
A greve, de acordo
com as professoras é por dignidade, reconhecimento profissional e salarial.
Desde abril de 2011,
as ADIs se reúnem e se mobilizam pelo enquadramento no Estatuto do Magistério,
o que lhes garantiria o reconhecimento como professoras de acordo com as novas
determinações da LDB e dos diversos pareceres do Conselho Nacional de Educação
que entendem que a educação de 0 a 6 anos é trabalho pedagógico e, portanto,
todas as profissionais que trabalham em creches devem ser reconhecidas como
professoras usufruindo de todos os direitos previsto ao Magistério.
Em muitos
municípios, seja pela luta das professoras ADIs, seja através de ações na
justiça, já enquadraram essas profissionais ao Estatuto do Magistério.
Já em Taboão da
Serra, o prefeito Evilásio Farias e seu Secretário de “Educação”, trabalharam
com afinco para confundir, anular e desinformar a população quanto as
reivindicações destas trabalhadoras. Fugiram das audiências públicas convocadas
pela Câmara Municipal e se recusou dar continuidade aos encaminhamentos dados
por eles mesmos.
O fato concreto é
que as professoras ADIs exercem o mesmo trabalho de uma professora, com a
diferença de que seus vencimentos é pouco mais de 800 reais, enquanto o salário
do magistério está em torno de 2200 reais. Vale lembrar que não houve reajuste
nos últimos anos. Assim como não houve para o restante do funcionalismo.
Mas os problemas
enfrentados pelas professoras ADIs são maiores ainda com assédio moral
promovido por livre-nomeados que ganham mais de 3 mil reais; salas
superlotadas; grávidas que não têm seus atestados médicos aceitos pelas
escolas; entre outros problemas apontados no manifesto que convoca a
paralisação.
Se existe uma luta
justa que todos devem apoiar é a luta das professoras ADIs! As creches, que mal
atendem a demanda do município, estão superlotadas e cheias de problemas que
inviabilizam o atendimento adequado às crianças.
ADIs com mais de 20
anos de serviços prestados às mães do município não são respeitadas por esse
governo. Mas o desrespeito com as ADIs deve ser entendido como um desrespeito a
todas as mães e pais, já que qualquer profissional com péssimo salário, com
péssimas condições de trabalho, assediado moralmente pelos superiores, excluído
de todos os projetos de formação, por mais esforço que façam não podem exercer
o seu trabalho 100% do tempo animadas e com um sorriso no rosto.
Nos PACs (Programa
de Atendimento à Criança), a situação é ainda pior. Os PACs, geralmente
administrados pelas igrejas, contratam as ADIs em regime de contrato de 8
horas, no entanto, as mesmas são obrigadas a estabelecerem contrato de trabalho
“voluntário” em quermesses,
restaurantes, lojas e em atividades da igreja as noites e finais de semana. Ou seja,
o tempo em que poderiam estar se dedicando a sua família e aos seus filhos, estão prestando trabalho “voluntário”
obrigatório.
Mas não só as ADIs
que tem motivos pra entrar em greve. O restante do funcionalismo municipal vem
comendo o pão que o diabo amassou com o arrocho salarial promovido pelo
prefeito Evilásio Farias. Funcionários da saúde, da cultura e da USINA, fizeram
várias assembleias e idas a Câmara Municipal e nada de aumento.
A resposta dos vereadores
foi aumentar seus próprios salários, mas também dos secretários municipais e do
prefeito em mais de 60%. Fica claro aqui a mentalidade e os interesses dos
vereadores e do prefeito de Taboão da Serra.
Enquanto isso,
aqueles que deveriam estar organizando esta luta, como o Sindtaboão e o
Simproem, estão de mãos dadas com o prefeito ou com o candidato tucano. Defender
os interesses do funcionalismo que seria sua obrigação nada.
Todo apoio a luta
das professoras ADIs!
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