quinta-feira, 27 de junho de 2013

Declaração do movimento Vem Pra Rua Taboão!



Sobre a reunião com o prefeito Fernando Fernandes que ocorrerá amanhã, 28/06, às 16 horas, na prefeitura de Taboão da Serra.

Nas últimas semanas, o país foi sacudido por uma verdadeira rebelião popular da juventude que, estimulados pela luta e pelo exemplo do Movimento Passe Livre de São Paulo, tomaram às ruas do país para exigir redução das tarifas de transportes.
Taboão não foi exceção e os jovens tomaram às ruas da cidade em três grandes manifestações que colocaram mais de 10 mil pessoas nas ruas da cidade.
Claro que, a prioridade imediata nossa é a questão do transporte, no entanto, dessa luta surgiram inúmeras outras reivindicações que afligiam o conjunto da população que, de alguma forma, se expressão na pauta elaborada pelos vários jovens, representantes do funcionalismo, professores, estudantes e munícipes da cidade.
Sabemos que para conseguir colocar em prática as nossas reivindicações será necessário permanecer na luta e nas ruas...
Transporte
·          Redução imediata da tarifa;
·          Bilhete Municipal com duas horas mínimas de duração com Integração para os ônibus intermunicipais;
·          Fim da dupla função motorista/cobrador;
·          Abertura de contas (Planilha de custos) da Pirajuçara/Fervima;
·          Pela ruptura do contrato com a Pirajussara/Fervima;
·          Pela constituição de uma empresa municipal de transporte coletivo com o objetivo do estabelecimento da Tarifa Zero.

Saúde
·          Abertura de concurso público para a contração de servidores de todas áreas da saúde;
·          Reajuste dos salários de todos os funcionários concursados da pasta;
·          Saúde não é mercadoria: Pela administração direta e democrática dos Pronto Socorro, UBSs e postos de saúde. Pela ruptura do contrato com Organizações Sociais (OS) e ONGs estabelecido com a prefeitura;
·          Não ao fechamento do PS do Akira Tada;
·          Por mais investimentos na área da saúde no município.

Educação
·          Pela distribuição dos uniformes escolares a todos os alunos da rede municipal;
·          Abastecimento imediato de materiais necessários para o trabalho pedagógico dos professores (as) como: giz, papel sulfite, cola, cartolina e etc...
·          Pelo cumprimento da evolução funcional dos professores (as) que já fazem jus a esse direito de acordo com o estatuto do magistério;
·          Pelo direito ao quinquênio e sexta-parte retirados com o estatuto do magistério promulgado em 2010 pelo então prefeito Evilásio Farias Cavalcante;
·          Por uma sindicância imediata para constatar os problemas estruturais das escolas e promover de imediato as reformas necessárias no sentido de evitar acidentes e risco a professores (as) funcionários e alunos.
·          Pelo reenquadramento das professoras ADIs ao estatuto do magistério;

Lazer
·          Não ao fechamento da Praça Luiz Gonzaga! Somos a favor do poupa tempo na cidade, no entanto, sem que isso signifique acabar com o s poucos espaços de lazer disponíveis que nos resta;
·          Não a precarização do Parque das Hortênsias. Pela reforma e valorização do parque, assim como melhoria dos cuidados com os animais;
·          Pela criação de um centro cultural no município;
·          Pela abertura de bibliotecas públicas;
·          Pela volta das ciclovias.

Funcionalismo público
·          Reajuste imediato para todo o funcionalismo que não recebe aumento há 17 anos;
·          Pelo direito ao vale transporte e cesta-básica a todos os funcionários;
·          Por abertura imediata de concurso público para todas as áreas;
·          Não ao assédio moral nas repartições públicas do município;
·          Que a prefeitura reestabeleça o beneficio da assistência médica sem custo para os funcionários. 

GCM
·          Repúdio a ação violenta contra os manifestantes e frenquentadores da Praça Nicola Vivelechio e dos bares da região por parte do comando da GCM;
·          Por uma guarda voltada para a defesa do patrimônio público, com formação de respeito aos cidadão e pautada pelo princípio do respeito aos direitos humanos;
·          Pela revogação do estatuto da GCM que retira direitos como quinquênios e sexta-parte.
·          Reajuste para a guarda nos mesmos níveis do funcionalismo municipal.

Taboão da Serra, 27/06/2013


Movimento Vem Pra Rua Taboão

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O QUE A PERIFERIA VAI DIZER PARA DILMA


                                                    
Nesta tarde recebemos um convite da Secretaria Geral da Presidência para uma reunião amanhã com a Presidenta Dilma Roussef, as 14 horas.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) / Periferia Ativa decidiu aceitar o convite e participar da reunião para que a pauta que estamos levando às ruas seja ouvida diretamente pela Presidenta.
Entendemos como positiva a iniciativa do convite. O Governo precisa ouvir menos os empreiteiros e mais os movimentos dos trabalhadores.

Levaremos para Dilma os seguintes pontos de pauta em relação à Reforma Urbana:
- Combate à especulação imobiliária, federalizando a implementação do Estatuto das Cidades e encaminhando ao Congresso projeto de Nova Lei do Inquilinato.
- Implantação de política federal de desapropriação de terrenos ociosos e destinação de terrenos da União (SPU) para habitação popular.
- Política de combate a despejos forçados, criando Secretaria específica no Ministério das Cidades.
- Qualificação e desburocratização do Programa MCMV Entidades, aumentando os recursos destinados e estabelecendo tamanho mínimo de 55 m2 para as habitações.
- Construção de política federal de aluguel social.

Além disso, defenderemos as bandeiras gerais que têm mobilizado os trabalhadores das periferias em suas lutas:
- Não à violência policial nas periferias. Contra a criminalização das lutas populares!
- Saúde e Educação "Padrão FIFA". Nada de dinheiro para a Copa e Olimpíadas!
- Controle sobre o valor dos aluguéis. Contra as remoções!
- Tarifa Zero para o transporte público!
- Redução da jornada de trabalho para 40 hs. semanais, sem redução de salário!

Esperamos que este convite para apresentar nossa pauta não seja apenas um escutar sem consequências na ação. Esperamos que o Governo tenha aprendido valiosas lições com as lutas que estão sacudindo o Brasil. Esperamos ainda que os Governos estaduais e Prefeituras também chamem os movimentos para dialogar.
Reafirmamos por fim que permaneceremos mobilizados nas ruas enquanto nossas pautas não forem atendidas. As mobilizações chamadas para amanhã estão mantidas e fortalecidas.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Juventude de Taboão toma às ruas para exigir direitos....

Por José Afonso da Silva

Acabo de chegar do ato que ainda está ocorrendo. Neste momento mais de 3 mil estudantes caminham pela BR 116. Ao que consta a outra passeata que começou 16h em Embu das Artes segue em direção a Taboão, onde as duas manifestações se juntaram. O pique e a disposição da juventude são impressionantes.
As bandeiras de ordem dos estudantes são as mesmas que o movimento popular, os sindicatos e a esquerda vem levantando no último período. Bandeiras como "pelo fim da dupla função do cobrador"; "Por educação e saúde de qualidade" ; "não ao uso de dinheiro público com a copa do mundo"; "Não ao fechamento da Praça Luiz Gonzaga"; entre outros, além da pautas nacionais que temos visto nas outras manifestações como "não a PEC 37" e "Pelo fim da corrupção".
O medo que ronda as manifestações, onde setores da extrema direita se aproveitam do sentimento antipartido para expulsar setores da esquerda também estava presente na manifestação. No entanto, em Taboão da Serra, um ex-militante do PT, que até ontem era chefe de gabinete do vereador Moreira do PT, Professor Marco Antônio Guerreiro, foi o responsável por puxar palavras de ordem contra militantes de partido (depois escreverei sobre isso). Como se vê também há oportunistas de todas as matizes políticas que querem surfar nessa onda antipartido. Obviamente para aparecerem bem na foto e faturarem eleitoralmente nas próximas eleições.
O sentimento antipartido é real e na minha opinião é legítimo. As expectativas depositadas no PT e sua traição ao chegar ao governo é o grande responsável por este quadro de politização associado a negação de organização. O PCdoB, a UNE e a CUT também são responsáveis. Pois na concepção da juventude não se pode confiar em ninguém que seja organizado.
No entanto, vários estudantes e participantes das manifestações começam a questionar que devemos ser mais organizados e que é necessário respeitar criar algum tipo de organização dessa luta para que ela de fato consiga alcançar os os objetivos. Muitos também comentavam sobre o respeito que deve se ter nas manifestações aos presentes nos atos.
Isso deixa claro que por mais que setores oportunistas e de extrema direita consigam manipular uma parcela das manifestantes.. isso não durará pra sempre.
Por isso não é hora de ir pra toca ou de ficar reproduzindo o discurso fácil amedrontador de golpe... A disputa sobre os rumos do movimento está em curso e não podemos nos abster de intervir de forma decisiva neste processo.
Muitos dos jovens portavam bandeiras do Brasil. Mas isso não necessariamente é um problema, pois como dizia Trotsky: "O nacionalismo é a casca do ovo do bolchevique imaturo".
A juventude saiu às ruas, mas a classe trabalhadora ainda não. É necessário fazer uma chamado a classe trabalhadora que entre nesta luta, pois só com a participação do conjunto da classe (trabalhadores, filhos de trabalhadores e movimentos sociais) podem barrar a presença da direita nas manifestações e conduzir esta luta a vitória.
Nosso papel neste momento é continuar nas ruas junto da juventude, esse é o nosso lugar e esse é o nosso destino.

Voltando pro ato....que ainda está em andamento...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Taboão, Embu, Itapecerica: Chegou a nossa vez!




NO DIA 19/6, ÀS 16H, VAMOS PROTESTAR NO LARGO DO TABOÃO

PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO E REDUÇÃO DAS TARIFAS DOS ÔNIBUS, TREM E METRÔ

A juventude de São Paulo está mostrando como se luta por um transporte digno e mais barato.  Já pararam a cidade cinco vezes!Em Itapecerica, a juventude está de parabéns pela linda passeata de mais de 200 pessoas, no dia 14/6. É hora de Taboão e Embu entrarem na luta também!

As tarifas dos ônibus intermunicipais aumentaram muito: hoje gastamos no mínimo R$7,20 de ida e volta para São Paulo, quase R$ 200,00 por mês!Se tiver de fazer integração com ônibus, metrô ou trem, aí é que o bicho pega!

Em Embu, a tarifa aumentou 50 centavos! Em Itapecerica, passou de R$ 3,35 para R$ 3,60! Em Taboão,o prefeito aumentou para R$ 3,30 e voltou atrás com a mobilização dos estudantes, mas logo deve acompanhar o aumento das outras cidades.

Além de caro, o transporte é de péssima qualidade. As empresas são autorizadas a transportar até 6 pessoas por metro quadrado. É por isso que viajamos que nem sardinha em lata, horas e horas por dia! Os motoristas e cobradores é que pagam o pato, tendo de trabalhar nestas condições com salários arrochados.

O nosso direito de ir e vir foi transformado em fonte de lucros de grandes empresas, como a Pirajussara/Fervima e Miracatiba, que ganham milhões às nossas custas. E ainda por cima são ajudadas pelos governos: só na cidade de São Paulo, o prefeito Haddad gasta 1 bilhão e 600 milhões por ano com subsídios às empresas de transporte! O governador Alckmin doa outros milhões para fazer a festa dos empresários com a privatização do metrô e a farra das concessões de rodovias (que têm os pedágios mais caros do Brasil)!

Quando a juventude e os trabalhadores resolvem dar um basta nesta situação, tanto o PSDB quanto o PT têm a mesma política: colocam a PM para nos reprimir, como nos tempos da ditadura militar.

Chega de sermos transportados pior que gado!
Chega de bancar os lucros das empresas pagando as tarifas mais caras do mundo!

·             REVOGAÇÃO DO AUMENTO E REDUÇÃO DAS TARIFAS!
·             ESTATIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE!
·             PELA INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS! BILHETE ÚNICO PARA OS INTERMUNICIPAIS, ÔNIBUS, TREM E METRÔ!
·             POR MAIS ÔNIBUS E INVESTIMENTO MASSIVO NO TRANSPORTE PÚBLICO!
·             ABAIXO A REPRESSÃO DA PM! PELA LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO!

Calendário de manifestações:
17/6 – 2ª f – 17h – Largo da Batata
19/6 – 4ª f – 16h – Largo do Taboão
20/6 – 5ª f – Atos em todo o país - Sexto Ato em São Paulo
21/6 – 6ª f – 19h – Plenária aberta para organização das próximas manifestações – Local: Subsede da Apeoesp Taboão - Rua Jovina de Carvalho Dau, 125, Taboão (rua da delegacia de polícia, em frente à E.E. Domingos Mignoni)


Movimento de Luta pela Revogação do Aumento e Redução das Tarifas do Transporte Coletivo (Taboão, Embu, Itapecerica e Região)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Manifesto Unificado Frente de Resistência Urbana e Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa

Clique aqui para  imprimir.

Aproxima-se a Copa das Confederações, mais um daqueles eventos organizados pela FIFA que manipulam a paixão do povo brasileiro pelo futebol para gerar e canalizar uma enxurrada de dinheiro para grandes empresas, além da própria FIFA, convertida há muito tempo em balcão mundial de negócios relacionados ao futebol. Mas a FIFA e suas empresas não agem sozinhas: tem ao seu lado os governos municipais, estaduais e o federal, que permitem, facilitam e participam do jogo no mesmo time: o do capital.

As empresas, especialmente as patrocinadoras da Copa 2014, produzem aquelas propagandas muito caras e bem produzidas, projetando uma situação de euforia generalizada, em que brasileiros e brasileiras de todas as classes sociais e gerações se juntam numa “corrente pra frente” de otimismo. A “grande” mídia, que ganha muita grana com a transmissão dos grandes eventos esportivos, vende muito caro o espaço em televisão, rádio, revistas, jornais etc. para essas empresas divulgarem suas propagandas de um “oba-oba” ganancioso. Numa dessas propagandas, as pessoas são convocadas a comparecer nas ruas para celebrar a Copa, sempre com muito entusiasmo e alegria.

Mas, nós, que amamos futebol, vibramos com um gol de nosso time e gostamos de festejar nas ruas, não somos idiotas e, por isso, não aceitaremos ser manipulados pela “máquina” de lucro da FIFA e das grandes empresas. E o pior é que essa “máquina” de lucro é sustentada por recursos do Estado brasileiro: o maior financiador da Copa e das Olimpíadas é, na verdade, um banco público - o BNDES, que utiliza dinheiro do Tesouro Nacional, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do PIS/PASEP etc. Além do mais, duas outras empresas públicas também figuram como maiores financiadoras: Caixa Econômica Federal e Infraero. Assim, sem ser consultado, é o trabalhador quem financia a farra da Copa e das Olimpíadas.

Porém, os problemas trazidos pela Copa do Mundo vão muito além dos recursos públicos públicos envolvidos. Já são mais de 200 mil pessoas ameaçadas de remoção (muitas já removidas) em nome dos interesses das grandes empreiteiras e do mercado imobiliário. Mais que isso, a Copa representa militarização das cidades e violência policial; repressão a ambulantes e população de rua; corrupção; aumento da dívida pública; obras de necessidade e importância duvidosa; saúde e educação precárias; exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes; falta de acesso à informação e participação popular; estádios cada vez mais elitizados; leis de exceção; proibição de protestos e atividades culturais tradicionais. Esta é a verdadeira realidade por trás dos jogos. Portanto, existe um enorme processo que nega o nosso direito à cidade e precisamos lutar contra ele.

Este projeto, que visa atender a ganância por lucros dos grandes grupos econômicos em nome de um suposto desenvolvimento, é fortalecido quando se organiza megaeventos esportivos. Porém este processo não ocorre apenas nas grandes cidades, mas também em todos os outros megaprojetos, como a Usina Belo Monte, e quando se desrespeita o direito à terra dos povos indígenas, tendo em vista favorecer os interesses do agronegócio. Assim, nos solidarizamos com a luta dos povos indígenas e repudiamos a ação criminosa da Polícia Federal e as medidas dos governos estaduais e federal, que favorecem os latifundiários e negam o direito constitucional dos povos tradicionais e trabalhadores rurais à demarcação de terras e à reforma agrária.

Diante dessa situação inaceitável, a Resistência Urbana  – Frente de Movimentos e a Articulação Nacional dos Comitês Populares da COPA – ANCOP convocam os trabalhadores e trabalhadoras a ocuparem as ruas! Não vamos nos calar e nos curvar a esse “oba-oba” que enriquece poucos e só piora as péssimas condições sociais da maioria dos trabalhadores brasileiros.

6 pautas que defendemos:


1. CHAVE POR CHAVE: Paralisação imediata de todas as remoções até que se abra um diálogo com as comunidades envolvidas, garantindo moradia digna!

2. NÃO À EXPLORAÇÃO SEXUAL: Plano imediato de proteção e fortalecimento dos direitos das mulheres, crianças e adolescentes, contra a exploração sexual;

3. GARANTIA DE TRABALHO para todos os trabalhadores ambulantes e pequenos comerciantes e condições dignas para trabalhadores da construção civil;

4. REVERSÃO DA PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ e nenhuma outra privatização dos demais estádios públicos, com auditoria das contas de todas as obras e investimentos públicos na Copa

5. NÃO À CRIMINALIZAÇÃO: Garantia da liberdade de expressão, organização e manifestação durante todos os dias do ano, especialmente durante a Copa, em todos os espaços e vias públicas;

6. DEMARCAÇÃO imediata das terras dos povos indígenas Terena, Guarani-Kaiowa e demais povos.



Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos:
Contato: contato@resistenciaurbana.org


Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa:
www.portalpopulardacopa.org.br
articulacaonacionalcopa@gmail.com

Comitê Popular da Copa de São Paulo:
http://comitepopularsp.wordpress.com/
comitepopulardacopasp@gmail.com
Facebook: Comitê Popular da Copa 2014 em SP

sábado, 8 de junho de 2013

Seis breves impressões sobre a entrevista de Fernando Haddad sobre a luta contra o aumento da tarifa em São Paulo.

Por Gabriel Simeone

1- A entrevista foi inteirinha pautada pelo movimento, a maioria das perguntas feitas teria sido feita por nós. Sinal de força e reconhecimento político da luta. 

2- O prefeito ensaia uma mudança de tom sobre o aumento da tarifa, argumenta com tudo o que já ouvimos mas desta vez com mais seriedade sobre a municipalização da CIDE (imposto sobre a gasolina que seria repassado para as empresas de ônibus, reduzindo a tarifa. Isso além de uma resposta evasiva sobre a possibilidade do aumento em 2014, antes dada como certa.

3- O prefeito se manifesta favorável a nossa pauta mas pondera em dois campos, o do conteúdo e o do método de luta. No campo do conteúdo diz que as propostas discutidas pela prefeitura para melhorar a mobilidade (bilhete mensal e talvez municipalização da CIDE) são mais avançadas, defende o transporte como direito e não se manifesta contra a TARIFA ZERO, apenas se sai com o valor do subsidio: 6 bilhões, nossa pauta maior é admitida como uma possibilidade, avançamos. Depois vou dar uma olhada no quanto se gasta com saúde e educação no município, esses últimos sendo direitos são gratuitos e subsidiados, por que não fazer o mesmo com o transporte? No campo do método de luta diz que a violência fecha portas e não constrói, no entanto somente por esses métodos é que conseguimos essa repercussão e esse posicionamento. Não fomos a luta para ser violentos, fomos a luta contra a violência dos transportes e fomos violentamente reprimidos por isso.

4- A entrevista é mais uma demonstração da capacidade política dessa gestão manifesta na capacidade política do prefeito se colocar na entrevista, dando respostas ambíguas e jogando a possibilidade de abaixar a tarifa para o governo federal. Ao mesmo tempo que não se mostra contra a redução propõe uma pauta nacional para construir essa política. Ao mesmo tempo diz que a violência fecha portas se diz aberto ao diálogo com o movimento.

5- Ontem vimos pela primeira vez a GCM se movendo contra nós, se posicionou para impedir a entrada no terminal Pinheiros de ônibus. Não sei o que essa gente pensa, de que vale um terminalzinho semi inaugurado pra quem já tem a pisca local e expressa da marginal tomada? Enfim, desde quando a passagem subiu para 2 R$ a GCM acompanha os nossos protestos e em todos os anos tivemos pelo menos um confronto sério com ela. Esse ano não botaram o focinho pra fora ainda, o posicionamento de ontem se limitou a jogar uma bomba de gás lacrimogênio antes de chegarmos a frente do terminal. O mesmo cuidado na fala que o prefeito tem em se posicionar na entrevista parece ter em não enfrentar os manifestantes na rua. Postura que a sua colega de partido, Marta Suplicy adotou na época. Vejamos como a GCM se posiciona na terça.

6- Apesar de toda a boa entrevista, do talento político evidente do prefeito e do encaixe legal que a entrevista teve, impossível não notar que o prefeito dá como fato dado os custos do transporte, sem considerar as fabulas que a burguesia dona dessas empresas levam com o serviço prestado, tão pouco o jornal se preucupa em levar a questão a esses termos: o transporte não é feito para ser bom, é sim feito para ser rentável! Ao não falar dos donos das empresas (nesse sentido está atrasado em relação a administração da Marta) Haddad escolhe não mexer na ferida que faz sangrar os subsídios, ao sequer colocar essa questão o jornal mostra mais uma vez a sua posição de classe. Ao não cogitar mexer nos fabulosos rendimentos da burguesia viária Haddad mostra estar alinhado com a forma de seu partido: tentar melhorar a vida dos trabalhadores melhorando junto a vida da burguesia, não se pode acender uma vela pra Deus e outra para o Diabo....mas eles continuarão tentando.

Carta de Princípios da PERIFERIA ATIVA


Frente de Comunidades em Luta

   
  Nós, moradores e representantes de dezenas de comunidades espalhadas pela periferia metropolitana de São Paulo, tomamos a iniciativa de fortalecer os laços que unificam nossas dificuldades e nossos sonhos. Vivemos todos a dura realidade da periferia e temos em comum o desejo de transformá-la, de construir uma vida melhor.
     Estamos cansados do descaso do poder que se diz público, mas atende apenas os interesses privados de uma elite. Nossos ouvidos não suportam mais as promessas daqueles que, nas eleições, aparecem com o pé no barro e oferecendo agrados, mas que depois somem na comodidade de seus gabinetes. Nada de respostas. Nada de soluções.
  Compreendemos que só é possível contar com nossas próprias forças. Só a união e a luta das comunidades trarão alternativas para os problemas que enfrentamos. Não é com favor, mas com organização. Não é com voto, mas com mobilização.
    Por isso e para isso resolvemos construir a Periferia Ativa, uma iniciativa ainda muito nova, mas que já surge com o firme compromisso com os seguintes PRINCÍPIOS:

1)      DIREITO À VIDA: Somos, como trabalhadores e moradores da periferia, os maiores prejudicados por um sistema que coloca o dinheiro acima da vida. No capitalismo, o ganho de uma elite é a razão da miséria que afeta as periferias de todo o mundo. O direito deles de lucrar atropela nosso direito de viver. Assim é, quando em favor do interesse de empresas de saúde, somos obrigados a viver cenas de terror nos hospitais públicos, com filas sem fim, falta de médicos, de remédios e de respeito. Quando, pela falta de investimento em educação, não há vaga nas creches para nossos filhos, falta até merenda nas escolas e os professores são desvalorizados com um salário de fome. Quando, pelo lucro milionário das empreiteiras e donos de terra, somos forçados a viver em buracos, sem nenhuma estrutura, passar pelas humilhações de quem mora de favor ou pagar o que não temos num aluguel abusivo. Enfim, nossos direitos são tratados como uma mercadoria: Só tem quem pode pagar por eles. O sistema nos mata um pouco por dia. Isso quando não mata nossos filhos de uma só vez, nos momentos em que a polícia e seus grupos de extermínio entram em ação e tratam os jovens da periferia como gado a ser abatido.


2)      CONTRA OS MUROS DA VERGONHA: Nossas cidades estão cheias de muros invisíveis, que fazem com que, dentro de uma mesma cidade, existam duas realidades diferentes. A aparência, os serviços, o asfalto, até mesmo as leis – tudo é diferente entre os dois lados do muro. De um lado, está a cidade rica, com seus edifícios, seus engravatados, onde tudo parece funcionar. Do outro, estamos nós, a periferia, com os puxadinhos, o esgoto a céu aberto, a falta de transporte público, os despejos, o descaso e a polícia que mata antes de perguntar. Quando atravessamos o muro, somos alvo do preconceito e da desconfiança. Nosso lugar ali é no elevador de serviço. Lá a presença do governo é com melhorias, aqui com polícia. Será que a polícia chama o jovem do Morumbi de vagabundo? Será que as ruas de Higienópolis ficam anos e anos esburacadas? Será que o esgoto corre entre as casa por lá? Sabemos que não. Por isso temos que derrubar estes muros da vergonha.


3)      AUTONOMIA POLÍTICA: Sabemos qual foi o destino de muitos que tinham boas idéias como nós, mas deixaram-se levar para um vínculo político com gente do governo. Perderam a independência e muitos perderam também o caráter e a vergonha na cara. Deixaram-se corromper, traíram a comunidade por um salário de assessor ou outra migalha qualquer. Este risco está colocado para todos nós. Sempre que alguém se levanta para fazer um trabalho de organização e luta nas comunidades, aparece algum abutre querendo puxar para si. E alguns dos nossos, pela necessidade ou pela fraqueza, se deixam levar e passam a viver se humilhando, de gabinete em gabinete. Deixam de fazer luta porque o prefeito é de tal partido, ou com medo da migalha ser cortada. Não queremos este destino para nós. O que não impede que companheiros ligados a partidos façam parte da Periferia Ativa, desde que respeitem a autonomia de nossos espaços de decisão. Por isso, a Periferia Ativa tem como princípio a completa independência em relação aos governos e mandatos parlamentares. Isto passa também pela construção de nossa autosustentação financeira: a dependência financeira é o cordão que amarra boa parte das lideranças ao oportunismo. Sabemos de nosso valor e não abrimos mão dele.



4)      UNIDADE: É necessário unificar as lutas e iniciativas das comunidades. Os problemas que afetam as periferias são quase sempre os mesmos, mas nossa ação anda muito dividida. E a divisão só nos enfraquece: É muito mais fácil alcançar uma conquista com a mobilização de dez comunidades do que com uma só. Queremos fortalecer o laço entre as comunidades e para isso é importante também fortalecer a organização em cada comunidade. Viemos para somar com as associações e lutadores de cada local; onde não exista organização atuante na comunidade, pretendemos estimular sua formação. E é claro que isso só é possível com o respeito ao trabalho comunitário de cada um.


5)      MOBILIZAÇÃO: Há uma frase muito antiga que diz “Direito não se ganha, se conquista; não se mendiga, se arranca”. Entendemos que esta ideia tem muito valor. Até mesmo para a vida de cada um de nós: nunca conseguimos nada sem batalhar e ralar por isso. Também na história, os mais pobres nunca ganharam algo sem luta, sem sacrifício. Por isso, se temos problemas que afetam nossas comunidades precisamos nos mobilizar para que sejam resolvidos. Fazer marchas, passeatas, ocupações, manifestações em órgãos públicos – estes são os principais caminhos para as conquistas. Uma comunidade parada e sem luta pode até receber alguma melhoria, que é entendida como um favor. Mas somente uma comunidade mobilizada pode conquistar direitos de verdade. Assim, a mobilização é a principal forma que temos para garantir nossos direitos.  


6)      PODER POPULAR: Nossa mobilização nos leva a negociar com os governos o atendimento das demandas da comunidade. Esta negociação é uma parte necessária para alcançarmos conquistas. O problema é que muitos de nós acabamos dando tanta importância para isso, para a relação com o poder do Estado, que esquecemos a necessidade de fortalecer o poder da comunidade. Dedicamos nosso tempo a negociar com gente do governo e deixamos de dedica-lo ao trabalho de organização da comunidade. Alguns mais fracos até se tornam arrogantes com isso, se  achando mais importantes por terem tido uma reunião com tal vereador ou com o prefeito ou até mesmo com o sub do sub. Desta maneira, acabamos por valorizar o espaço de poder do Estado e negligenciamos a construção do poder popular. O caminho que queremos construir é outro: criar e fortalecer espaços de discussão e decisão nas comunidades. Sempre que possível, realizar reuniões e assembleias, debatendo em conjunto as dificuldades e alternativas. Para nós, isso é um passo no desafio de construir poder popular.


7)      COORDENAÇÃO COLETIVA: Normalmente, a primeira pergunta que aparece quando surge uma organização popular é: Quem manda? Não à toa. Na maior parte das experiências de organização dos trabalhadores costuma haver uma figura que define tudo sozinha, sem a participação dos militantes envolvidos. É o “cabeça”. Neste caso, as decisões vêm de cima pra baixo, sem discussão. Mas o fato é que, numa organização como essa, as pessoas podem até entrar com o corpo, mas não com a alma. E com razão: Ninguém quer entrar num projeto para receber ordens, ninguém quer só fazer, sem ajudar a decidir. Por isso, a proposta é construirmos a Periferia Ativa pelo princípio da Coordenação Coletiva. Todos os militantes comprometidos com a ação devem ter o direito e o dever de participar da decisão dos rumos que iremos tomar.


8)      COMUNICAÇÃO POPULAR: Comunicar é um direito humano básico.  Logo, todo cidadão deve poder transmitir informações e opiniões nos meios de comunicação. A tarefa de organizar e unificar numa só voz as necessidades e lutas da periferia é muito, muito grande. Se não tivermos como princípio a construção de uma comunicação popular, que permita que nosso grito de liberdade ecoe e seja ouvido por nossos irmãos, nosso desafio se torna impossível. Nossos adversários, os donos do poder, souberam fazer isso de forma incrível. Hoje, 70% dos meios de comunicação no Brasil estão nas mãos de apenas 6 famílias, ricas e poderosas. Com isso, conseguem fazer com que o povo das periferias seja convencido a defender as idéias dominantes contra seus próprios interesses. Por isso, precisamos ter a capacidade de apresentar a nossa visão sobre os nossos problemas. É princípio da Periferia Ativa ter o esforço permanente de desenvolver meios de comunicação próprios, como jornal, rádio comunitária, página na internet e todos os outros que sejam possíveis. Além dos meios próprios, devemos buscar quais são os aliados, solidários às nossas causas, entre os trabalhadores de comunicação das empresas privadas, para que nossas bandeiras, propostas e ações também sejam divulgadas nos meios privados, com menor margem de distorções e manipulações, tão comuns na forma como essas empresas divulgam os movimentos populares.Quem não se comunica, não avança na luta.


Esses são os nossos princípios e estamos dispostos a fazê-los valer na prática. Hoje ainda não somos tantos, mas temos os olhos voltados para o futuro. Todo grande projeto tem seu começo. Acreditamos ser de grande importância a incorporação de novos militantes e associações a esta iniciativa. Todos aqueles que, como nós, considerem importantes estes 8 princípios estão convidados a seguirem com a gente nesta batalha.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Atos contra o aumento das tarifas e repressão policial é a marca da atual conjuntura

Por José Afonso da Silva

Por todo país, prefeitos e governadores anunciam aumento das tarifas dos transportes públicos. Descontente, a população se rebela contra os aumentos. Em contrapartida os governos vêm se utilizando do aparato militar-policial para reprimir violentamente as manifestações, num claro flagrante de desrespeito ao direito democrático de manifestação popular.
Em Porto Alegre, milhares de estudantes ocuparam as ruas e se dirigiram até o Paço Municipal para protestarem contra o aumento da passagem que passou de R$ 2,85 para R$ 3,05. A força policial era enorme, mas não resistiu a pressão que teve eco no judiciário que aceitou uma liminar solicitada pelo PSOL contra o aumento que acabou por ser revogado.
Em Natal, estudantes secundaristas e universitários, professores e trabalhadores saíram às ruas contra o aumento que elevava a tarifa de R$ 2,20 para R$ 2,40. A passeata ocorria pacificamente até que o Batalhão de Choque da polícia militar recorreu a bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, balas de borracha, agressão aos manifestantes e prisões.
Não satisfeito com a repressão, o Juiz Federal Magnus Delgado, deixando claro qual é o papel da justiça no Rio Grande do Norte, pediu a presença da Tropa de Choque da Polícia Rodoviária Federal e do Rio Grande Norte para impedir as manifestações que bloqueassem a BR 101. De acordo com o Juiz a decisão procurava garantir “o direito de ir e vir”, “desrespeito e crimes contra a indefesa população de Natal”.
O juiz não prestou atenção que o aumento da passagem, assim como a violência policial sim vai contra a população.
Pela pressão popular o aumento foi reduzido para R$ 2,30, uma forma de amenizar a pressão sobre o prefeito Carlos Eduardo. No entanto, a luta contra o aumento continua.
Em Goiânia, a passagem aumentou de R$ 2,70 para R$ 3,00. Na manifestação de 28/06 a violência policial foi a mais truculenta registrada até agora nos atos que ocorreram contra o aumento da passagem no país com dezenas de feridos e pelo menos 24 presos.
O aumento foi abusivo o que levou órgãos como o Procon e o Ministério Público a exigirem a revogação da nova tarifa até que sejam feitos estudos mais aprofundados das planilhas de custos.
Corre pelas redes sociais uma moção de repúdio a repressão policial aos estudantes que participaram da manifestação.
Em São Paulo, a tarifa aumentou neste último domingo de R$ 3,00 para R$ 3,20 nos ônibus e no metrô, mas também na região metropolitana de São Paulo. O aumento foi praticamente uma parceria entre o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin.
Já foi organizados dezenas de atos na periferia de São Paulo em protesto contra o aumento da passagem, alguns organizados pelo Movimento Passe-Livre e outros foram espontâneos.
Mas o primeiro grande ato centralizado ocorrerá amanhã, 06 de junho, às 17h, quinta-feira, em frente ao Teatro Municipal. O ato tem o objetivo de demonstrar ao prefeito e governador o descontentamento da população com o novo valor da passagem de uma transporte ineficiente e caro.
Com o slogan “Se a passagem não abaixar, São Paulo vai parar” milhares estarão presentes no centro da capital paulista.
Quando do último aumento da passagem, quando foi para R$ 3,00, as manifestações foram grandes e em um delas, ocorrida em frente a prefeitura, a polícia militar foi chamada por Kassab para reprimir os manifestantes. Muitos manifestantes saíram feridos, inclusive parlamentares do PT. A questão agora é se o PT, que desta vez é governo, fará o mesmo que Kassab, chamando a polícia e demonstrando assim que sua participação naquela manifestação nada mais foi que uma forma de desgastar o então prefeito para se beneficiar eleitoralmente.
É preciso parar com a violência policial
O direito de manifestação é garantido pela Constituição Federal de 88, no seu artigo 5°. No entanto, medidas repressivas como interdito proibitórios, multas aos sindicatos que fazem assembleias em porta de fábricas e em grandes avenidas, prisões e violência policial apontam para uma política de criminalização dos que ousam levantar a voz contra as arbitrariedades dos governos. Isso quando as ações não vêm junto com o aval do judiciário que nessas horas deixa bem claro de que lado está.
Não importa o partido que esteja à frente do governo, a política é sempre  a mesma: criminalização dos lutadores
A resposta do movimento deve ser mais mobilização, pois se houver recuo, ao invés de diminuírem a repressão e criminalização, fará aumentar. Todos ás ruas!





segunda-feira, 3 de junho de 2013

Moradores da Zona Sul se rebelam contra o aumento da passagem


Por José Afonso da Silva

Hoje por volta das 4h30, na Avenida MBoi-Mirin, e às 7h, na Av. Guarapiranga, cerca de 50 moradores da zona sul de São Paulo protestaram contra o aumento das passagens do transporte público da capital e da grande São Paulo, que entrou em vigor neste domingo.

Em São Paulo, a passagem de ônibus e de metrô subiu para R$ 3,20, um aumento de 6,67%, que mesmo ficando abaixo da inflação continua penalizando a população mais pobre que paga caro por um serviço de péssima qualidade.

Enquanto isso, a máfia dos transportes  terá somente do governo do estado R$ 1,25 bilhão em subsídios ao sistema de ônibus em 2013. Ou seja, dinheiro público sendo investido no setor privado.

Esse ataque aos trabalhadores, jovens e a população mais pobre que depende do transporte público, foi uma parceria de Haddad e Alckmin que agem em total sintonia.

Estas manifestações são uma prova de que a população não aceitará passivamente que a máfia do transporte ganhe bilhões em detrimento do povo. Dia 06 de junho, quinta-feira, a manifestação promete ser muito maior e com muito repercussão.


Fotos de Gabriel Barbosa da Silva