Fonte: http://www.facebook.com/poetasergio.vaz

É assustador tudo que está
acontecendo na periferia paulistana, é como se voltássemos ao final dos anos 80
e início dos anos 90, onde todos tínhamos medo de sairmos às ruas e sermos
executados pelo simples fato de existirmos.
Pois é, esses dias estão de volta.
O medo e a morte tomou conta das ruas.
A chacina é uma viagem que te
leva mesmo você não tendo passagem.
Não vejo outra forma de combater
o crime, que não a educação pública de qualidade.
Nós abandonamos as crianças, os
professores e o ensino público, agora estamos com o cu na mão com medo dos
adultos.
As Escolas públicas estão
parecendo privadas, e só agora essa sociedade hipócrita está sentindo o cheiro,
através desses crimes bárbaros de jovens que sangram nas calçadas quando deviam
estarem suando nos bancos das universidades. Ah!, é contra as cotas raciais,
né? Se quiserem podemos reservar uma cota de violência pra vocês. É, essa
violência que vocês vem nos jornais, e nós, ao abrirmos as janelas... e desde sempre.
Muitas vezes o resultado de
ensino de qualidade mínima é presídio de segurança máxima.
Podem mandar tanques de guerras,
aviões da FAB, invadirem favelas, matarem todos nós nas esquinas escuras da
periferia, porque se não investirem na educação, vão ter que continuar matando,
matando, matando...porque vocês já sabem quem morre: nós os brasileiros pobres
e pretos.
As pessoas pedem a redução da
maioridade penal, eu quero o aumento da maioridade educacional.
Chega de convites para enterros e
visita em presídios, quero convite para assistir formaturas.
Viver, ainda que doa, é melhor do
que deixar saudades, porque nenhuma vida é maior e vale mais que a outra. Ela
tem o mesmo valor tanto para o Elefante como para a formiguinha.
No silêncio da noite, um grito. No grito da noite, o silêncio.
Se puderem, tenham paz.
Sergio Vaz
poeta
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