No Jornal Atual desta semana, a colunista Janete Almeida,
tenta, mas não consegue, colocar sua própria opinião a respeito do problema da
violência nas manifestações, pelo contrário, apenas reproduz um factoide criado
pela Globo, típico do pior estilo de jornalismo manipulador e desonesto, contra
as manifestações, os partidos de esquerda e os movimentos sociais após a
trágica e lamentável morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade.
Na coluna de titulo “Atos de Vandalismo”, Janete Almeida, com
toda sua “sabedoria”, começa dizendo que as manifestações por direitos eram
pacíficas, mas que a “adesão dos Black Blocs, um bando mascarados e arruaceiros
transformaram as passeatas em atos de vandalismo”. Esquece a colunista, que as manifestações
que eclodiram em junho do ano passado, foi justamente pela truculência e
violência da polícia militar. Os Black Blocs, embora com um método (tática) equivocada,
surgem exatamente como uma resposta a essa ação da polícia militar e não o
contrário, como tenta colocar a colunista.
Janete Almeida, está absolutamente desinformada, quando diz
que Santiago Andrade foi a primeira vítima dos confrontos nas manifestações e
que se não for tomadas atitudes “outras fatalmente acontecerão”. Desde junho de
2013, cerca de 13 pessoas morreram em decorrência da ação da polícia militar,
centenas de prisões arbitrárias e centenas de feridos, entre os feridos dezenas
de jornalistas. Silenciar isso é querer esconder a verdade.
Janete Almeida, parece ter lido a revista Veja antes de
escrever sua coluna, ao descrever Elisa Quadros (Sininho), de forma vil e
leviana para o conjunto dos leitores do Jornal Atual, como uma criminosa. Chega-se
ao ponto de insinuar que Sininho seria candidata nas próximas eleições. Um
absurdo, pois Sininho faz parte de um “pensamento político” , digamos assim,
que rejeita a participação nos processo eleitorais.
Mais absurdo ainda e bem na linha do que existe de pior no
jornalismo regional, reproduz de forma acrítica uma campanha sórdida e
mentirosa, movida pela Globo, Veja e os grandes veículos de comunicação, ao
tentar envolver o PSOL (principalmente o dep. Marcelo Freixo), em supostos pagamentos
de manifestantes em atos.
O PSOL é um partido formado por pessoas que militam por
convicção política e não por dinheiro, ao contrário dos partidos da direita
tradicional.
Como alguém minimamente séria pode reproduzir uma campanha de
difamação a alguém, com base em suposições precárias e frágeis, apontadas por
um advogado de milicianos cariocas? No mínimo se deveria averiguar melhor antes
de emitir uma opinião a respeito. Sendo que essas informações que hoje estão
sendo desmentidas pela própria imprensa que criou esses factoides.
Está mais do que claro que esta campanha movida pela grande
mídia, ao tentar envolver o PSOL, tem dois objetivos: primeiro, Jogar areia no
partido que não representa os interesses dos grandes negócios e nem da rede Globo,
e por isso teve 30% dos votos no Rio de Janeiro e, segundo, criminalizar os
movimentos sociais, numa tentativa de queimar perante a população as
manifestações por direitos sociais e contra os excessivos gastos com a Copa do
Mundo e os megaeventos por parte dos governos, em detrimento dos serviços
públicos. A Lei Antiterrorismo é uma prova disso, pois na verdade, nada mais é
que uma Lei “Antimanifestações”.
Janete Almeida, num parágrafo cheio de lugares comuns, termina
seu artigo dizendo que falta um grande político capaz de acabar com a corrupção,
investir em educação, blá, blá, blá ...orientando seus leitores a votarem
corretamente nas eleições de outubro.
Pelo visto, na visão da colunista, esse tal político,
salvador da pátria, não sairá das manifestações de rua e nem dos partidos de
esquerda. Sua opção política fica clara aqui.
PS: É claro que a opinião da colunista não necessariamente
representa a opinião do Jornal Atual, mas, neste caso, seria prudente o espaço
para o contraditório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário