISMO PÚBLICO E DEMOCRATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO

O próprio candidato do PT, numa seção da Câmara, foi obrigado a reconhecer que o seu governo manteve nestes 8 anos o arrocho de salários e de direitos da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras da prefeitura, “herança maldita” deixada pelo prefeito anterior: salários de R$730,00/R$850,00, sem vale transporte, sem convênio médico, sem vale refeição, etc. Faltou ele dizer que o seu governo inaugurou o regime de semiescravidão das (os) PAPs (Programa de Apoio Profissional), que usa verbas do governo federal para pagar a miséria de R$360,00 a chefes de família (na maioria mulheres e negras), para fazer merenda, limpar escolas, lavar banheiros e fazer obras de infra estrutura da cidade, como o piso da Praça Nicola Vivilechio!! E que a cada dois anos são descartadas (os) para a contratação de uma nova leva de semiescravos.
A Frente de Luta Socialista, coerente com seu apoio e participação nas lutas do funcionalismo, tem como prioridade de governo a valorização profissional dos servidores públicos municipais, através das seguintes medidas:

Ø         Reposição imediata das perdas salariais do funcionalismo dos últimos 8 anos.
Ø         Fim da precarização dos contratados da Prefeitura. Salário e direitos iguais para trabalhos iguais.
Ø         Reenquadramento das ADIs no estatuto do magistério com todos os benefícios decorrentes disso.
Ø         Estabelecimento de um Piso Salarial para o funcionalismo que tenha como parâmetro o salário mínimo do DIEESE.
Ø         Volta dos direitos cortados do funcionalismo, a exemplo da sexta-parte e do quinquênio dos professores e da GCM.
Ø         Fim do autoritarismo e democratização das relações nos locais de trabalho. Fim do sistema de livre nomeação. Eleição direta dos gestores e coordenadores pelos servidores, comunidade escolar e usuários dos serviços públicos.
Ø         Relacionamento democrático com as entidades representativas do funcionalismo público e dos movimentos populares e da cidadania.




Taboão da Serra, 17 de junho de 2012

FRENTE DE LUTA SOCIALISTA (PSOL – PSTU)

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