quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Kit de filmes para o mês da Consciência Negra



O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. O Movimento negro organizado denominou a semana do dia 20 de novembro como Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
O Dia da Consciência Negra é uma data para se lembrar a resistência do povo negro à escravidão assim como a luta travada nos dias de hoje contra o racismo e o preconceito em todas as suas formas.
Neste período, entidades do movimento negro e movimentos populares, escolas, faculdades organizam palestras, eventos educativos e marchas visando levantar o debate a respeito da situação do negro no Brasil.
Temas como inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, discriminação policial, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc. ganham evidência neste mês de novembro.
A Semana da Consciência é celebrada desde a década de 1960, até então o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, data da Abolição da Escravatura.
Neste intuito, a exemplo do sucesso e da grande procura dos anos anteriores, organizo novamente um Kit com vários filmes, documentários, entrevistas e filmes-documentários que tratam de questões culturais, políticas e educacionais sobre o negro no Brasil, além de filmes sobre a história do racismo no mundo.
São filmes super úteis para suscitar o debate, para preparar aulas sobre o tema, além de serem úteis no processo de formação do professor e pra quem quer se aprofundar no tema.
O Kit é composto de 15 filmes e está sendo vendido pelo valor de 50 reais. Caso o interessado (a) queira apenas um filme ou outros filmes relacionados que não constam na lista do kit, o valor é de 5 reais.
Os interessados podem solicitá-los  pelos telefone (11) 99729-6169 ou pelo e-mail: afonsocwi@gmail.com ou afonsocwi@hotmail.com

Abaixo lista dos filmes que compõe o Kit e também lista de filmes relacionados ao tema:



Abandone-nos
Entrevista com Georges Niangoran Bouah, antropólogo, diretor do CRDNA, Centre de Recherche en Drummologie et Numismatique Africaine em Abidjan, Costa do Marfim. Ele estudou na França e logo voltou para seu país na trilha de seus ancestrais e chefes tradicionais. Ele solta aqui um grito de revolta contra o colonialismo, todavia, presente na África. Costa do Marfim, 2001. Direção Marc Garanger.
Áudio: francês
Legenda: português
Duração: 26 min

Abdias Nascimento - Memória Negra
O filme é conduzido a partir de uma entrevista gravada com Abdias Nascimento, do alto dos seus 94 anos (nasceu em Franca (SP), em 14 de março de 1914). Exilado pela ditadura militar, ficou fora do país entre 1968 e 1978. Quando regressou, passou a ter uma atuação direta na política. Foi deputado federal e senador. Há dois anos, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília. Filme de Antonio Olavo de 2008.
Duração: 95 min

Abolição
Documentário de Zózimo Bulbul de 1988 que aborda a condição do negro no Brasil, 100 anos após a proclamação da Lei Áurea, enfocando temas como o padrão de vida dos negros, sua luta e sua realidade. Rodado em cores, apresenta também fotos históricas em preto-e-branco - as imagens descrevem as muitas situações enfrentadas pelos escravos negros, traçando um paralelo de seus descendentes nos dias atuais. O filme traz depoimentos de personalidades negras de todo o país.
Duração: 150 min

A exceção e a regra - Retrato em Branco e Preto
A exceção e a regra: de Joel Zito Araújo, de 1997. O filme investiga como as vítimas de racismo no mercado de trabalho que procuram pela Justiça Brasileira são acolhidos, e que desencadeamento e desfecho tem as suas denúncias. O trabalho destaca a persistência e dignidade de um homem, Vicente do Espírito Santo, que conseguiu furar o cerco e chegar vitoriosamente ao Tribunal Superior do Trabalho e ao horário nobre da Rede Globo. Duração: 29 min
Retrato em Branco e Preto: Um homem negro e de classe média escreve uma carta a um amigo estrangeiro na tentativa de explicar-lhe a real situação dos afrodescendentes no Brasil. Este é o pano de fundo desse documentário, que revela um Brasil preconceituoso e desigual. Ele revela que a reprodução do preconceito se dá a partir da escola e pela mídia. Realização: CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades. De 1993. Duração: 15 min

África, Uma História Rejeitada
O lugar que, por cúmulo da ironia, teve início a história humana - conforme inúmeros dados científicos hoje comprovados - viria a se tornar um continente sem história própria. Encerradas na obscuridade desde os tempos medievais, as espetaculares ruínas do outrora deslumbrante reino do Grande Zimbábue, impuseram um dilema espinhoso aos ocupantes brancos, que diziam ter "descoberto" a região há apenas cem anos. Recusando-se a acreditar que as maciças muralhas rochosas finamente esculpidas pudessem ser produto de uma cultura nativa, ávidos por reivindicar a terra para os europeus, creditavam a antiga cidade seja a quem fosse, desde os nômades fenícios até a bíblica Rainha de Sabá. Assim agindo, deram início a uma longa e insidiosa tradição europeia de interpretação deliberadamente errônea do passado da África. Documentário de David Dugan, 1995.
Duração: 45 min

Atlântico Negro – na rota dos orixás
Na rota dos orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. No documentário de 1998, Renato Barbieri mostra a origem das raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.
Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.
Duração: 54 min

Cultura Negra: Resistência e identidade
Este vídeo de Ricardo Malta de 2009 vem contribuir com o proposto na Lei n° 10639/03, que torna obrigatório a inclusão, no currículo das escolas de ensino fundamental e médio (públicas e privadas), o estudo da história da África e Cultura Afro-brasileira. Pretendemos resgatar a contribuição da população afrodescendente nas áreas socioeconômicas, política cultural no cenário brasileiro.
Duração: 41 min

De volta para casa – Mãos e cérebros negros
De volta para casa: O vídeo apresenta algumas manifestações culturais de origem africana, como a Festa do Rosário, a capoeira, a umbanda e o candomblé, a partir do olhar de um jovem negro. O vídeo enfoca ainda questões como autoestima, cidadania e mídia e destaca a atuação do grupo Negros Unificados Conscientes, surgido numa das mais violentas regiões da capital mineira e que recria a história brasileira por meio de rimas. Direção: Adriana Santos e Jorge Moreno. De 1998. Duração: 28 minutos
Mãos e cérebros negros: O vídeo discute a importância socioeconômica do trabalho dos negros, durante o século XIX, nos engenhos de açúcar e na construção de edificações públicas e eclesiásticas. Direção: Daniel Caetano. De 2008. Duração: 25 minutos

Ganga Zumba, rei dos Palmares
Filme de 1963 de Cacá Diegues sobre Ganga Zumba, o primeiro líder do Quilombo dos Palmares.
Duração: 99 min

O fio da memória
Realizado de 1988 a 1991, no estado do Rio de Janeiro, esse documentário de Eduardo Coutinho procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil, a partir de dois eixos - as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e pela marginalização de boa parte dos cerca de 60 milhões de brasileiros de origem africana.
Duração: 115 min

Ôrí
Ôrí documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como ideia central de um contínuo histórico, e apresentando como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995. O filme também mostra a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz, do “quilombo” como correção da nacionalidade brasileira.
Ôrí busca a consciência do homem em relação à História e à reconstrução da identidade, pela unificação da consciência: todas as filosofias, um só pensamento. O documentário recupera junto aos movimentos negros a imagem do “herói civilizador” Zumbi de Palmares em busca de uma identificação positiva para o homem negro moderno e livre.
Filme de Raquel Gerber de 1989.
Duração: 91 min

Quilombo
“Num engenho de Pernambuco, por volta de 1650, um grupo de escravos se rebela e ruma ao Quilombo dos Palmares, onde existe uma nação de ex-escravos fugidos que resiste ao cerco colonial, entre eles Ganga Zumba, um príncipe africano. Tempos, seu herdeiro e afilhado, Zumbi, contesta as idéias conciliatórias de Ganga Zumba e enfrenta o maior exército jamais visto na história colonial brasileira.”
Quilombo é um filme de co-produção brasileira e francesa de 1984, dirigido por Cacá Diegues. O roteiro foi baseado nos livros “Ganga Zumba”, de João Felício dos Santos e “Palmares”, de Décio de Freitas.
Duração: 120 min

Racismo: uma história
Documentário em três partes da BBC, de 2007, sobre a história do racismo.
Parte 1 – A cor do dinheiro: O programa examina as atitudes de alguns dos grandes filósofos em relação às diferenças humanas, incluindo a abordagem das implicações dos dogmas do Velho Testamento, como "A Maldição de Caim". Analisa entre outros a Revolução do Haiti, a primeira revolução escrava bem sucedida da história, demonstrando como ele passou da colônia mais rica das Américas ao país mais pobre do hemisfério norte. Por fim, conclui-se que a força motriz por trás da exploração e escravização dos chamados "povos inferiores" foi a economia, e que a luta para apagar e cicatrizar os feitos e legados deixados pelo sistema escravocrata ainda continua.
Parte 2 – Impactos Fatais:
 O programa aborda as teorias raciais desenvolvidas na era vitoriana, a eugenia, o darwinismo social e o racismo científico.
O documentário sustenta que os genocídios coloniais, foram apagados da história da Europa, e que a perda desta memória encoraja a crença de que a violência nazista foi uma aberração na história daquele continente.
Parte 3 – Um Legado Selvagem:
O programa aborda o cruel legado deixado pelo racismo ao longo dos séculos. Iniciando pelos EUA, berço da Ku Klux Klan, onde o pesquisador James Allen, defende que há um movimento arquitetado para apagar a mácula racial da memória do país. A seguir, remonta à colonização belga do Congo, por Leopoldo II, onde os negros que não atingiam a quota diária de borracha tinham a mão direita decepada. O documentário trata ainda da problemática racial na África do Sul (Apartheid) e Grã-Bretanha, abordando a luta do Movimento pelos Direitos Civis nos EUA e a desconstituição do mito da existência de raças.
Áudio: inglês
Legenda: português
Duração: 58 min por parte (174 min, 3 DVDs)


Filmes e documentários avulsos


Racismo/antirracismo

Além de trabalhador, negro

Isso, aquilo e aquilo outro – Vista a minha pele

Faça a coisa certa

Malcolm X

Mandela – luta pela liberdade

Mississipi em chamas

Olhos azuis

Panteras Negras

Todo poder para o povo - O Partido das Panteras e além

Todos a bordo

Zumbi somos nós


Cultura afro-brasileira

Besouro

Ilé Asé Opo Afonjá

O fio da memória

Pierre Fatumbi Verger: Um mensageiro entre dois mundos

Santo forte


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