Sábado, 16/06, o Diretório Municipal do PSOL realizou sua Convenção Municipal. Cerca de
500 pessoas estiveram presentes na Assembleia Legislativa de São Paulo para
aclamar a candidatura de Carlos Giannazi a prefeito, a carta-compromisso desta
candidatura e a nossa chapa de candidatas e candidatos a vereador. Nessa
eleição, o PSOL terá uma chapa proporcional forte, com cerca de 110
companheiras e companheiros empenhados em levar nossas lutas a cada bairro e
categoria da cidade!
Na abertura, um vídeo mostrou a trajetória de
nosso candidato Carlos Giannazi. Sua luta, como diretor de escola municipal,
para aumentar o número de vagas. Os enfrentamentos com a política da prefeitura
municipal de Marta Suplicy – como o corte no orçamento para a educação – que
lhe renderam a expulsão do PT e sua atuação, já no PSOL, em dois mandatos como
deputado estadual, em que se destacou pela coerência e por ser a única real voz
de oposição na ALESP.
Em seguida, falaram vários dirigentes do PSOL e apoiadores da candidatura.
Luciana Genro, ex-deputada federal
do PSOL-RS, destacou as possibilidades que a esquerda radical pode alcançar.
Luciana conclamou o PSOL de São Paulo a não ter medo do discurso da
governabilidade e falou sobre sua recente viagem de solidariedade à Grécia: “A
coalizão Syriza, na Grécia, é a demonstração de que a esquerda radical pode ser
uma alternativa real à crise do capitalismo. Dando soluções que ataquem os
problemas na raiz, a esquerda radical pode governar!”. Babá, do PSOL-RJ, trouxe
seu apoio à candidatura de Giannazi por ser a única capaz de enfrentar os
velhos partidos e a corrupção: “Eu tenho muita alegria em poder trazer meu
apoio ao futuro prefeito de São Paulo. Lá no Rio, com Marcelo Freixo, estamos
empenhados em construir a ‘Primavera Carioca’. Sei que, aqui, Giannazi também
representa uma ‘Primavera’ de mudança real para São Paulo”, afirmou.
O poeta
Sérgio Vaz, da Cooperifa, destacou o papel de Giannazi no apoio aos
movimentos de cultura e da periferia. “Eu apóio Carlos Giannazi porque nele
sempre encontramos um aliado de nosso movimento. É preciso lembrar que briga é
diferente de luta. Briga tem hora para acabar e luta dura uma vida toda!”,
afirmou. Já o presidente estadual do
PSOL, Paulo Búfalo, apresentou o PSOL como uma alternativa socialista para
mudar São Paulo: “Só Giannazi e o PSOL, um partido necessário, podem fazer
o enfrentamento que São Paulo precisa”. Pedro Fuentes, da Executiva Nacional do
PSOL, afirmou que, num contexto de crise internacional, a novidade é a
construção de alternativas anticapitalistas em vários países: “Aqui no Brasil
temos o PSOL e eu tenho certeza de que nosso partido sairá muito fortalecido
dessa eleição com a candidatura do companheiro Giannazi”.
Num momento de muita alegria, a cantora Leci Brandão, deputada
estadual de São Paulo, compôs a mesa da convenção para também manifestar seu
apoio à candidatura de Giannazi. “A atuação do Carlos Giannazi sempre me chamou
a atenção. Em todas as causas populares, em todas as lutas que apareceram nesta
casa, ele sempre esteve presente. Aqui, o
Giannazi faz a diferença. Freqüentador assíduo das sessões, ele tem a linda
profissão de professor e faz, aqui, um enfrentamento pedagógico. Quando eu
soube que ele seria candidato, disse a ele: ‘quero ajudar você da maneira como
for’. Não poderia ter deixado de vir aqui, hoje, manifestar o meu apoio porque
sou uma cidadã. Eu não sou uma deputada. Eu estou deputada porque, antes de
tudo, sou uma cidadã. E como cidadã que quer o melhor para São Paulo não
poderia deixar de trazer meu apoio ao Giannazi”, afirmou emocionando e
empolgando todos os presentes.
A convenção também marcou o anúncio oficial da aliança com o Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e a conformação da Frente de Esquerda. O professor Edmilson Costa, candidato a
vice-prefeito indicado pelo partido, destacou a importância da unidade da
esquerda nos movimentos sociais e na eleição: “Quero aqui trazer uma calorosa
saudação revolucionária do Partido Comunista Brasileiro. Em 2012, estaremos
juntos nessa batalha eleitoral porque sabemos que é muito importante a unidade
da esquerda num momento em que o capitalismo está em crise. Nós podemos
construir uma alternativa!”, afirmou Costa.
Plínio de Arruda
Sampaio,
candidato a presidente em 2010, também
esteve presente à convenção para manifestar seu apoio a Giannazi. “Eu
estarei à disposição do Giannazi nessa campanha. Podem contar comigo para ir
aonde for preciso e para construir essa candidatura. O cavalo não passa arriado duas vezes na nossa porta. Nesse momento
histórico, eu tenho certeza de que estamos vendo o cavalo aproximar-se. Por
isso o PSOL é a alternativa. Espero podermos fazer uma grande campanha e eleger
vereadores do nosso partido. Nosso parlamentares, que fazem a diferença em
Brasília, são a demonstração do que podemos fazer aqui”, disse Plínio.
O presidente municipal do PSOL, Maurício Costa,
assumiu a condução dos trabalhos. Antes de anunciar oficialmente Carlos
Giannazi como o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Maurício tratou da
luta que enfrentaremos nos próximos meses: “Na eleição de São Paulo, todas as
máquinas estarão atuando. Eu quero destacar a força dessa militância que não tem
medo do desafio de enfrentar as candidaturas da velha política, dos governos e
das grandes corporações. O PSOL tem a autoridade de poder denunciar tudo o que
está aí. Para ser mudar, não basta ser novo. Tem que dar o exemplo! E Giannazi
é o único, nessa eleição, que pode dar o exemplo”.
Carlos Giannazi, então, tomou a
palavra. Agradecendo a presença de centenas de militantes, destacou a força do
PSOL. Para ele, “cada um aqui vale como
1000 dos cabos eleitorais pagos pelos outros partidos. Nossa força é essa. Não temos cabos eleitorais pagos. Nossos candidatos a vereador também são
militantes. Aqui em São Paulo também teremos
a nossa Primavera!”. Frente à gestão de Kassab, a pior da história da cidade,
e da candidatura de Serra, que pretende ser a continuidade de tudo o que está
aí, Giannazi propõe uma campanha baseada na luta contra a desigualdade e um
“choque de democracia”: “Nosso partido é diferente de tudo o que está aí.
Fizemos as prévias mais democráticas entre todos os partidos e estamos
formulando, junto com os movimentos sociais e a intelectualidade, nossas
propostas. É possível mudar São Paulo combatendo a desigualdade e invertendo
prioridades. Numa entrevista, perguntaram-me se o PSOL, por ser radical, quer
acabar com as obras. Eu respondi que o PSOL é radical porque quer que São Paulo
seja um canteiro de obras para quem mais precisa! Escolas, hospitais,
bibliotecas, parques públicos. Obras na periferia e combatendo radicalmente a
corrupção! Além disso, precisamos dar prioridade total para o transporte sobre
trilhos para resolver o problema da mobilidade. Para tudo isso, é preciso um
‘choque de democracia’ com mobilização da cidade e participação popular. Nós
defendemos orçamento e planejamento participativos, descentralização da
administração e eleição direta para as subprefeituras. Tenho certeza só o PSOL
pode defender propostas como estas.”
Nessa eleição, muitas candidaturas aparecerão
como “a novidade”. Para Giannazi, “é preciso deixar claro quem é quem. A
verdadeira novidade é o PSOL. Haddad, que diz ser novo, vai estar coligado com
Maluf! Nacionalmente, o governo do PT está aliado ao que existe de pior e
corrupto na política brasileira, como Sarney e Renan Calheiros. Chalita esteve
à frente da secretaria da educação dos governos tucanos por 6 anos. Não fez
nada. Só usou a secretaria para se promover e escrever livros sobre ‘pedagogia
do amor e do afeto’. Como pode ser novo no PMDB? Como pode ser novo cogitando
indicar Delfim Netto, ministro da ditadura, para vice?”
Para mostrar para São Paulo que o PSOL é
alternativa, Giannazi disse que usará os debates para desnudar as falsas
alternativas e que fará uma campanha socialista, que saiba dialogar com as
necessidades da população: “O professor Vladimir Safatle acaba de lançar um
livro. Num certo momento, ele trata da famosa citação de Lenin de que
‘socialismo é sovietes mais eletrificação’. Para Safatle, o socialismo só pode
existir se conseguir resolver as necessidades do povo. Do contrário, os
sovietes perderiam a autoridade. Miséria não é socialismo. Eu estou de acordo
com isso e quero fazer uma campanha para discutir com o povo as soluções que
precisamos e alertando que só a esquerda de verdade pode fazer essas
transformações. Não tenham dúvidas: eu serei nessa eleição o ‘grilo falante’, a
‘mosca na sopa’. Vou ser o ‘homem-bomba’ dos debates porque o PSOL tem
autoridade para isso!”, finalizou Giannazi.
Ao final, foi apresentada a chapa de vereadores
do PSOL, provavelmente a maior inscrita nessa eleição. Envolvendo militantes e
lideranças do movimento sindical, popular, de juventude, LGBT e tantos outros,
a chapa do PSOL pretende dialogar, nos bairros e nas categorias com a população
para demonstrar que faz diferença ter um tribuno socialista na Câmara dos
Vereadores. A convenção terminou com um espírito de garra para enfrentar os
desafios dos próximos meses e com muita confiança na vitória! Venha com a
gente!
Do site do Diretório Municipal do PSOL São Paulo
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