quinta-feira, 11 de julho de 2013

Nenhum passo atrás diante da enrolação de governos e patrões!


Continuar a luta até arrancarmos nossas reivindicações!
 


Ocupar as ruas, unificar as lutas e construir uma verdadeira greve geral de 24 horas! 
E
sse dia nacional de greves e manifestações representa um marco para a continuidade da luta por nossas reivindicações.

As mobilizações de massas de junho abriram um novo período para a luta de classes no Brasil. Em poucas semanas mais de dois milhões tomaram as ruas em cerca de 500 cidades.

Foram três ou quatro semanas que fizeram explodir as contradições de mais de duas décadas de neoliberalismo, incluindo os dez anos de gestão lulista/petista do capitalismo brasileiro.

A conquista da redução das tarifas de transporte em várias cidades mostrou que é possível derrotar os governos.

Petistas, tucanos e seus aliados aumentaram juntos as tarifas de transporte, jogaram juntos a polícia contra os manifestantes e tiveram que recuar juntos diante da força das ruas.

Foram derrotados juntos e abraçados estão vendo seus índices de popularidade derreter em todos os níveis de governo.

O poder, a amplitude e a persistência das mobilizações provocaram perplexidade e pânico nos palácios, mansões, gabinetes, estúdios de TV e redações dos jornalões da burguesia.

Sem abrir mão da repressão, os representantes da classe dominante passaram a tentar desviar o curso das mobilizações, disputar os rumos do movimento.

Não sairemos das ruas!

D
epois de muita perplexidade, vacilação e ziguezagues, Dilma Rousseff tenta tirar o povo das ruas canalizando a insatisfação popular para as vias institucionais sob seu controle. O governo acenou com a possibilidade de realização de um plebiscito sobre a reforma política onde quem define a pauta são eles e não nós.

O plebiscito defendido pelo PT e por Dilma não vai perguntar se queremos ou não 10% do PIB investidos em educação já, a tarifa zero nos transportes ou então a suspensão do pagamento da dívida interna e externa aos tubarões capitalistas para financiar tudo isso.

Por trás da ideia vaga de reforma política, o governo pretende oferecer mudanças cosméticas, um leve toque de maquiagem para esconder a face horripilante do sistema político e econômico desse país.

Quem vai pagar a conta?

J
unto com isso, grandes empresários, banqueiros e todo tipo de parasitas especuladores, junto com seu exército de economistas e comentaristas adestrados e muito bem pagos, alertam contra o “preço excessivo das ruas”.

Argumentam eles: “tudo bem dar algumas concessões limitadas para conter a turba ensandecida, mas vamos com calma, afinal quem vai pagar a conta no final?”.

Nós respondemos em alto e bom som: quem deve pagar as contas pela garantia dos nossos direitos básicos é a parcela ínfima que construiu sua montanha incalculável de riqueza com base na especulação e exploração de milhões de brasileiros!

São aqueles que lucram com a Copa, com Belo Monte, com os leilões das reservas de petróleo, com a privatização dos portos, aeroportos e estradas. Aquele punhado de 20 mil megainvestidores que detém 80% dos títulos da dívida pública e embolsam 45% do orçamento federal.

Continuar a luta até a vitória!

N
ossa pauta de reivindicações, mesmo partindo de reivindicações simples e básicas como o direito ao transporte público gratuito, acaba tendo que mexer no coração desse sistema injusto ao apontar quem e como financiar isso.

Essa luta sobre quem paga é que vai definir se transporte, educação e saúde são direitos ou são mercadorias.

Os trabalhadores e a juventude nas ruas já disseram em alto e bom som: são nossos direitos e lutaremos por eles!

Não vamos desocupar as ruas em nome de promessas vagas!

As ações do dia 11 de julho tem que continuar sob a forma de campanhas salariais unificadas no segundo semestre, manifestações massivas, greves, paralisações e ocupações.

Esse movimento deve servir para construirmos uma verdadeira GREVE GERAL de 24 horas! É preciso parar o país e demonstrar a força da classe trabalhadora em aliança com estudantes e todos os oprimidos em nossa sociedade.

Essa luta precisa ser organizada pela base, através de Comitês de Luta ou Assembleias Populares em cada bairro, local de trabalho e de estudo. Essa é a única forma de impedir que as Centrais Sindicais governistas e burocratizadas abafem o movimento e desviem seu caminho.

Um grande Encontro nacional unificado de trabalhadores da cidade e do campo, estudantes, mulheres, negros e negras, comunidade LGBTT, deve ser convocado e organizado pela base. Esse Encontro deve construir uma pauta comum de reivindicações e um plano de ação unitário para o próximo período.

Construir isso é a tarefa da esquerda socialista (PSOL, PSTU, PCB e organizações políticas que fazem oposição de esquerda ao governo) junto com as entidades do movimento sindical e popular que se mantém independentes de governos e patrões.

Não há tempo a perder! É preciso construir uma Frente de Esquerda e dos Trabalhadores com um programa socialista! Por uma alternativa de esquerda, socialista e democrática contra o lulismo e o tucanato!

Nossas bandeiras de luta:
·      TARIFA ZERO nos transportes públicos! Estatização do sistema de transporte com controle democrático dos trabalhadores e usuários!
·      Nenhum corte nos gastos e investimentos sociais! Mais investimentos na qualidade do transporte e serviços públicos!
·      Garantir os recursos necessários através da suspensão do pagamento da dívida municipal ao governo federal que só beneficia um punhado de especuladores!
·      Dinheiro público para saúde e educação e não para os estádios e obras da Copa! 10% do PIB para a educação JÁ! 10% do orçamento para a saúde já!
·      Não às remoções! Pelo direito à moradia garantido a todos e todas!
·      Não às leis de exceção da Copa! Pelo direito democrático de manifestação! Não à criminalização dos movimentos sociais e à repressão! Liberdade e fim dos processos sobre os manifestantes! Basta de violência policial racista na periferia! Desmilitarização da polícia!
·      Aumentos salariais de acordo com a inflação! Congelamento dos preços dos alimentos e tarifas públicas! Redução da jornada de trabalho sem redução de salários! Fim do fator previdenciário e anulação da reforma da previdência. Não ao PL ampliando as terceirizações!
·      Por uma Frente de Esquerda e dos Trabalhadores com um programa socialista! Construir uma alternativa de esquerda, socialista e democrática contra o lulismo e o tucanato!



PSOL - corrente Liberdade, Socialismo e Revolução – LSR
www.lsr-cit.org – lsr@lsr-cit.org – tel: 11 3104-1152

Venha construir essa luta conosco. Participe da Reunião aberta da LSR.


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