“Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”
Por José Afonso da Silva
A semana em Taboão começou
pegando fogo. A declaração de apoio do PCdoB a candidatura de Wagner
Eckstein/PT, um dia depois de seu principal nome, Luiz Lune, ter saído em foto
com o candidato do Prefeito José Aprígio, nome de Evilásio Farias a sucessão.
A resposta de Evilásio foi
imediata, primeiro, com a divulgação do DVD bomba que denuncia o “mensalão de
Taboão da Serra e, segundo, a exoneração em massa de livre-nomeados do PT,
PCdoB e do PV.
A guerra está aberta entre os
partidos que até a semana passada estavam na base de sustentação do moribundo
governo de Evilásio Farias.
As exonerações geraram a fúria do
PT, inclusive da vice-prefeita, professora Márcia, que partiu para o ataque
contra o prefeito o chamando de ingrato.
De fato a ingratidão é uma boa
caracterização para definir a postura de Evilásio ao demitir os livre-nomeados
do PT.
Vale lembrar que o PT, tendo a
professora Márcia como vice, foi fundamental para a vitória de Evilásio em 2004
e 2008. Wagner Eckstein, eleito vereador pela primeira vez em 2004 com o apoio
do funcionalismo público municipal, foi o primeiro líder do governo Evilásio na
Câmara Municipal.
Como líder do governo na Câmara,
Wagner Eckstein foi fundamental para aprovar os projetos do governo em
detrimento do funcionalismo que o apoiou.
Mas a folha de serviços prestados
por Wagner Eckstein ao prefeito Evilásio é muito maior. Wagner Eckstein foi
relator do processo, apresentado por mim, que pedia a cassação de Evilásio
Farias por infração político administrativa. Devido aos escândalos de corrupção
em Taboão da Serra.
Wagner foi o vereador que
arquivou o processo de cassação por “avaliar” que não existia nenhum indício de
corrupção no governo do PSB/PT. Wagner
também foi fundamental para transformar a CEI (Comissão Especial de Inquérito)
em pizza.
Os dois vereadores do PT na Câmara
votaram quase tudo em favor do governo, entre os projetos, o abusivo aumento do
IPTU. A militância do PT cumpriu seu papel, pois eram os mais ativos no grupo
dos “Fica Evilásio” nas sessões que discutiram a cassação de Evilásio.
Por tanto, fica claro que a
atitude de Evilásio em exonerar os livre-nomeados do PT demonstra sua intolerância
com quem rasgou sua história para defender até a morte um prefeito antipopular
e envolvido em tudo quanto é escândalo de corrupção.
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