O auditório da EMEF Valdelice,
ficou pequeno para a quantidade de militantes e apoiadores do MTST (Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto), que se reuniram nesta sexta-feira, 18/05, para
protestarem e demonstrarem seu repúdio à decisão da Juíza de Embu das Artes,
Bárbara Alcântara de Almeida, que criminaliza o MTST e impõe multa de 50 mil
reais para cada dia que as mais de 2800 famílias do Novo Pinheirinho
permanecerem no terreno.
Compareceram ao ato representantes
de entidades sindicais, movimentos populares, parlamentares, prefeitura,
partidos políticos e personalidades que fizeram questão de estarem presentes
para prestar sua solidariedade e demonstrarem sua indignação com a postura
elitista e criminalizatória do judiciário municipal.
A mesa com os apoiadores foi composta
por: Plínio de Arruda Sampaio (candidato e presidência república em 2010); Miguel
Leme (Coordenador da Apeoesp Taboão da Serra); Geanini (Secretário de Governo
de Embu das Artes); Professor Silvino (Presidente da Câmara dos Vereadores de
Embu das Artes); Coronel Adilson de Souza (Comissão Justiça e Paz); Marron
(Coordenador do Pinheirinho e da CSP-Conlutas); Paulo Felix (Vereador de Taboão
da Serra); Joaquim Aristeu (representando a CSP-Conlutas de São Paulo); Juninho
(PSOL de Embu das Artes) e Barbosa (presidente do PSTU de Embu das Artes). Além
de João Leite, Didi e Proença (Vereadores de Embu das Artes).
Estavam presentes também o
pré-candidato a prefeito de Taboão da Serra, Stan Szermeta e representantes da
Comissão Independente de Professoras ADIs de Taboão da Serra.
Todas as falas foram enfáticas em
denunciar a decisão da juíza e o papel nefasto jogado por aqueles que se
travestem de ambientalistas para defenderem a criminalização do MTST e a
reintegração de posse do Novo Pinheirinho de Embu das Artes.
Plínio de Arruda Sampaio declarou
que “O MTST é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo e que por isso faço questão
de estar aqui”. Adilson de Souza relembrou a reintegração de posse da ocupação
Che Guevara em Taboão da Serra, onde “se
procurou sentar com as famílias e garantir que só fosse feita a reintegração de
posse depois que houvesse um lugar digno e decente para elas ficarem e que este
procedimento deve ser implementado em Embu ”.
O ato foi uma demonstração
inequívoca de que as famílias organizadas pelo MTST não estão sozinhas, pois
contam com o apoio e a solidariedade de sindicatos, instituições e
personalidades.
Durante o ato foi lançado o
Manifesto em defesa da moradia e contra a criminalização do MTST que já conta
com a assinatura de Plínio de Arruda Sampaio e do Procurador do Estado de São
Paulo Márcio Sotelo Fellipe, entre outras personalidades, além de mais de 70
sindicatos e movimentos sociais.
Esta nota adquirirá uma importância
fundamental, já que a matéria publicada no Estadão desta segunda-feira, além da
maneira elitista como a juíza decidiu a reintegração de posse, ainda insinua
que o movimento a ameaçou de morte. O que é uma denuncia absurda e deve ser repudiada
por todos.
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