Embora a propaganda do
governo federal insista que a vida do povo melhorou, a realidade é que as
condições de vida da grande maioria da população está bem longe da propaganda
de Dilma.
A alta nos preços dos
produtos da cesta básica é um bom exemplo. Não é necessário ser economista para
perceber isso. Basta ir a supermercado e comparar que o valor gasto na última
compra nunca dá pra comprar os mesmos produtos. É a volta da inflação penalizando
os trabalhadores e a população mais pobre.
O discurso da
estabilidade e do crescimento econômico dá lugar às políticas de austeridade,
enxugamento do estado, privatizações, arrocho salarial e corte de verbas dos
serviços públicos.
Entre as medidas adotadas,
o aumento da taxa de juros é a primeira ação do governo federal. A propaganda
diz que é pra controlar a inflação, mas na verdade visa atender às exigências
dos banqueiros e dos parasitas da bolsa de valores.
A precarização da força
de trabalho, através das terceirizações e contratos diferenciados, onde
trabalhadores são contratados para fazerem o mesmo serviço, mas sem os mesmo
direitos e com salário menor é a nova política dos governos e dos patrões. Estima-se
que esse tipo de contração já represente 50% da força de trabalho formal no
país. O exemplo dos professores Categoria ‘O”, como são chamados os contratos
pela Lei 1093-2009, é um excelente exemplo desse novo tipo de exploração.
Outra faceta da política
do governo é a retirada de direitos dos trabalhadores. O mais novo ataque
atende pelo nome de ACE (Acordo Coletivo Especial) que visa estabelecer o
negociado sobre o legislado, ou seja, os sindicatos pelegos poderão retirar
direitos consagrados como férias, 13° salário, FGTS, redução de salários e etc.
Tudo em nome da suposta e mentirosa manutenção do emprego.
Enquanto a economia
estava crescendo, os empresários ficaram com os lucros pra eles, agora que a
economia desacelerou e os reflexos da crise internacional chegam ao Brasil,
querem dividir os prejuízos com os trabalhadores.
Em municípios como
Taboão, Embu e Itapecerica, as conseqüências dessa crise chegam com força
avassaladora. As conseqüências são sentidas pelo conjunto dos trabalhadores e
da população mais pobre desses municípios.
Isso fica evidente pelo
sofrimento enfrentado nos postos de saúde e hospitais da região. Faltam
profissionais, medicamentos, equipamentos e atendimento digno. Consequência da
política de terceirização e privatização levada a cabo pelos prefeitos, que
abrem mão de suas responsabilidades e entregam a administração da saúde nas
mãos de ONG e OS. O resultado mais cruel desta política são as mortes ocorridas
nos hospitais da região.
Na educação a situação
não é muito diferente. No município de Taboão da Serra, além da falta de
creches, por exemplo, os professores (as) estão trabalhando sem giz, papel
sulfite e outros materiais fundamentais para o trabalho pedagógico. Isso depois
do prefeito ter anunciado uma economia de 450 mil reais nos três últimos meses
somente na pasta da educação. Fica claro onde está sendo feita a economia.
Em Embu das Artes, a
prefeitura retoma a política de municipalização das escolas, mesmo com todo o
apelo dos funcionários, professores, pais e alunos.
O funcionalismo dos
municípios da região vem enfrentando um arrocho salarial de anos, no entanto,
começamos a ver as primeiras mobilizações. Em Cotia, as professoras fizeram uma
bonita paralisação no último dia 19 de abril. No município de São Paulo está
marcada paralisação para o dia 29/04. Em Itapecerica da Serra, o conjunto do
funcionalismo fez uma grande paralisação neste dia 23/04. Em Taboão, o
funcionalismo, impulsionado pela Atraspact, começa a se movimentar na luta
contra um arrocho salarial que já dura 8 anos.
Neste momento, os
professores da rede estadual de educação, liderados pela APEOESP, estão em
greve desde o dia 19 de abril, e ao que tudo indica, serão acompanhados pelos
funcionários da saúde.
Os movimentos populares
depois de mais de sete anos de luta em nossa região, começam a colher os frutos
de tanto esforço, esse é o exemplo das conquistas recentes do MTST. Mas também
ressurge a luta das comunidades por educação, saúde, saneamento básico,
transporte decente e saúde de qualidade, encampada pela Periferia Ativa.
Esses pequenos exemplos
de lutas e movimentações dos trabalhadores (as), embora insipientes e
localizados, são a prova viva de que a luta da classe trabalhadora está de pé e
que a luta daqueles que começaram séculos atrás as primeiras lutas contra o
capitalismo e os patrões está sendo honrada pelos trabalhadores de hoje e é a
eles que dedicamos as comemorações do Dia do Trabalhador.
Atividades do primeiro
de maio, Dia do Trabalhador
Os movimentos
populares da região, partidos de esquerda e sindicatos participarão do ato de
Primeiro de Maio Unificado na Praça da Sé.
Mas também organizaremos
atividades na nossa região em comemoração ao Dia do Trabalhador.
No dia 27 de abril
(sábado) às 16 horas, na APEOESP de Taboão da Serra, organizaremos uma mesa de
debates sobre a situação da classe trabalhadora.
No dia 30 de abril
(quarta-feira) às 16 horas organizaremos um ato na Praça Nicola Vivelechio e de
lá sairemos em passeata até a Câmara Municipal.
Origem do Primeiro de Maio
O dia tem origem na luta
dos operários americanos que organizaram uma espetacular greve geral em
01/05/1886 contra as péssimas condições de vida da população agravada pela
crise de superprodução dos EUA. E represália, os capitalistas, meses depois,
iriam julgar, prender e enforcar 8 operários que estavam a frente desta luta em
Chicago.
Em 1890, foi proposto
pela II Internacional Socialista, o Primeiro de Maio como um dia de luta em
todos os países para lembrar e protestar as punições e assassinatos dos
trabalhadores de Chicago.
Mais de 130 anos desde
as intensas manifestações de Chicago, os trabalhadores, jovens e a população
mais pobre do mundo amarga o aumento da miséria e do desemprego, enquanto os
patrões enriquecem mais e mais à custa da pobreza de bilhões de seres humanos.
Esses ricos, que
chamamos de capitalistas, controlam o estado, as polícias, a imprensa, a
justiça, as escolas, no intuito de se perpetuarem no poder e explorando a força
de trabalho da classe trabalhadora.
Assinam:
Apeoesp Taboão da Serra, Comissão Independente de
Professoras ADIs/Atraspact, MTST, Ação Popular, Periferia Ativa, Movimento 3,30
eu não pago!, CSP-Conlutas, PSOL e PSTU
Abaixe o panfleto diagrama clicando aqui
Abaixe o panfleto diagrama clicando aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário