segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mais um ato odiável do governo Fernando Fernandes!

Por José Afonso da Silva

Neste último sábado, GCMs, funcionários Ln´s da prefeitura e correligionários do prefeito Fenando Fernandes/PSDB de Taboão da Serra agrediram a socos, ponta-pés e gás de pimenta integrantes do Movimento Sem Terra - Taboão, durante a Audiência Pública que discutiria mudanças no Plano Diretor do município.
Pessoas desmaiadas; adultos, mulheres e crianças intoxicadas com a grande quantidade de gás de pimenta inalado e, embora não graves, muitos feridos em virtude da truculência e violência dos agentes (fardados ou não) da administração municipal.
Um ato absurdo, covarde e inadmissível, que deixa claro o caminho a seguir pela atual administração: a violência das Tropas da GCM.
Essa não foi a primeira vez, o mesmo foi feito contra os skitistas da praça Nicola Vivilechio, contra os trabalhadores da cultura, contra o MTST durante o ato em defesa da saúde no ano passado; contra os ciclistas, contra o evento de MCs, contra os defensores do animais do Parque das Hortênsias e etc.

Arremedo de democracia

As 19 alterações apresentadas ao plano diretor apenas favorecem a especulação imobiliária, pois deixa as portas abertas para isso. Além de retirada de zeis (Zonas Especial de Interesse Social) destinada a construção de moradia popular.
Essas alterações foram colocadas num primeiro momento na reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (da qual sou suplente), e foram apresentadas sem nenhum conhecimento e estudo prévio por parte de seus membros. Como o prefeito tem maioria total no conselho, impôs goela abaixo as mudanças.
Ao contrário do prefeito Evilásio Farias, Fernando Fernandes vem seguindo o rito legal ao chamar as audiências públicas para operar mudanças no Plano Diretor. No entanto, o fato de ser legal não significa que seja democrático.
Democracia não é apenas a vontade da maioria sobre a minoria. Mas sim uma decisão tomada após amplo debate, com documentos e informações a disposição de todos, reuniões chamadas com tempo para que as pessoas se preparem e discussões feitas com respeito.
O que aconteceu na audiência pública de sábado foi a mobilização de uma amplo aparato militar, funcionários disposto a levar o debate no grito e dispostos a fazer o que fosse necessário para aprovar as propostas encaminhadas por Fernando Fernandes. Isso tá longe de ser democracia, isso é rolo compressor contra a democracia e contra a participação popular nas decisões da cidade.

Por fim, gostaria de me solidarizar com os companheiros (as) do Movimento Sem Terra de Taboão, e fazer uma chamado a que não se permita mais o uso da força e da truculência contra os movimentos sociais e populares da cidade.

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