terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eleições Taboão: Os médicos e os monstros


Por José Afonso da Silva


Administrada há 16 anos por médicos, Dr. Fernando Fernandes, 1997-2004, e Dr. Evilásio, 2005-2012, a cidade encontra-se cronicamente doente. Problemas acumulados durante as gestões desses dois senhores transformam dia a dia Taboão numa cidade cada vez mais difícil de se viver.
Problemas na saúde: com falta de leitos, falta de médicos, falta de remédios, demora e péssimo atendimento aos pacientes, infra-estrutura degradada, terceirização e denúncias de corrupção a empresa Iacta.
Na educação: com a conquista do título de Cidade Educadora, a educação vive de propaganda com inúmeros problemas administrativos provocados pela terceirização, incompetência, assédio moral, excesso de livre-nomeados e descaso. O resultado disso tem sido a falta de vagas em creches e a super exploração das trabalhadoras chamadas de PAPs que ganham menos que o salário mínimo, trabalhando por mais de 8 horas. Contas da educação rejeitadas pelo TCE e terceirização e entrega das creches a instituições religiosas.
No transporte: ônibus que nunca passam e quando passam estão superlotados, passagem de 3 reais - a mais cara do país; ausência de cobradores obrigando o motorista a cobrar a passagem, ocasionando demora e perigo de vida aos passageiros. O monopólio absoluto da Pirajussara sobre o transporte no município transformou os taboanenses e reféns dessa empresa. E isso só se mantêm por que tanto prefeitura e câmara recebem alto para manter as coisas como estão.
Na habitação: prevalecem os interesses do mercado especulativo, das empreiteiras e das imobiliárias que elevaram o valor das moradias e dos alugueis às alturas, ocasionado pela mudança na planta genérica do município e pelo aumento do IPTU. Moradores e pequenos comerciantes estão sendo obrigados a sair da cidade devido a esta política que só favorece os mais ricos.
Fernando Fernandes e Evilásio priorizaram a verticalização da cidade em detrimento da construção e regularização de moradias populares. Agora estão de olho nas mudanças do Plano Diretor do município para permitir a ocupação pelo mercado imobiliário dos terrenos que restam no município e áreas de preservação ambiental
Trãnsito: a verticalização sem planejamento vem fazendo com que nos horários de picos que mesmo em ruas de bairros da periferia tenham trânsito. Para aqueles que necessitam passar por vias próximas a BR 116, às vezes leva-se mais tempo dentro de Taboão do que no caminho ao seu destino final.
Cultura: a política de fortalecimento de eventos culturais, cursos e contratação de funcionários através de ONGs, abriu caminho para um grande esquema de corrupção. Embora, projetos de excelência como cursos e a Escola de Bailado foram fechados ou suspensos após virem à tona as fraudes e os desvios financeiros.
Esporte: os equipamentos públicos de esporte e lazer estão abandonados e os projetos de construção do ginásio de esportes nunca se concluem. A secretaria de esportes também se viu envolvida em escândalos de corrupção pelos convênios estranhos realizado com a ONG Terceiro Tempo do PCdoB.
Isso sem entrar em detalhes sobre o que virou o Parque das Hortênsias que foi praticamente abandonado.
Urbanização e saneamento básico: quem anda pelo centro de Taboão, não faz idéia do descaso da prefeitura nos bairros da periferia com ruas esburacadas, obras que se iniciaram há décadas e nunca se concluem, esgoto a céu aberto, lixo acumulado, principalmente em favelas. E até hoje não há um projeto claro para resolver o problema do esgoto que ainda continua sendo jogado nos córregos da cidade.
Funcionalismo: enquanto vereadores, secretários, prefeito e livre-nomeados tiveram aumentos acima da inflação através de votações imorais na Câmara ou de jeitinhos, o funcionalismo público de Taboão amarga um arrocho salarial escandaloso.
Muitas foram às mobilizações de trabalhadores da saúde, da Usina e ADIs, no entanto, a postura de secretários e prefeito sempre foi a de enrolação, aumento de verdade não houve.
Não satisfeitos, prefeito e vereadores aprovaram planos de carreira para o funcionalismo que retiraram direitos dos trabalhadores. Tudo com o beneplácito dos dois sindicatos que deveriam defender os trabalhadores, o Sinditaboão e o Sinproem.
Nas repartições públicas prevalece o mal atendimento e a prática de enrolar a população

Essa é a cidade que o candidato do Dr. Evilásio, José Aprígio/PSB-PT, diz que vai continuar crescendo, e que o candidato do PSDB,Fernando Fernandes, diz que vai melhorar.
Ambos são responsáveis pelas agruras sofridas pela população com a falência dos serviços públicos e demonstram um grande cinismo quando dizem que vão abaixar IPTU, melhorar saúde, educação, trazer metrô para Taboão, reduzir o valor da passagem e etc.
Evilásio foi eleito em 2004, devido a um forte sentimento de raiva por parte da população que não agüentava mais a política neoliberal e autoritária de Fernando Fernandes. Mas logo ao chegar a poder, Evilásio e o PT, frustraram a população,   dando continuidade a cartilha de FF naquilo que tinha de pior.
Como se pode ver, nas administrações dos doutores, Evilásio e FF, parafraseando o clássico livro de Robert Louis, “O médico e o monstro”, prevaleceu o monstro.

Chega de doutor! Taboão precisa de um trabalhador na prefeitura.

Stan prefeito 50

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