Hoje, dia 06 de setembro, por
volta das 16hs, cerca de 400 alunos, professores da escola Edgar Francisco e da
comunidade do Jardim Guaciara deram um belo exemplo de como a população deve
agir diante da omissão dos governos.
Indignados e cansados com a
crescente onda de assaltos, furtos e até arrastões na escola, estudantes e
professores da EE Edgar Francisco organizaram uma passeata que caminhou por mais de uma hora e meia da escola até a
Praça Luis Gonzaga.
Com apitos, cornetas, carregando faixas
e com a animação característica dos estudantes foram entoadas inúmeras palavras
de ordem responsabilizando o prefeito Evilásio Farias e o governador Geraldo
Alckmin pelo descaso e pela falta de segurança no entorno da escola.
Ao final da manifestação foi realizado
um ato de fechamento no cruzamento da Rua Kizaemon Takeut com a Carlos
Fernandes por cerca de 10 minutos, onde todos se sentaram na rua por alguns
minutos e em seguida foi dado um abraço coletivo na Praça Luis Gonzaga.
O ato contou com representações
das escolas Laurita Ortega Mari, Neusa Demétrio e Reinaldo Faleiros, além do
apoio da Apeoesp (Sindicato dos Professores) que ajudou com a divulgação do
ato, carro de som e xérox das filipetas distribuídas durante o trajeto aos
transeuntes e comerciantes da região.
A passeata provocou grande
congestionamento, no entanto, o comportamento geral dos motoristas era de
apoio, já que o problema da falta de segurança tem afetado toda população de
Taboão.
Para se ter uma pequena noção da
força e da repercussão desta manifestação, uma professora que mora perto da
escola me ligou a pouco informando que há uma viatura da GCM na porta da escola
e várias viaturas da PM fazendo rondas pelo bairro.
A pergunta que se faz é: por que
isso não foi feito antes? Foi necessário tomar às ruas pra fazer os governos enxergarem
o que está acontecendo naquele bairro.
É importante salientar que o
policiamento deve estar na região para proteger a população e não o contrário. É
importante que se diga isso porque alguns policiais da GCM tiveram, pra dizer o
mínimo, uma postura incorreta no trato com os manifestantes, mas, felizmente,
nada que tenha atrapalhado o ato até porque o mesmo transcorreu pacificamente e
sem tumultos.
A luta tem que continuar e agora
é necessário estender este movimento para as outras escolas e bairros da cidade,
construindo um grande movimento que ponha fim ao clima de insegurança e medo
presente na cidade.
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