"Tudo que acontece uma
vez, pode nunca mais acontecer. Mas, caso aconteça duas vezes, certamente
acontecerá uma terceira"
Divulgo e-mail encaminhado pela lista de e-mails da
Apeoesp com relato de uma professora que está sendo assediada em sua escola
pelo grave e imperdoável erro de ter ficado doente. Depois de liberada pelo médico,
retornou ao trabalho e teve a nefasta recepção que ela relata abaixo.
Este caso não é um caso isolado,
no entanto, a diferença é que a professora denunciou e creio que isso deve
servir de exemplo pra todos que sofrem com humilhações, desqualificações e etc.
Esse relato servirá de base para
a elaboração de documento a ser encaminhado a Diretoria de Ensino de Taboão da
Serra e a Secretaria de Educação, pois esta prática não pode continuar.. Ainda
mais num espaço público, pior, em uma escola pública que deveria servir de
exemplo contra este tipo de prática.
RELATO DE UMA SITUAÇÃO EM QUE UMA EDUCADORA FOI EXPOSTA
AO RÍDICULO.
Embu das Artes 27 de junho
de 2012
Hoje fui para o Conselho
de Classe e fui torturada, sofri pressão psicológica e mesmo assim não deixei
me abalar. Quando cheguei na U.E. a
diretora estava de saída, assim fez, se despediu e foi embora.
No primeiro Conselho, o
coordenador apresentou os informes e logo em seguida dirigiu a palavra a
mim nos seguintes termos: “Agora, senhores pais e alunos, a
professora irá se justificar a respeito da sua licença ... irá
falar sobre o problema que ela teve Bom professora, pode falar...”
Vale ressaltar que; neste Conselho, somente eu da bancada de professores
fui indagada. Eu disse: “Boa noite! Senhores pais boa noite
e alunos do primeiro ano C, bom, o que tenho a dizer a todos
vocês é que, infelizmente, tive um problema de saúde e fui afastada
para um tratamento. Senhores pais, assim como todos e qualquer
trabalhador tenho direito de afastamento de saúde se o médico assim
achar necessário”. Os pais entenderam e me desejaram melhoras
e boas vindas, porém, o coordenador não satisfeito, ainda questionou
aos alunos: “Vocês alunos, tem alguma coisa para falar sobre o
trabalho da professora?” Eles responderam: “não” e assim encerrou-se o Conselho
de Classe do primeiro ano C com pais, professores e alunos.
Após este Conselho,
ainda tivemos um segundo onde a diretora também não participou. Ao término
do segundo Conselho, a diretora chegou e permitiu uma pausa de 15 minutos,
terminando esse intervalo, voltamos para iniciar o Conselho do segundo ano C. A
diretora se sentou na bancada conosco e o coordenador iniciou os
informes, assim como foi realizado nos demais conselhos e dirigiu
a palavra a mim, porém, neste momento, a diretora interrompeu e
começou a falar com pais e alunos ali presentes e, com autoritarismo,
apresentou e falou a respeito de todos os professores ali
presentes, dizendo ser todos ótimos profissionais, e depois disse ao
meu respeito, “que a professora... é a professora da disciplina de química
... que foram atribuídas as aulas de química a ela ... porém, os filhos
de vocês já estavam a dois anos sem essa disciplina por falta de professor
... agora temos aqui esta professora que trabalhou conosco um
bimestre e nos deixou ... e hoje esta aqui de volta ...
senhores pais, eu estou aqui somente para falar a respeito do que
aconteceu com esta professora ... quero deixar bem claro que estou preocupada
com a educação dos filhos de vocês ... vejo que os filhos de vocês
têm grande defasagem na disciplina, por isso senhores pais, cobrem a
professora e se vocês quiserem falar algo a respeito disso se manifestem,
(pois educação só acontece com o professor em sala de aula)”. Ela pressionou
os pais a me questionarem, varias vezes repetiu a frase. Uma
mãe indignada com atitude da diretora pediu licença para
falar e disse: “a professora... não pediu para ficar doente, ela tem
direito ao afastamento”. A diretora, usando de sarcasmo disse: “professora
fale do seu problema!” e assim comecei a falar: “Boa noite senhores pais e
alunos, como os senhores já me conhecem, sou professora de química
e é meu primeiro ano nesta unidade, comecei com esta turma no inicio
deste ano letivo e, infelizmente, tive problemas de saúde e fui afastada
por meu médico e retornei na última segunda-feira”. Bom após eu ter falado
isso, os pais ficaram todos revoltados e diziam: “a professora esteve
doente e é direito dela o afastamento”; Eu fiz o relatório das
falas da diretora em uma folha de caderno e algumas mães assinaram como
testemunha.
A diretora, gestora, pedagoga e educadora que é, quis a todo o momento me desmoralizar e me expor ao ridículo perante os pais, ela me intimidou, e me afrontava a todo o momento, gesticulava com o dedo apontado em minha direção, o que ela queria, não conseguiu, que era criar uma situação onde os pais ficariam contra mim, porém tive apoio de todos eles, a maioria das mães ali presentes me abraçou e me desejaram boas vindas neste retorno, e até mesmos testemunhariam toda a situação ao meu favor ... os mesmos fizeram questão de assinar o próprio nome por extenso. O que a diretora fez foi uma pressão psicológica a mim, mas não perdi a calma. Sei que APEOESP e agora os pais iram me apoiar.
A diretora, gestora, pedagoga e educadora que é, quis a todo o momento me desmoralizar e me expor ao ridículo perante os pais, ela me intimidou, e me afrontava a todo o momento, gesticulava com o dedo apontado em minha direção, o que ela queria, não conseguiu, que era criar uma situação onde os pais ficariam contra mim, porém tive apoio de todos eles, a maioria das mães ali presentes me abraçou e me desejaram boas vindas neste retorno, e até mesmos testemunhariam toda a situação ao meu favor ... os mesmos fizeram questão de assinar o próprio nome por extenso. O que a diretora fez foi uma pressão psicológica a mim, mas não perdi a calma. Sei que APEOESP e agora os pais iram me apoiar.
Ministro aulas da disciplina de Química na unidade
escolar Vila Olinda localizada em Embu das Artes - Diretoria da região de
Taboão da serra
Primeiro Relato 26/06/2012
Embu
das Artes 26 de junho de 2012
Venho
através deste relatar um fato ocorrido comigo no dia de ontem. Sou professora
categoria “O” com aulas atribuídas em três escolas da Diretoria de Ensino
região de Taboão da Serra. No início deste ano letivo foram me atribuídas aulas
livres nestas três unidades escolares, sendo que, posteriormente eu tive
problemas de saúde e fui afastada por tempo indeterminado. Em meu atestado
médico ambulatorial consta licença médica á critério da perícia médica do
INSS. Minha perícia foi agendada pela unidade escolar para o dia 25 de junho de
2012, fui para a perícia médica nesta data, assim então recebi alta médica,
para voltar a trabalhar. No momento que retornei para a unidade escolar onde é
minha sede fui surpreendida com humilhações da diretora, na frente de vários
professores que ali estavam me indagando nos seguintes termos:
“Bom você voltou para trabalhar!
Eu respondi, “sim”. Ela continuou e sarcasticamente disse: “Bom, seu laudo
médico eu não contesto, porém, se você tiver qualquer problema que eu julgue
anormal, relatarei ao seu médico”. Eu respondi: “tudo bem, a
senhora faz o que achar necessário” e ela continuou dizendo em tom de
ameaça: “E tem mais, você, ‘mocinha’, se prepara, porque quarta-feira haverá
conselho de classe e você ira expor aos pais e alunos o porque do seu
afastamento ..... você vai se desculpar com eles e dizer o motivo da sua
licença”. Ela me intimidou e me humilhou perante as colegas que ali estavam.
Peço a ajuda da apeoesp e dos colegas professores (as), pois estou me sentindo
humilhada desrespeitada e intimidada.
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