quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mata, mas não estupra!

Por José Afonso da Silva
O estupro de mulheres é um dos atos mais abomináveis e covardes. Seja dentro de casa ou nas ruas, a mulher (criança, jovem adulta) leva sequelas psicológicas dessa violência para o resto de suas vidas vidas.
Não há quem fique indiferente a um ato tão bárbaro. Não por acaso, as fotos e retratos-falados de estupradores são divulgados nas redes sociais e a polícia é acionada para que mais mulheres não sejam vítimas. Quando pegos pela população ou nos presídios, são linchados até a morte.
Quase sempre os estupradores, embora muitos pareçam pessoas, normais acima de quaisquer suspeitas, são pessoas com problemas psicológicos e distúrbios mentais, o que os torna um risco a sociedade. Sendo assim, a única saída (deveria ser) é o seu isolamento, acompanhado de profissionais capacitados.
E quando os estupros são cometidos por policiais, que em tese deveriam proteger a comunidade e as mulheres? Não se vê ninguém defendendo linchamento. Não se vê as fotos dos estupradores de farda divulgadas nas redes sociais.
Estamos falando de um grupo de policiais de uma UPP que, de acordo com os relatos, estupraram mais de 10 mulheres na comunidade do Jacarezinho. Ainda segundo testemunhas, todos os policiais desta UPP sabiam dos casos de estupros. Ou seja, são estupradores, cúmplices ou negligentes.
Uma polícia que até hoje é formada cantando: "Homens de Preto, qual é sua missão? Entrar pela favela e deixar corpos no chão!" é treinada de uma forma a não ter nenhum limite moral ou ético no trato com a população e com os direitos humanos.
Infelizmente, para uma polícia que mata indiscriminadamente todos os dias, o estupro será visto como um atenuante nos tribunais militares. No entanto, a população verá como uma espécie de linha vermelha, "matar até pode, mas estuprar já é vandalismo!"

Link da matéria no G!: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/08/pm-preso-confirma-que-policiais-estupraram-jovens-em-favela-do-rio.html

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