segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ato contra a criminalização do MTST em Embu das Artes foi um grande sucesso


O auditório da EMEF Valdelice, ficou pequeno para a quantidade de militantes e apoiadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que se reuniram nesta sexta-feira, 18/05, para protestarem e demonstrarem seu repúdio à decisão da Juíza de Embu das Artes, Bárbara Alcântara de Almeida, que criminaliza o MTST e impõe multa de 50 mil reais para cada dia que as mais de 2800 famílias do Novo Pinheirinho permanecerem no terreno.
Compareceram ao ato representantes de entidades sindicais, movimentos populares, parlamentares, prefeitura, partidos políticos e personalidades que fizeram questão de estarem presentes para prestar sua solidariedade e demonstrarem sua indignação com a postura elitista e criminalizatória do judiciário municipal.
A mesa com os apoiadores foi composta por: Plínio de Arruda Sampaio (candidato e presidência república em 2010); Miguel Leme (Coordenador da Apeoesp Taboão da Serra); Geanini (Secretário de Governo de Embu das Artes); Professor Silvino (Presidente da Câmara dos Vereadores de Embu das Artes); Coronel Adilson de Souza (Comissão Justiça e Paz); Marron (Coordenador do Pinheirinho e da CSP-Conlutas); Paulo Felix (Vereador de Taboão da Serra); Joaquim Aristeu (representando a CSP-Conlutas de São Paulo); Juninho (PSOL de Embu das Artes) e Barbosa (presidente do PSTU de Embu das Artes). Além de João Leite, Didi e Proença (Vereadores de Embu das Artes).
Estavam presentes também o pré-candidato a prefeito de Taboão da Serra, Stan Szermeta e representantes da Comissão Independente de Professoras ADIs de Taboão da Serra.
Todas as falas foram enfáticas em denunciar a decisão da juíza e o papel nefasto jogado por aqueles que se travestem de ambientalistas para defenderem a criminalização do MTST e a reintegração de posse do Novo Pinheirinho de Embu das Artes.
Plínio de Arruda Sampaio declarou que “O MTST é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo e que por isso faço questão de estar aqui”. Adilson de Souza relembrou a reintegração de posse da ocupação Che Guevara em Taboão da Serra, onde “se procurou sentar com as famílias e garantir que só fosse feita a reintegração de posse depois que houvesse um lugar digno e decente para elas ficarem e que este procedimento deve ser implementado em Embu ”.
O ato foi uma demonstração inequívoca de que as famílias organizadas pelo MTST não estão sozinhas, pois contam com o apoio e a solidariedade de sindicatos, instituições e personalidades.
Durante o ato foi lançado o Manifesto em defesa da moradia e contra a criminalização do MTST que já conta com a assinatura de Plínio de Arruda Sampaio e do Procurador do Estado de São Paulo Márcio Sotelo Fellipe, entre outras personalidades, além de mais de 70 sindicatos e movimentos sociais.
Esta nota adquirirá uma importância fundamental, já que a matéria publicada no Estadão desta segunda-feira, além da maneira elitista como a juíza decidiu a reintegração de posse, ainda insinua que o movimento a ameaçou de morte. O que é uma denuncia absurda e deve ser repudiada por todos. 

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