No dia 5 de janeiro,
por volta das 21 horas, tivemos a infelicidade de mais uma vez receber a visita
da polícia militar de Carapicuíba na ocupação Carlos Mariguella. Desta vez eles
vieram prontos com provocações, tiros para alto, incendiando motos para
provocar e incitar fatos que justificassem a criminalização dos acampados. E
mais, levaram presa de forma arbitrária uma coordenadora por desacato. Logo
após esta coordenadora ser ofendida pelos policiais com gestos obscenos e
xingamentos.
A coordenadora
detida, que estava gestante, narra que foi torturada psicologicamente a caminho
da delegacia com ameaças de que a matariam e jogariam seu corpo no rio. Além de
prática de injúria racial por ser uma mulher negra. Com falas racistas/machistas
chamaram-na de vadia por várias vezes.
A atacaram enquanto
um sujeito político, dizendo que o “local de uma mãe é cuidar dos filhos em
casa e não estar na rua lutando”. Além disso, no 1° DP de Carapicuíba foi
colocada para dividir cela com outros homens. Isso é um absurdo!! Por fim, na
mesma noite a militante foi liberada.
Consideramos esses
fatos absurdos, mesmo sabendo que cotidianamente na periferia a polícia militar
age impunemente com violência gratuita,
abuso de autoridade, prisões ilegais e forjadas, torturas, criminalização da
pobreza e racismo. A polícia militar em Carapicuíba tem se mostrado a antítese
daquilo que um estado democrático, sendo um obstáculo e um atraso para a
efetivação dos direitos constitucionais. Como o direito à luta pela moradia.
Apenas para lembrar,
no último 20 de dezembro, participamos de uma audiência pública na ALESP, organizada
pela Comissão de Direitos Humanos onde denunciamos publicamente a
criminalização da ocupação Carlos Marighella e todos os casos de violações de
direitos e abuso de poder que ocorrem a todo instante por parte da polícia
militar, do Ministério Público de Carapicuíba e de seguranças privados das
mansões vizinhas.
Portanto, sabemos que
esses acontecimentos nada mais são que uma resposta das elites aos que ousam
lutar. Mas nós, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, nada mais fazemos que
é lutar pelo direito constitucional, da qual a propriedade deve cumprir sua
função social.
Lutamos por uma vida
digna. E por isso denunciamos a prática da polícia militar nas periferias, que na
maioria das vezes ocorrem ilegalmente com abusos, mortes e gerando medo em toda
população.
MARIGHELLA, PRESENTE
HOJE E SEMPRE!
HOJE E SEMPRE!
MTST, A Luta é pra
valer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário