Por José Afonso da Silva
Administrada há 16 anos por médicos,
Dr. Fernando Fernandes, 1997-2004, e Dr. Evilásio, 2005-2012, a cidade
encontra-se cronicamente doente. Problemas acumulados durante as gestões desses
dois senhores transformam dia a dia Taboão numa cidade cada vez mais difícil de
se viver.
Problemas na saúde: com falta de leitos, falta de médicos, falta de
remédios, demora e péssimo atendimento aos pacientes, infra-estrutura
degradada, terceirização e denúncias de corrupção a empresa Iacta.
Na educação: com a conquista do título de Cidade Educadora, a
educação vive de propaganda com inúmeros problemas administrativos provocados
pela terceirização, incompetência, assédio moral, excesso de livre-nomeados e
descaso. O resultado disso tem sido a falta de vagas em creches e a super
exploração das trabalhadoras chamadas de PAPs que ganham menos que o salário mínimo,
trabalhando por mais de 8 horas. Contas da educação rejeitadas pelo TCE e
terceirização e entrega das creches a instituições religiosas.
No transporte: ônibus que nunca passam e quando passam estão
superlotados, passagem de 3 reais - a mais cara do país; ausência de cobradores
obrigando o motorista a cobrar a passagem, ocasionando demora e perigo de vida
aos passageiros. O monopólio absoluto da Pirajussara sobre o transporte no
município transformou os taboanenses e reféns dessa empresa. E isso só se mantêm
por que tanto prefeitura e câmara recebem alto para manter as coisas como estão.
Na habitação: prevalecem os interesses do mercado especulativo, das
empreiteiras e das imobiliárias que elevaram o valor das moradias e dos
alugueis às alturas, ocasionado pela mudança na planta genérica do município e
pelo aumento do IPTU. Moradores e pequenos comerciantes estão sendo obrigados a
sair da cidade devido a esta política que só favorece os mais ricos.
Fernando Fernandes e Evilásio
priorizaram a verticalização da cidade em detrimento da construção e
regularização de moradias populares. Agora estão de olho nas mudanças do Plano
Diretor do município para permitir a ocupação pelo mercado imobiliário dos
terrenos que restam no município e áreas
de preservação ambiental
Trãnsito: a verticalização sem planejamento vem fazendo com que nos
horários de picos que mesmo em ruas de bairros da periferia tenham trânsito. Para
aqueles que necessitam passar por vias próximas a BR 116, às vezes leva-se mais
tempo dentro de Taboão do que no caminho ao seu destino final.
Cultura: a política de fortalecimento de eventos culturais, cursos
e contratação de funcionários através de ONGs, abriu caminho para um grande
esquema de corrupção. Embora, projetos de excelência como cursos e a Escola de
Bailado foram fechados ou suspensos após virem à tona as fraudes e os desvios
financeiros.
Esporte: os equipamentos públicos de esporte e lazer estão
abandonados e os projetos de construção do ginásio de esportes nunca se
concluem. A secretaria de esportes também se viu envolvida em escândalos de
corrupção pelos convênios estranhos realizado com a ONG Terceiro Tempo do
PCdoB.
Isso sem entrar em detalhes sobre
o que virou o Parque das Hortênsias que foi praticamente abandonado.
Urbanização e saneamento básico: quem anda pelo centro de Taboão, não
faz idéia do descaso da prefeitura nos bairros da periferia com ruas
esburacadas, obras que se iniciaram há décadas e nunca se concluem, esgoto a céu
aberto, lixo acumulado, principalmente em favelas. E até hoje não há um projeto
claro para resolver o problema do esgoto que ainda continua sendo jogado nos córregos
da cidade.
Funcionalismo: enquanto vereadores, secretários, prefeito e
livre-nomeados tiveram aumentos acima da inflação através de votações imorais
na Câmara ou de jeitinhos, o funcionalismo público de Taboão amarga um arrocho
salarial escandaloso.
Muitas foram às mobilizações de
trabalhadores da saúde, da Usina e ADIs, no entanto, a postura de secretários e
prefeito sempre foi a de enrolação, aumento de verdade não houve.
Não satisfeitos, prefeito e
vereadores aprovaram planos de carreira para o funcionalismo que retiraram
direitos dos trabalhadores. Tudo com o beneplácito dos dois sindicatos que
deveriam defender os trabalhadores, o Sinditaboão e o Sinproem.
Nas repartições públicas prevalece o mal atendimento e a prática de
enrolar a população
Essa é a cidade que o candidato do
Dr. Evilásio, José Aprígio/PSB-PT, diz que vai continuar crescendo, e que o
candidato do PSDB,Fernando Fernandes, diz que vai melhorar.
Ambos são responsáveis pelas agruras
sofridas pela população com a falência dos serviços públicos e demonstram um grande
cinismo quando dizem que vão abaixar IPTU, melhorar saúde, educação, trazer metrô
para Taboão, reduzir o valor da passagem e etc.
Evilásio foi eleito em 2004,
devido a um forte sentimento de raiva por parte da população que não agüentava mais
a política neoliberal e autoritária de Fernando Fernandes. Mas logo ao chegar a
poder, Evilásio e o PT, frustraram a população, dando
continuidade a cartilha de FF naquilo que tinha de pior.
Como se pode ver, nas
administrações dos doutores, Evilásio e FF, parafraseando o clássico livro de Robert Louis, “O
médico e o monstro”, prevaleceu o monstro.
Chega de doutor! Taboão precisa de um trabalhador na prefeitura.
Stan prefeito 50
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