PERIFERIA ATIVA
Frente de Comunidades em Luta
Será que os/as mais de 1,5 milhões de
cidadãos/cidadãs da região sul da cidade estão satisfeitos com as propostas
deste Plano? Será que suas demandas e especificidades foram consideradas?
No
período eleitoral, o Haddad fez promessas em áreas estratégicas para o
desenvolvimento das comunidades que compõem a Periferia da Região Sul da cidade de São Paulo. No entanto, agora
não estamos enxergando o que foi prometido no Plano de Metas do Município e por
isso estamos aqui para relembrar e COBRAR maior participação popular na
construção desse planejamento e que sejam cumpridas as promessas rigorosamente.
HABITAÇÃO: Notamos que o número de habitações
anunciadas nesse plano de metas não é mais que 10% do déficit atual. E somos
contra os despejos sem alternativa de moradia, que já se iniciaram, e
entendemos que há necessidade na ampliação da meta de 55 mil unidades. Nos preocupamos
ainda com a Copa do Mundo, pois se a questão de habitação já é grave por si só,
a realização desse evento, acarretará em mais remoções, despejos e especulação
imobiliária, dificultando ainda mais a vida das trabalhadoras e trabalhadores.
TRANSPORTE: Na área de transporte falou-se muito no período eleitoral em duplicação da Estrada do M Boi Mirim e Av. Carlos Caldeira Filho, no entanto, não as visualizamos no plano de metas. O transporte é um dos setores que mais sacrifica os moradores das comunidades da zona sul, por isso é fundamental a ampliação das avenidas citadas, bem como a necessidade de parcerias com o Estado para expansão do metrô nessa região.
ESPORTE: Na última gestão municipal presenciamos o
loteamento dos CDC’s, que hoje estão funcionando como franquias de grandes
clubes, refletindo o descompromisso com as entidades de iniciativa popular que
já tocam esse trabalho. Posto isso, queremos o fim dos loteamentos, bem como a
criação de incentivo municipal ao esporte voltado ao publico das periferias.
Vislumbramos ainda, a criação do plano de uso ao legado físico, estrutural e
outros, da Copa 2014 visando como público alvo os futuros atletas das
periferias.
SEGURANÇA: Exigimos o fim da operação delegada.
Vivenciamos no último semestre de 2012 um período de barbárie, que resultou em
perdas irreparáveis para as famílias da periferia, e não acreditamos que esse
tipo de política de segurança pública seja viável e eficaz. Acreditamos ainda,
que a herança de criminalização dos trabalhadores ambulantes deve cessar: não
aceitamos mais ações truculentas por parte das GCM.
SAÚDE: Requeremos participação
da comunidade na definição dos locais das novas UPAs, hospitais e
unidades da Rede Hora Certa na região, por meio da criação de mecanismo de
diálogo com os movimentos sociais organizados e associações locais.
CULTURA: A Virada
Cultural utiliza um grande montante de recursos, mas tem sido
centralizada, notamos também centralização nos bens culturais. Posto isso, requeremos
a descentralização de ambos, para a ampliação do acesso da população
pobre e periférica da cidade de São Paulo. E ressaltamos que seja considerado
não apenas o público, mas também grupos culturais e produtores de cultura.
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